O que mais me agrada nessa negócio de ouvir Metal é descobrir coisas novas. De vez enquanto aparece algumas bandas que me deixam de queixo caído e me fazem correr atrás de tudo que é material disponíveis, tive essa sensação nos últimos anos com o Volbeat, Ghost e Enforce. ambas com seus álbuns já lançados e bem conhecidos por aqui.
Aí é que eu entro no assunto em questão, a banda da vez, Baroness.
Formada na cidade de Savanah, na Georgia no ano de 2003, a partir do fim da banda punk Johnny Welfare & The Paychecks.
O primeiro lançamento foi o ep ¨First¨ lançado no ano de (2004) que contava com 03 músicas:
“Tower Falls”
“Coeur”
“Rise”
Logo depois a banda soltou seu segundo ep “Second” lançado em 2005 e gravado em uma única seção, trazendo mais 03 sons inéditos, a banda começa a sair de uma fusão de Metalcore com influências de post-hardcore, punk, post-rock e rock progressivo pra algo mais Metal e post-hardcore.
“Red Sky”
“Son of Sun”
“Vision”
Ouça “First” e “Second”:
Já nesses primeiros laçamentos, além das músicas as artes das capas começam a chamar a atenção, todas elas e seriam assim sempre, foram feitas pelo vocalista John Dyer Baizley, que ainda desenharia para inúmeros artistas como Darkest Hour, The Red Chord, Skeletonwitch, Kylesa, Kvelertak, Pig Destroyer, Magrudergrind, entre outros.
Em 2007, finalmente a banda lança seu primeiro álbum, “Red Album”, produzido pelo vocalista da banda Kylesa, Phillip Cope, conterrâneo do Baroness. No álbum fica acentuado o lado mais atmosférico e experimental da banda que se tornaria marca registrada. Sludge Metal, Rock Progressivo, Melancolia e muita melodia chamam a atenção da mídia especializada. A conceituada Metal Hammer coloca “Red Album” como o quarto melhor de 2007 em sua lista de final de ano.
“Rays on Pinion” – 7:55
“The Birthing” – 5:03
“Isak” – 4:22
“Wailing Wintry Wind” – 5:54
“Cockroach en Fleur” – 1:50
“Wanderlust” – 4:29
“Aleph” – 4:21
“Teeth of a Cogwheel” – 2:16
“O’Appalachia” – 2:36
“Grad” – 5:54
“Untitled” – 12:11
Em 2008 a banda lança uma compilação dos seus dois primeiro eps intitulada de First & Second.
Em 2009 a banda aparece com seu segundo álbum, intitulado Blue Record, produzido por John Congleton (Swans, Okkervil River, The Roots), o disco tem mais uma novidade a troca do guitarristas Brian Blickle por Peter Adams.
O som está mais pesado, e também menos atmosférico. Há grandes partes instrumentais onde as melodias das guitarras ganham destaques.
A crítica adorou o álbum que recebeu nota máxima da revista norte-americana Decibel, que o elegeu álbum do ano em 2009. A Metal Hammer colocou Blue Record na décima posição em sua lista de final de ano, enquanto o LA Weekly cravou o trabalho na vigésima posição em sua lista com os maiores discos de metal já gravados.
Comercialmente falando o álbum chegou a primeira posição no Heatseekers da Billboard, chart destinado a novos artistas. O álbum recebeu uma edição especial ainda em 2009, com um disco bônus trazendo a performance da banda no Roadburn Festival daquele ano. “Blue Record” conseguiu superar o anterior.
“Bullhead’s Psalm” – 1:20
“The Sweetest Curse” – 4:31
“Jake Leg” – 4:23
“Steel That Sleeps the Eye” – 2:38
“Swollen and Halo” – 6:35
“Ogeechee Hymnal” – 2:36
“A Horse Called Golgotha” – 5:21
“O’er Hell and Hide” – 4:22
“War, Wisdom and Rhyme” – 4:26
“Blackpowder Orchard” – 1:01
“The Gnashing” – 4:18
“Bullhead’s Lament” – 2:59
Lançado em 2012, Yellow & Green, é o terceiro álbum de estúdio e é o primeiro álbum duplo, agora a banda mistura seu já característico som com características stoner, prog e alternativas. São dezoito faixas que vão do Metal mais pesado a sons progressivos e experimentais, álbum perfeito que deve ser considerado clássico tão logo ganhe mais conhecimento.
Produzido novamente por John Congleton, o álbum foi gravado como trio John Baizley (que também assumiu o baixo), Peter Adams e Allen Blickle. A crítica mais uma vez recebeu o álbum com festa a Spin e PopMatters deram nota 9 e o album marcou presença em diversas listas de melhores do ano, sendo que na Metal Hammer, alcançou a 14ª posição.
No dia 14 de agosto de 2012, a banda sofreu um acidente de ônibus, perto da cidade de Bath, Inglaterra. Todos no interior do veículo no momento do acidente sofreram ferimentos graves, incluindo desde o motorista, Norman Markus, ao frontman da banda, John Baizley.
A banda ficou parada por quase um ano e só aí realizaram a turnê do aclamado “Yellow & Green”.
Em 2015 a banda reaparece com o álbum “Purple”, o mais pesado da discografia. Com “Purple” banda resgata elementos que não apareceram em “Yellow & Green”, é pra mim o melhor da discografia da banda e um dos melhores lançados nos últimos anos. A capa é outra obra de arte e foi o que me primeiro chamou a atenção para a banda.
1. “Morningstar”
2. “Shock Me”
3. “Try to Disappear”
4. “Kerosene”
5. “Fugue”
6. “Chlorine & Wine”
7. “The Iron Bell”
8. “Desperation Burns”
9. “If I Have to Wake Up (Would You Stop the Rain?)”
10. “Crossroads of Infinity”
A pouco dias atrás a banda tinha concerto marcado para a sala de espetáculos Ancienne Belgique na Belgica quando o país foi vítima de atentados terrorista, sobre o assunto a banda postou em sua página oficial:
“Não estamos em Bruxelas. Não sabemos o que se passa nem para onde vamos, mas vamos tentar manter-vos informados”, escreveram os Baroness no Facebook, “e vamos tentar tocar um espetáculo algures”.
Discografia:
First (EP) – 2004
Second (EP) – 2005
Red Album – 2007
A Grey Sigh in a Flower Husk(split) – Baroness/Unpersons (2007)