‘The Marriage of Heaven & Hell – Part I’ é o sexto álbum da banda de Power Metal estadunidense Virgin Steele. O álbum foi lançado em 1995, gravado em 1994 no estúdio Babylon em Nova Iorque, o trabalho faz parte de uma trilogia de álbuns conceituais da banda; este é o primeiro (os seguintes são: The Marriage of Heaven & Hell Part II e Invictus). O álbum, assim como toda a trilogia, trata da relação humana perante as divindades. As faixas não seguem um enredo definido, porém há inspiração vindo da religião, mitologia, poesia e crenças pessoais do letrista DeFeis.
Os membros da banda na gravação do álbum: David DeFeis nos vocais, teclados, baixo e produção; Ed Pursino na guitarra e no baixo e Joey Ayavazian na bateria. Na verdade, DeFeis e Pursino gravaram todas as linhas de baixo do álbum após a saída do baixista da banda, Rob Demartino. Além dos músicos, o trabalho ainda contou com Steve Young (na mixagem e na engenharia sonora) e Axel Thubeauville na produção executiva.
Diferente de várias outras bandas do Metal que se venderam na época, Virgin Steele deixou um forte legado com sua obra, principalmente quando falamos desta trilogia que se tem início com o lançamento deste álbum, em 1995. Poucos lançamentos se comparam com esta saga. Nesta saga, a banda deixou de lado as referências fortes que traziam do Hard Rock em sua sonoridade e mergulharam de vez no Heeavy/Power Metal, lançando talvez uma obra-prima da cena.
O primeiro destes três capítulos, que é ‘The Marriage of Heaven & Hell Part I’, rivaliza com grandes álbuns da história do Heavy Metal tamanha é sua qualidade e seu potencial. A obra é considerada a mistura entre o bárbaro e o romântico. O Bárbaro encontra-se na sua sonoridade, no peso, nas características de Heavy Metal que apresenta; já o romântico está em seu espírito que carrega consigo elementos clássicos.
O álbum contém 14 faixas e é um marco na carreira da banda e, com certeza, do Heavy/Power Metal em geral, tendo em vista a sonoridade que conseguiram colocar, a técnica e o peso das músicas – todas elas tendo a assinatura de DeFeis na composição, e algumas em parceria com Pursino.
É um álbum tremendamente longo, com setenta minutos de duração, através de quatorze canções. Mas, durante esse período, Virgin Steele integra suavemente um manifesto de sequências musicais repleto de identidade e vigor. Saber dosar a ideia de tempo de duração das faixas e deixá-lo atraente não é tão fácil, as bandas de Rock Progressivo são as que mais dominam esta arte.
Os esforços composicionais de DeFeis são a cereja no topo do bolo deste álbum. A estrutura limpa da guitarra de “Self Crucifixion” após alguns roqueiros robustos, mais uma vez, mostra as muitas dimensões de Virgin Steele (além disso, apresenta provavelmente o melhor solo de Pursino de todos os tempos, o que não é pouca coisa, já que todos os seus solos são extremamente bem escritos e pungentes). As ofensas rápidas de “The Raven Song” e “Blood of the Saints” equilibram a implausível harmonia entre os muitos objetivos do grupo.
Faixas:
01. I Will Come for You (DeFeis)
02. Weeping of the Spirits (DeFeis, Ed Pursino)
03. Blood and Gasoline (DeFeis)
04. Self Crucifixion (DeFeis)
05. Last Supper (DeFeis)
06. Warrior’s Lament (DeFeis)
07. Trail of Tears (DeFeis, Pursino)
08. The Raven Song (DeFeis, Pursino)
09. Forever Will I Roam (DeFeis)
10. I Wake Up Screaming (DeFeis, Pursino)
11. House of Dust (DeFeis)
12. Blood of the Saints (DeFeis, Pursino)
13. Life Among the Ruins (DeFeis)
14. The Marriage of Heaven and Hell (DeFeis)