Nossa coluna volta para o início do alfabeto, trazendo, a cada semana, cinco bandas que você precisa conhecer! Vamos reiniciar nossa jornada passando novamente pela letra A!
AMON AMARTH – Melodic Death Metal – Origem: Suécia – Formada em 1988
Release: Amon Amarth é uma banda de viking metal originada na cidade de Tumba, na Suécia. A banda formou-se originalmente em 1988 utilizando o nome “Skum”, sendo que apenas no ano 1992 trocou para Amon Amarth, nome retirado da obra O Senhor dos Anéis de J.R.R. Tolkien, o que significa “Montanha da Perdição” (Mount Doom) em Sindarin, idioma também denominado “a língua élfica. O grupo aborda a temática viking em suas letras e produz um som que mistura o Heavy Metal ao Death Metal. Após assinarem com a gravadora Metal Blade ainda na década de 1990, lançaram aclamados álbuns que levou a banda a se apresentar em diversos festivais pela Europa, e posteriormente na América e Ásia. Com Berserker, de 2019, o Amon Amarth já lançou ao todo 11 álbuns de estúdio
Musicas de destaque: “Death in Fire”, “The Pursuit of Vikings”, “War of The Gods”, “The Way of Viking”.
Opiniao: Temos aqui uma grande banda, com músicos excelentes, não apenas em seus instrumentos, mas também em seus personagens: o expectador pode sentir toda a energia da batalha e imaginar o cenário épico que é descrito nas canções da banda, quando esta se apresenta ao vivo. Este redator teve a honra de poder prestigiar uma dessas “batalhas épicas” antes do mundo inteiro sucumbir à pandemia, quando o Amon Amarth excursionava ao lado do Powerwolf.
Novidades: a banda lançou seu 11º álbum de estúdio, denominado “Berserker”, em maio de 2019. Foi uma das poucas bandas que conseguiram concluir seu circuito de shows antes de se verem obrigados a aderir às normas procedimentais de saúde. No momento, os drakkars encontram-se aportados, sedentos de sangue e aguardando a próxima batalha.
AMARANTHE – Power Metal/Metalcore – Origem: Suécia – Formada em 2008
Release: Criada inicialmente com o nome de Avalanche e tendo de alterar o nome por razões legais, a banda foi idealizada pelo guitarrista Olof Morck (também integrante do Dragonland) e pelo baixista Joacim “Jake E” Lundberg (que teve uma breve passagem pelo Dream Evil), mas veio a colocar efetivamente em prática os seus trabalhos com a chegada do baterista Morten Lowe Sorensen, do baixista Johan Andreassen e dos vocalistas Andreas Solveström e Elize Ryd (conhecida por ser a voz feminina de diversas músicas do Kamelot). A primeira demo, “Leave Everything Behind”, foi lançada em 2009 e o autointitulado álbum de estreia veio em 2011. Desde então, outros quatro trabalhos de estúdio foram revelados. Algumas mudanças de integrantes também ocorreram, porém se mantiveram sempre com seis componentes.
Amaranthe é conhecida pelo uso de elementos eletrônicos em suas músicas, bem como por possuir três vocalistas, cada um com o seu próprio jeito de performar.
Músicas de destaque: “Hunger”, “Amaranthine”, “The Nexus”, “Drop Dead Cynical”, “Maximize” e “365”
Opinião: Acredito que a banda não tenha medo de arriscar ao adicionar elementos eletrônicos, podendo ser criticada por aqueles mais ortodoxos e tradicionalistas. Foi uma boa sacada, que interagiu bem com o peso do metal. Seria o embrião de um novo subgênero? (Trance Metal, risos).
A harmonia entre vocal masculino limpo, vocal feminino limpo e vocal gutural também é destaque, proporcionando singulares apresentações em cada música.
Novidades: Ainda em 2020 a banda pretende lançar o sexto álbum, chamado “Manifest”. Dentre as canções do mesmo está “Do or Die”, que conta com a participação da ex-frontwoman do Arch Enemy, Angela Gossow e de Jeff Loomis, guitarrista da mencionada banda.
ABBATH – Black Metal – Origem: Vestland, Noruega – Formado em 2015
Release: O multi-instrumentista, compositor e vocalista Olve Eikemo, mais conhecido como Abbath ou Abbath Doom Occulta, é famoso por seu trabalho na banda de Black Metal, Immortal, onde ficou de 1990 até 2015, onde acabou rompendo com a banda, tendo até um caso judicial envolvendo o próprio contra seus ex-companheiros de banda, Demonaz e Horgh, com os últimos ganhando o processo e continuando com o nome de Immortal, enquanto Abbath lançou sua banda solo homônima. Seu talento como multi-instrumentista é visto na sua antiga banda, onde, além de vocalista, tocou baixo de 1990 até 1997, bateria de 1993 até 1995 e guitarra de 1998 até 2015. Em seu projeto solo já contou com a parceria de aluns músicos relevantes da música extrema, como King ov Hell, ex-Gorgoroth e Mia Wallace, que atualmente está na Nervosa, tendo lançado dois álbuns muito competentes, “Abbath” (2015) e “Outstrider” (2018).
Músicas de destaque: São apenas dois discos, mas há muitas músicas que devem ser ouvidas, principalmente pelos fãs do Immortal, pois a essência clássica da banda se faz mais presente aqui do que na própria. Ouça sem medo “Winter Bane”, “To War” e “Count To Dead” do primeiro play, além de “Outstrider”, “Harvest Pyre” e “Calm In Ire (Of Hurricane” do segundo.
Opinião: Abbath sempre mostrou ser um bom músico, comandava o Immortal e faz muita falta a banda, que parece ter perdido a identidade. Seus álbuns solos me agradaram bastante, pois têm agressividade e técnica muito bem balanceadas.
