O mundo do Metal realmente se tornou algo gigantesco em matéria de lançamentos, a quantidade de álbuns que chegam aos meus ouvidos atualmente é algo absurdo em números, principalmente falando de Death metal.

Alguns álbuns não trazem nada potencialmente impressionante ao ponto de ser preciso muitas audições para obter uma opinião nítida que seja possível transmitir ao ouvinte de forma que ele possa olhar para o álbum e entender o conceito geral de forma ampla, eu sempre comento que isso torna o compreendimento do ouvinte maior diante a obra mas devo confessar que este não foi um ponto fácil sobre “Fall. Rise. Conquer.” da banda sueca Zephyra.

Fall. Rise. Conquer.” marca a história da banda como o terceiro full-lenght, sempre imersos nas linhas do Death metal melódico ao pé da palavra, a banda surpreendeu neste lançamento, principalmente porque notamos músicos mais ousados interagindo com novos elementos e elevando seu próprio nicho a uma nova identidade.

Um dos grandes pontos positivos da banda é a absurda qualidade instrumental que se eleva diante as guitarras e baixo de Tony Netterbrant Al Rinald e o magnificente trabalho de Kujtim Gashi na bateria, pontos que facilitaram que “Fall. Rise. Conquer.” soasse épico e inovador com faixas em linhas diferentes que não seguem padrões. Cada faixa apresenta uma temática e atmosfera diferente, o que torna o álbum realmente interessante.

A banda lançou seu álbum de estréia, “Mental Absolution”, em 2014. Quando lançaram seu segundo álbum, “As The World Collapses”, em 2016, lembro das comparações feitas por Zephyra se assemelhar muito a Battle Beast e outras coisas que lembravam um pouco de Amaranthe, mas com este novo álbum, eles finalmente adquiriram a própria identidade, mais originais e muito mais diversificados. A faixa de abertura, “Dreams Denied“, define o tom do novo álbum.

Eles continuam a tocar metal moderno, melódico, mas contundente, com uso liberal de teclados. Meio que um mestiço de influências melódicas do Death metal e influências industriais.. A voz da vocalista Åsa Netterbrant está no centro do som da banda e sua mistura de canto limpo com alguns brutais rudes e poderosos se encaixa bem na linha da banda. Duas das melhores músicas do álbum são cantadas em sueco nativo, outro firme ponto destes músicos, somar sua cultura apenas poderia trazer vantagens e as canções suecas, “Fånge i Frihet” e “Svart Smärta” são ótimas com seu equilíbrio perfeito entre brutalidade, grandes melodias na orgulhosa tradição da música sueca ao peso do metal. Há também um cover de “Nothing Else Matters” do Metallica. Esse é um movimento muito arriscado, mas Zephyra garantiu uma boa jogada com os fãs. Eles conseguem se manter respeitosamente fiéis à música original, ao mesmo tempo em que fazem dela uma faixa que se encaixa muito bem com o som do Zephyra.

Track listing

1.Dreams Denied

2.Fånge i Frihet

3.Waiting For Nothing

4.Nothing Else Matters

5.Paper Crown

6.After The Meltdown

7.Svart Smärta

8.A Letter For You

9.My Pain

10.Man Chooses, Slaves Obey

Membros da banda

Åsa Netterbrant – Vocal

Tony Netterbrant – Guitarra

Al Rinald – Baixo

Kujtim Gashi – Bateria

Facebook Oficial