Olá caros headbangers, bem-vindos a mais um “A História Por Trás da Canção”, nosso quadro semanal que toda segunda-feira destrincha toda a história por trás das músicas de Rock e Metal que tanto amamos.
E hoje falaremos de uma das bandas mais icônicas o Rock nos anos 70, principalmente quando se trata especificamente do movimento Punk, tendo a mesma tido uma carreira meteórica de apenas 3 anos, mas ainda assim, sendo o suficiente para cravar seu nome na história da música.
Como vocês bem sabem, o Sex Pistols foi uma banda que deu o que falar no final dos anos 70 por conta das suas atitudes, sendo até hoje um dos principais símbolos do movimento Punk. E em 1977, o grupo lançou o seu primeiro e único álbum, intitulado “Never Mind The Bollocks, Here’s the Sex Pistols”.
Certamente, quando se falar desse álbum as primeiras músicas que você deve lembrar são “God Save The Queen”, Anarchy In The U.K” e “Pretty Vacant”, certo? Bom, não falaremos de nenhuma dessas hoje. Hoje falaremos especificamente da faixa “Bodies”, música essa que tem uma temática forte e bem controversa até os dias atuais.
A música em questão foi composta pelo vocalista John Lydon, e uma curiosidade interessante sobre a mesma é que essa é a única faixa do álbum onde Sid Vicious realmente gravou as linhas de baixo. A letra retrata sobre Pauline, uma fã do Sex Pistols que era da cidade de Birmingham.
Segundo a história, Pauline estava internada em uma instituição mental, onde morava em uma casa na árvore no jardim da tal instituição, e lá, ela teria sido estuprada por enfermeiros do hospital psiquiátrico.
Após ela deixar esse hospital, ela migrou para Londres, onde conheceu o Sex Pistols e virado fã da banda. Ela conheceu todo o grupo, mas passou a ter mais proximidade com o vocalista John Lydon. Além disso, segundo a história, Pauline teria aparecido na porta de John segurando um saco com o seu feto abortado dentro, acontecimento esse que teria inspirado Lydon a compor “Bodies”.
E de acordo com a autobiografia de John Lydon, aquele não teria sido o único procedimento de aborto que a jovem Pauline teria se submetido, o vocalista também relatou que a garota chegou a contar a ele sobre os outras gestações interrompidas as quais ela passou.
E de fato, “Bodies” tem uma letra bastante chocante, sendo a mais impactante em relação a todas as músicas do Sex Pistols, e por conta da temática, muitos interpretaram a canção como uma “música anti-aborto”, sendo inclusive considerada como uma das “50 melhores músicas conservadoras do mundo”, segundo a National Review em 2006.
Mas, “Bodies” realmente se trata de uma canção anti-aborto?
Bom, deixemos que o próprio John Lydon responda:
“Essa canção foi odiada e abominada. Não é anti-aborto, não é pró-aborto. É: ‘Pense nisso. Não seja insensível com relação a um ser humano, mas também não se limite a algo “moral”. Porque é imoral trazer uma criança para este mundo e não dar a mínima para isso.“
A declaração foi dada durante entrevista do vocalista para a série de documentários “Classic Albums”, de 2007, a qual vocês podem ver logo abaixo a partir do minuto 36:02 (em inglês, sem legendas).
Confiram a música traduzida logo abaixo:
E não deixem de conferir a playlist do “A História Por Trás da Canção” no Spotify, onde você pode encontrar essa e todas as músicas destrinchadas no quadro até agora:
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