Olá caros headbangers, bem-vindos a mais um “A História Por Trás da Canção”, nosso quadro de toda segunda-feira onde destrinchamos toda a temática por trás das músicas de Rock e Metal que tanto amamos. E hoje, teremos uma história de “outro mundo”, e vocês entenderão o porquê disso.

Para quem conhece bem a banda sueca Hypocrisy, e principalmente o frontman Peter Tägtgren, sabe que o grupo gosta bastante de abordar temáticas como aliens e ufologia em seu trabalho, inclusive, o próprio Peter também traz um pouco temáticas do tipo para o Pain, a sua outra banda.

E claro, que a música de hoje tem a ver com isso, e ainda mais, se trata de um caso real que causa dúvidas em muitas pessoas até hoje, sendo essa a “Roswell 47”, lançada em 1996 no álbum “Abducted”, que vocês imaginam que foi um disco todo voltado para a temática de alienígenas.

A canção em questão retrata sobre o famoso caso de Roswell, ocorrido em 1947, onde supostamente um disco voador teria caído próximo a uma área rural da cidade em questão, localizada no estado do Novo México, nos Estados Unidos.

Tudo começou após um fazendeiro chamado William Brazel encontrar os destroços de um estranho objeto em uma região a 120 km de Roswell, tendo de início ignorado, mas depois entrado em contato com as autoridades após ouvir histórias sobre disco voadores e alienígenas, pensando na possibilidade daquilo que ele encontrou ser algo do tipo.

Após reportar o ocorrido para o xerife George Wilcox, o mesmo foi ao local verificar o tal objeto, tendo depois acionado a Base Aérea de Roswell, tendo o caso caído no colo do Major Jesse Marcel. Então, após os militares pegarem os destroços do objeto e levarem para análise, no dia 8 de julho de 1947, a Base soltou o seguinte comunicado a imprensa, basicamente “confirmando” que aquilo seria um disco voador.

Os vários rumores a respeito dos discos voadores se tornaram uma realidade ontem, quando o escritório de inteligência do 509º Grupo de Bombardeio da 11ª Força Aérea, Basea Aérea do Exército em Roswell, teve a sorte de ter em posse um disco através da cooperação com um dos rancheiros local e o escritório do xerife de Chaves County. O objeto voador pousou num rancho perto de Roswell em algum momento na semana passada.

Certamente, a imprensa foi a loucura com a informação, que ganhou destaque nos principais jornais. Mas, não muito tempo depois, o quartel superior Forth Worth, do Texas, divulgaria uma nova nota a imprensa desmentindo a informação dada pela Base Aérea de Roswell, alegando que o objeto na verdade seria restos de um balão meteorológico que tinha caído ali. Inclusive, o próprio Brazel afirmou depois que teria encontrado apenas tiras de borracha, papel alumínio, papel duro e hastes metálicas no local.

Com isso, tudo não teria passado de um “mal entendido”, tendo o caso sido encerrado e arquivado.

“Então é só isso? História encerrada?” claro que não!

Três décadas depois, mais especificamente em 1978, o caso Roswell voltaria a ganhar holofotes. Isso porque o físico nuclear Staton Terry Friedman foi atrás do Major Jesse Marcel para lhe perguntar pessoalmente sobre o que teria ocorrido em Roswell em 1947, tendo o Major aposentado dado uma versão diferente da oficial de 47, alegando que ele mesmo teria trocado as peças do tal disco voador para aquilo que seria o resto de um balão meteorológico. Além disso, o mesmo teria revelado a Friedman que o material encontrado próximo a fazenda não seria de algo criado na Terra.

E esse foi o pontapé inicial para diversos outros relatos de testemunhas do caso, que vieram tanto de moradores da região, quanto de oficiais que participaram de todo o processo. Entre eles o Tenente Walter Haunt, que com o passar dos anos sempre dava uma nova versão, hora alegando que não tinha visto nada, e hora dizendo não só ter visto a nave, como também os alienígenas que teriam morrido dentro dela.

Os diversos relatos deram origem a quatro livros que contavam a “verdade” do caso Roswell, sendo eles o “The Roswell Incident”, de 1980, escrito por Charles Berlitz e William Moore, os “UFO Crash at Roswell” de 1991 e “The Truth About the UFO Crash at Roswell” de 1994, ambos escritos por Kevin Randle e Donald Schmitt, o “Crash at Corona” de 1997 escrito por Don Berliner e Staton Terry Friedman, e por último, o “Witness to Roswell: Unmasing the 60 Years Cover-Up” de 2007, escrito por Thomas Carey, e que tem o último testemunho de Walter Haunt sobre o caso, dois anos após sua morte, onde o mesmo afirmou ter sido levado para o hangar onde a tal nave estava, junto com vários corpos minúsculos dos tais alienígenas.

Por mais que existam esses diversos relatos, tanto os de Marcel e Haunt, quanto de outras “testemunhas” as quais aparecem até hoje dando relatos diferentes, oficialmente o mesmos são levados com ceticismo, principalmente pelo fato dos mesmo só começarem a se pronunciarem após o ano de 1978.

Além disso, em 1994 foi divulgado um relatório oficial sobre o caso de Roswell, onde lá as autoridades inclusive afirmam que o tal balão, que teria sido confundido com um disco voador, pertencia do Projeto Mogul, que seria um projeto do Governo Americano que se utilizava de balões para tentar espionar possíveis testes atômicos da União Soviética (lembrando que em 1947 a Guerra Fria se encontrava em seu início), tendo o mesmo sido cancelado em 1949 por questões de custo.

Agora, retornando a música do Hypocrisy, como um bom entusiasta da ufologia, certamente Peter fez a letra de “Roswell 47” se utilizando da visão que o caso ocorrido em 1947 teria sido realmente da queda de um ovni na terra, tendo o Governo Americano tentado acobertar o caso.

Como sempre, esse é apenas um resumo de toda a história. Caso queiram saber mais detalhes, recomendo este vídeo sobre o caso feito pelo canal Assombrado.com.br.

E claro, confiram a música do Hypocrisy logo abaixo:

E não deixem de conferir a playlist do “A História Por Trás da Canção” no Spotify, onde você pode encontrar essa e todas as músicas destrinchadas até o momento no quadro.

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