ABC do Metal: letra B – 2ª Parte

Todas às terças-feiras, a Roadie Metal apresenta à você um pouco da história, os grandes sucessos e as novidades de bandas cujos nomes iniciam com determinada letra do alfabeto. E hoje é a vez daquelas começadas com a letra B. Vamos lá?

BETWEEN THE BURIED AND ME – Progressive Metal – Origem: Estados Unidos – Formada em 2000


Release: A banda surgiu em 2000 na cidade de Raleigh, Carolina do Norte. Três de seus membros já haviam atuado juntos anteriormente através do grupo Prayer for Cleasing (o vocalista Tommy Giles Rogers, o guitarrista Paul Waggoner e o baterista Will Goodyear), unindo-se à eles o baixista Jason King e o guitarrista Nick Fletcher, que também já trabalharam em conjunto com a Azazel. O nome “Between the Buried and Me” foi estabelecido graças a uma frase da música “Ghost Train”, do Counting Crows. Após uma demo contendo três músicas, o álbum de estreia homônimo saiu do forno em 2002, por meio da Lifeforce Records. Desde então, outros oito trabalhos de estúdio foram lançados, sendo o mais recente “Automata II”, de 2018. Após algumas mudanças na formação, a banda conta atualmente com Dustie Waring na guitarra, Dan Briggs no baixo e Blake Richardson na bateria, além de Rogers e Waggoner.

Músicas de destaque: “White Walls”, “Ants of the Sky”, “Swim to the Moon”, “Prequel to the Sequel” e “Lunar Wilderness” (Detalhe: nenhuma das músicas citadas têm duração inferior a oito minutos).

Opinião: Embora tenha o progressivo em sua essência, Between the Buried and Me chama positivamente a atenção pela junção de outras vertentes do metal com a primeira, tais como o death e o heavy, e até mesmo de outros gêneros musicais, como eletrônico, blues e jazz. A alternância na instrumentalidade e nos vocais também é notória, com momentos de calmaria e agressividade. Não têm medo de arriscar, e arriscaram bem.

Novidades: Em comemoração aos 20 anos de atividade, a banda realizaria uma turnê pela América do Norte, com um setlist composto por seus grandes sucessos e o álbum “The Great Misdirect” na íntegra. Contudo, os planos tiveram de ser adiados devido à pandemia da COVID-19.

BLUE ÖYSTER CULT – Hard Rock, Progressive Rock, Heavy Metal – Origem: Estados Unidos – Formada em 1967

Release: O grupo surgiu no hamlet de Stony Brook, estado de Nova York, sob a alcunha de Soft White Underbelly. Foi integrado inicialmente por Albert Bouchard (bateria), Andy Winters (baixo), Donald “Buck Dharma” Roeser (guitarra), Alan Lanier (teclado) e Les Bronstein (vocais), todos colegas da Stony Brook University. Após a substituição de Bronstein por Eric Bloom e outras duas mudanças de nome, adotaram a nomenclatura que carregam até hoje após assinarem com a consagrada gravadora Columbia Records. O primeiro álbum, homônimo, surgiu em 1972, sem destaque, que veio apenas com o quarto trabalho, “Secret Treaties”, de 1974 e se consolidou com “Agents of Fortune”, de 1976. No total, foram 13 álbuns lançados, sendo o último “Curse of the Hidden Mirror”, de 2001. Buck Dharma e Bloom integram o grupo desde o início, tendo atualmente a companhia do baixista Danny Miranda, do guitarrista Richie Castellano e do baterista Jules Radino.

Músicas de destaque: “Don’t Fear (The Reaper)” é, sem dúvidas, o grande sucesso da banda e “Burnin’ for You” também teve grande destaque. “Astronomy”, “Godzilla”, “Rock the Night” e “Cities on Flame with Rock and Roll” são outros hits.

Opinião: Blue Öyster Cult se caracteriza pelo ambiente ocultista, horripilante, lendário e ficcional, tendo suas músicas sido inspiradas por literários que retratam tais temáticas, feito Stephen King e Edgar Allan Poe. Foi um bom diferencial entre tantas outras bandas surgidas no contexto dos 60, como Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath. Após anos de atividade, a banda não demonstra nenhum sinal de cansaço, muito pelo contrário, parece que o tempo os faz ainda melhores.

Novidades: após 19 anos do lançamento do último álbum, a banda confirmou que o décimo quarto trabalho em estúdio, “The Symbol Remains”, será lançado em outubro deste ano.

BON JOVI – Hard Rock – Origem: Estados Unidos – Formada em 1983

Release: Vinda de Sayreville, Nova Jersey, a banda surgiu em 1983 com o nome fruto de uma brincadeira dos integrantes em relação ao sobrenome do vocalista, John Francis Bongiovi Jr, que viria a integrar seu nome artístico, Jon Bon Jovi. Tendo contato desde cedo com a música, Jon havia realizado pequenas gravações durante a adolescência e posteriormente conheceu David Bryan (tecladista), fundando com este uma banda de R&B e realizando algumas apresentações. Em 1980, conseguiu um emprego numa gravadora pertencente a seu primo, Tony Bongiovi, realizando demonstrações e enviando para projetos maiores, sem sucesso. Entretanto, a gravação de “Runaway” em 1982, junto a músicos contratados, fez a sorte de Jon mudar, sendo a música um grande êxito. Devido a isso, o vocalista contatou seu velho amigo David Bryan, que recrutou o baterista Tico Torres e o baixista Alec John Such. O guitarrista Richie Sambora se uniu em seguida, iniciando ali os trabalhos da banda que viria a ser um dos principais nomes do rock em todos os tempos. O autointitulado álbum de estreia veio em 1984, seguindo-se a ele outros treze registros em estúdio. Além de Jon, Bryan e Torres, Bon Jovi é composta atualmente por Phil X (guitarra) e Hugh McDonald (baixo).

