Com uma discografia que já entregou cinco álbuns completos, a dupla A Floor Below apresenta o seu último lançamento “Monuments”, que é o terceiro disco de 2025. Seu thrash metal honesto e orgânico permite músicas como “Embers To Ash” destilar a sua essência cheia de brutalidade e rispidez, embora os vocais vão por um lado melancólico. Na sequência, “Life Ordinary” oferece um peso diferenciado com riffs mais melódicos e andamento mais cadenciado. Os integrantes de A Floor Below não rotulam o seu som, mas para o bom headbanger a banda está muito bem amparada nas entrelinhas do metal extremo por seus riffs colossais e distorções abafadas.
O peso de músicas como “Calcify Me” não desfigura a harmonia exalada da cozinha, com uma bateria dinâmica seguida de um baixo sempre marcante. Aqui, também há etapas mais melódicas que casam com a agonia do vocal. Depois disso, entra em cena “Cog In The Wheel” com uma vibe mais Megadeth. No entanto, a sonoridade de A Floor Below é bem mais ácida e rápida. Para completar a versatilidade da dupla, “Landmarks” surge com uma sonoridade caótica e arrastada. Até aqui, essa galera demonstrou consistência neste quinto álbum, cuja produção, realizada por ela mesma realça a sua identidade.
Quem também segue o tema arrastado é “Stargazer”, uma voz soturna por trás da escuridão de uma caverna. Enquanto a guitarra faz a cama para o lirismo soturno da letra, a bateria nervosa concentra suas frases nos tambores a uma velocidade incrível. De maneira idêntica, se destaca a faixa “Deceiver”, com seus quilos de pancadas desenfreadas, elevando o peso da canção a um patamar altíssimo. E a sessão rolo compressor não termina por aí, pois a música “Lesson In A Message” também chega nos dando uma aula de trituração e maldade. Destaque aos vocais que, aqui, estão mais inspirados.
A última trinca do ‘full-length’ começa com “Before The Fall” que, até aqui, parece ser a mais melódica do álbum com alguns licks de guitarra e groove na cozinha. “Nossa música é criada nos espaços intermediários — onde a luz se esvai e a verdade do que sentimos começa a emergir”, declara a dupla sobre seu modo de compôr. Na sequência, “The Fall” traz um pouco de virtuosismo nas linhas melódicas, mas com a tensão sempre evidente. Ao final, a épica “After The Fall” pede passagem e encerra o álbum como um hino majestoso. Pelo jeito, a inspiração do A Floor Below é uma fonte de riqueza inesgotável.
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