O Abbath, ex-vocalista do Immortal, e também da sua banda homônima “Abbath”, depois de um show desastroso no final do ano passado na Argentina, devido ao alcoolismo, decidiu iniciar o processo de reabilitação, e falou com Martin Blekkerud, do jornal norueguês Dagbladet Magasinet, contando alguns detalhes de como tudo aconteceu:
“Eu bebia o dia inteiro desde que saí do Chile naquela manhã. Duas garrafas de uísque de Jack Daniel. Eu quebrei tudo nos bastidores depois do show. Espelhos, cadeiras, garrafas, mesas, tudo. Mas acima de tudo, eu me destruí por dentro. Quando acordei no dia seguinte, eu sabia uma coisa com certeza: tinha que procurar ajuda. A festa durou muito tempo e eu fui o único que não foi embora. Estou muito feliz por estar vivo. Tenho 47 anos. É hora de arrumar minhas coisas e me recompor”.
Outra ocorrência, foi que Abbath brigou feio com o taxista que o levava para o Aeroporto de Buenos Aires, porque o motorista não queria aumentar o volume do carro enquanto tocava AC/DC:
“Eu me perdi completamente. Eu estava bêbado como o inferno e gritei: ‘Eu vou te matar’, para ele. Ole André (guitarrista do ABBATH) tentou me acalmar, e eu disse ‘Não. Foda-se. Você está demitido’”.
“Estou convencido de que posso fazer isso. Em 2003, eu estava tão cansado de beber. Eu estava usando anfetaminas dentro e fora até algumas semanas antes da turnê mundial no outono de 2019. Então comecei a beber ainda mais. Comecei todos os dias com alguns Lemmys, como gosto de chamar o drink de uísque e coca-cola. Pensei que estava no controle, mas comecei a esquecer as letras e os riffs no palco. Todo mundo ao meu redor estava nervoso. E eu estava chateado o tempo todo”, Abbath sobre como era o clima com a equipe diante de sua situação.
Para se recuperar de seus problemas com o álcool, Abbath ao invés de ir para um centro de reabilitação, começou a frequentar as reuniões dos Alcoólicos Anônimos, e a fazer exercícios:
“Me sinto 20 anos mais novo. Recuperei o respeito por mim mesmo, e a minha vida. O estranho é que não sabia que tinha um problema até me deparar com ele. Mas não queria ir para a reabilitação. Isso seria demais para, eu não sou alcoólatra, só preciso permanecer mentalmente forte”.
FONTE: Blabbermouth