Músicas de destaque: A banda é um prato cheio quando se trata de grandes sucessos. “Livin’ On A Prayer”, “It’s My Life”, “You Give Love A Bad Name”, “Bad Medicine” e “Always” estão entre eles.

Opinião: Seja na fase glam dos anos 80, no hard rock dos 90 em diante e até no country ouvido em “Lost Highway” (2007), Bon Jovi realizou grandes contribuições em prol do rock, com sucessos que embalaram diversas gerações. É bem verdade que o alcance vocálico de Jon não é o mais o mesmo de outrora (o que leva o mesmo a excluir dos setlists canções constantemente pedidas pelo público como “Always”, que é dificílima), todavia não diminui sua importância e talento. Basta ouvir as canções mais recentes, que são bonitas, bem trabalhadas e interpretadas. A saída do aclamado guitarrista Richie Sambora em 2013 também dividiu opiniões, mas Phil X, seu substituto, driblou as críticas negativas e desconfianças fazendo o que bem sabe.

Novidades: Em abril a banda divulgou “American Reckoning”, canção que proporciona uma reflexão sobre a violência policial e os protestos fomentados pelo assassinato de George Floyd. Anunciaram também o cancelamento da turnê que fariam com Bryan Adams por conta da pandemia da COVID-19.

BREAKING BENJAMIN – Alternative Metal – Origem: Estados Unidos – Formada em 1998

Release: Breaking Benjamin surgiu em 1998 na cidade de Wilkes-Barre, Pensilvânia, por meio do vocalista Benjamin Burnley e do baterista Jeremy Hummel. Seu nome foi originado após um incidente envolvendo Burnley, que havia quebrado um microfone durante um show. No ano seguinte, a banda mudou de nome para Plan B, porém retornou com o original em 2001, além de contar com a entrada do guitarrista Aaron Fink e do baixista Mark Klepaski. O primeiro álbum, “Saturate”, data de 2002, obtendo considerável destaque, mas a banda se consolidou de vez com o segundo trabalho, “We Are Not Alone”, com o single “So Cold” figurando entre as melhores da Billboard. Posteriormente, Jeremy Hummel foi desligado e Chad Szeliga o substituiu nas baquetas, trabalhando com os demais nos álbuns “Phobia”e “Dear Agony”. Em 2011, após as demissões de Fink e Klepaski por conta de um remix não autorizado, bem como a saída de Szeliga para o Black Label Society, a banda entrou em um hiato que durou até 2014, quando Burnley anuncou os seus novo companheiros de trabalho: Keith Wallen (guitarra), Jasen Rauch (guitarra), Aaron Bruch (baixo) e Shaun Foist (bateria). Agora como quinteto, o grupo lançou os álbuns de inéditas “Dark Before Dawn” (2015) e “Ember” (2018), assim como o de regravações “Aurora” (2020), que conta com participações de nomes feito Adam Gontier (ex-Three Days Grace) e Lacey Sturm (ex-Flyleaf).

Músicas de destaque: “The Diary of Jane”, “Breath”, “So Cold”, “I Will Not Bow” e “Dear Agony”.

Opinião: A consistência é uma característica inerente ao Breaking Benjamin em quaisquer das suas formações. Riffs pesados marcam a pegada da banda liderada por Burnley, que alterna entre a brutalidade e a calmaria nos vocais, sempre com um apelo emocional. É, sem dúvida, uma das revelações dos últimos tempos no que tange o metal.

Novidades: O grupo realizaria uma turnê conjuntamente com Bush, Theory of a Deadman, Saint Asonia e Cory Marks, mas a pandemia da COVID-19 fez a mesma ser cancelada.

BRIGHTSTORM – Symphonic Metal, Gothic Metal – Origem: Brasil – Formada em 2012

Release: Idealizada pela vocalista Naimi Stephanie, a banda surgiu em 2012 na cidade de São José dos Campos, região do Vale do Paraíba paulista. As primeiras experiências foram com tributos ao Evanescence, mas logo descobriram que tinham potencial para fazer autorais de qualidade. No ano seguinte, iniciaram os trabalhos para a produção do primeiro EP, que foi lançado em 2014 com o nome de “Past in Flames” e realizaram pequenas turnês dentro e fora de São Paulo para promovê-lo. Em 2017 o grupo revelou seu primeiro álbum, intitulado “Through the Gates”, além de videoclipes de músicas constantes no mesmo. Junto à Naimi, compõem a BrightStorm o guitarrista Will Lopes, o baixista Edy Silva, o tecladista Gabriel Bernardes e o baterista Alexis Nunes.

Músicas de destaque: “Psicostasia”, “Let Me Fly”, “Walk” e “Vampire”.

Opinião: Não obstante os grandes trabalhos de composição, produção, vocal e instrumental desempenhados, me chama a atenção o grande alcance que a BrightStorm tem em relação aos seus apreciadores. A banda possui um fã-clube (os chamados BrightStormers), reunindo pessoas do Brasil e outros países e dão total e completa atenção aos mesmos, coisa que infelizmente não vejo em outros artistas e bandas. Nesse sentido é um exemplo a ser seguido e o que faz a banda deixar de ser promessa para integrar o presente e o futuro do metal nacional.

Novidades: Em junho a banda lançou o clipe de “Let Me Fly”, com performances individuais dos integrantes e mensagens positivas e de superação escritas por fãs de vários lugares do mundo diante do momento pandêmico vivenciado pela humanidade.

Encontre sua banda favorita