Novidades: Ao final de 2019, o músico acabou tendo problemas com drogas e isso afetou diretamente suas apresentações, tendo uma pífia performance na Argentina onde tocou apenas duas músicas e acabou cancelando o restante dos shows da turnê sul-americana, incluindo no Brasil. Ele acabou entrando na reabilitação e agora luta para se manter sóbrio e retomar os trabalhos após a quarentena. Recentemente, ainda se posicionou sobre uma possível reunião do Immortal dizendo que estaria aberto desde que fosse algo especial.
ANNIHILATOR – Thrash/Groove Metal – Origem: Canadá – Formada em: 1984
Release: O ANNIHILATOR foi formado no ano de 1984 pelo então garoto prodígio Jeff Waters, na época com 18 anos de idade e que desde os 13 já dava aulas de guitarra. Ele se notabilizaria por ser multi-instrumentista e se tornaria também produtor, inclusive tendo ficado perto de produzir o álbum “Beneath the Remains”, do SEPULTURA. Só não o fez porque não topou viajar ao Brasil, Em parceria com o vocalista John Bates, eles iniciaram, na capital Ottawa, a história da banda mais bem-sucedida comercialmente do Canadá, A dupla gravou a primeira música do grupo, chamada “Annihilator”, em que Waters tocou todos os instrumentos. A música nunca fora lançada, Após recrutar alguns membros, gravaram a primeira demo, chamada “Psycho Metal Kills”, mas depois de algum tempo, a banda se separou. Em 1986, Waters estava mais uma vez a gravar todos os intrumentos, e na companhia do baterista Paul Malek, gravou a segunda demo, “Phantasmagoria”. Passado mais algum tempo, Waters trocou Ottawa por Vancouver e em 1989 foi lançado o primeiro álbum, o aclamado “Alice in Hell”. A banda sofreu várias mudanças em seu lineup ao longo do tempo, mas nunca deixou de estar na ativa. Waters assumiu os vocais entre os anos de 1994 e 1996 e desde 2015 tem acumulado as funções de guitarrista e vocalista, além de eventualmente, tocar baixo. Completam a formação atual, o guitarrista Aaron Keay Homma, o baixista Rich Gray e o baterista Fabio Alessandrini. O ANNIHILATOR lançou 17 álbuns de estúdio, 3 álbuns ao vivo e 2 DVD’s.
Músicas de destaque: O maior “hit” da banda, com certeza é “Alisson Hell”, cujo videoclipe rolou muito nos programas de Heavy Metal da MTV, mas também podemos citar músicas como “Phantasmagoria”, “Burns Like a Buzzsaw Blade”, “Set the World on Fire”, “All for You”, “Dr. Psycho”, “W.T.Y.D”, entre outras.
Opinião: Para este redator que vos escreve, Thrash Metal é o estilo favorito e dificilmente ele encontrará uma banda ruim do estilo. E o ANNIHILATOR está longe de ser ruim, pois o gênio Jeff Waters é técnico ao extremo e essa técnica é refletida no som da banda, o que me faz ser um fã incondicional deste grupo canadense.
Novidades: A banda lançou seu mais recente álbum, “Ballistic, Sadistic”, em janeiro deste ano e como todas as demais, está alijada de fazer turnês e divulgar seu novo petardo. Fica a nossa torcida para que esta pandemia se encerre para que possamos assistir às apresentações destruidoras.
AZUL LIMÃO – Heavy Metal – Origem: Rio de Janeiro, Brasil – Formado em 1981
Release: o Azul Limão pertence a geração que, de fato, iniciou o Heavy Metal no Brasil. Originado em 1981, a formação com Vinícius Mathias (baixo), Ricardo Martins (bateria), Marcos Dantas (guitarra) e Rodrigo Esteves (vocal), permaneceu inalterada até a gravação do álbum “Vingança” e do EP “Ordem & Progresso”, de 1986 e 1987, respectivamente.
Em 1989, dois fatores fizeram com que a carreira fosse interrompida: a onda Thrash Metal, que sugou por um tempo o interesse pelas bandas de Metal tradicional, e o convite recebido por Rodrigo Esteves para cantar ópera na Espanha, estilo ao qual ele se dedicava em paralelo.
A partir de então, o Azul Limão passou a atuar fazendo apenas apresentações ao vivo, que coincidiam com as oportunidades que Rodrigo tinha de vir para o Brasil. Essa dinâmica perdurou até 2013, quando foi gravado “Regras do Jogo”, cujo tracklist era composto por canções antigas, mas inéditas nos discos.
Em 2018, sai “Imortal”, apresentando mudanças efetivas de formação. Com a pausa de atividades do Metalmorphose, o vocalista Renato Stefani Massa e o bateirsta André Delacroix passam a integrar as fileiras do Azul Limão e assim a banda pode iniciar uma nova fase, com mais estabilidade em seus planos.
Músicas de destaque: “Satã Clama Metal”, “Não Vou Mais Falar”, “Fora da Lei”, “Paranormal”, “Sexta Feira à Noite” e “No Ar Rarefeito”
Opinião: Cantada em português, a música do Azul Limão possui uma inegável influência de Judas Priest, mas, como qualquer um que acompanhou o Metal brasileiro no nascedouro sabe, as bandas daqui tinham uma assinatura única, um “quê” que as diferenciava de qualquer outro cenário e, o Azul Limão não foge à essa regra. Foram relevantes em sua origem, criando alguns dos clássicos nacionais do estilo, e hoje, com seu mais recente álbum, demonstram que essa relevância permanece incólume.
Novidades: A banda acabou de lançar seu primeiro disco ao vivo, “En Acción”, gravado no Paraguai.