O quarto disco tem a capacidade de destruir carreiras e decepcionar fãs. Uma razão pode ser porque a capacidade criativa de qualquer artista é testada fortemente nessas ocasiões. Como criar algo novo e manter a qualidade dos álbuns que conquistou? E, claro, quem superou esse obstáculo na carreira está com certeza na lista dos melhores.
“All Hope is Gone” veio para superar o hiato em que estava o projeto do Slipknot, visto que seus membros estavam mais ativos em seus projetos paralelos. Haviam ganhado um Grammy em 2006 como Melhor Perfomance de Metal (desbancando o Rammstein, que também foi indicado). E, convenhamos, se o quarto álbum por si só pode consolidar ou destruir, imagine a pressão após um prêmio de tamanha importância como um Grammy?
Esse álbum contribuiu para a expansão da base de fãs e uma inclusão muito propícia na lista da Billboard. Foi o primeiro álbum do grupo a estrear em primeiro lugar no Top 200, especialmente por conta das preferidas dos fãs: “Psychosocial”, “Dead Memories” e “Snuff”.
Por isso, a decisão da banda em retornar as raízes e realizar a gravação em sua cidade natal, em Sound Farm Studio, Iowa, foi muito acertada. Em 2011, a Revolver Mag publicou uma matéria contando como foi a experiência, segundo os olhos de cada um dos integrantes. “Nós estávamos em uma fazenda no meio do nada e não havia ninguém na nossa frente. Nós escrevemos e gravamos o disco mais rápido do que qualquer outro que já fizemos.”, disse Paul Gray.
Corey Taylor deu uma definição muito interessante para o nome do álbum que com certeza condiz com todo o momento que estavam vivendo: “Para mim, All Hope Is Gone é uma coisa muito positiva para dizer, porque esperança significa expectativas, e quando você desiste das expectativas, você aceita o que vai acontecer.”
Dizem que o caos é capaz de produzir as grandes pérolas de qualquer artista. E era exatamente assim que cada membro da banda se encontrava na produção de “All Hope is Gone”. Cada um lidava com suas próprias questões pessoais, como vícios, relacionamentos abusivos, entre outros. O próprio clima entre a banda não estava dos melhores, incluindo diferenças no processo criativo. Mas como toda grande banda, o Slipknot soube bem como administrar os problemas e “All Hope is Gone” surpreendeu muita gente.
Tracklist
1. .Execute.
2. Gematria (The Killing Name)
3. Sulfur
4. Psychosocial
5. Dead Memories
6. Vendetta
7. Butcher’s Hook
8. Gehenna
9. This Cold Black
10. Wherein Lies Continue
11. Snuff
12. All Hope Is Gone
Formação:
Corey Taylor – Vocais
James Root – Guitarra Solo
Mick Thomson – Guitarra Base
Paul Gray – Baixo
Joey Jordison – Bateria
Sid Wilson – DJ
Shawn Crahan – Percussão e Voz
Chris Fehn – Percussão e Voz
Craig Jones – Sampler e Teclado
