Resenha: Camus – Abyssal (2018)

Há 8 anos em atividade, a banda pernambucana Camus lançou esse mês o seu primeiro álbum completo, intitulado “Abyssal”, trabalho esse cuja temática retrata os vários demônios e diversos “eus” da mente humana, assim como o pesadelo de não saber o que é real e ilusão.

Sonoramente, a Camus apresenta uma versão mais moderna do heavy metal, sendo difícil inclui-los em uma vertente específica. Mas, logo na primeira faixa do álbum (The Power Of a Choice), percebe-se que eles bebem um pouco da fonte do thrash metal old school, tendo o riff e o ritmo da canção bastante das características do mesmo.

O heavy metal tradicional também está presente no som, principalmente na questão do vocal, onde tons mais agudos são apresentados constantemente ao longo das faixas, seja por parte do baixista Thiago Souza, do guitarrista Deniêre Martins, ou então dos três convidados especiais (Nenel Lucena em “Knights of Metal”, Sérgio Costa em “War of Madness” e Sandro Barbosa em “There’s Nothing In The End”).

Outra coisa a se destacar nesse trabalho é a ótima performance do baterista Marcelo Dias nas baquetas, principalmente nas músicas onde se demandava mais velocidade (como “The Power Of a Choice” e “Knights of Metal”).

Apesar do “Abyssal” ter tido bastantes músicas em um ritmo mais lento, mesmo assim não faltou peso nas mesmas, e também muita energia passada para o ouvinte.

No mais, a Camus fez um sensacional trabalho em seu disco de estreia, e se mostrou ser mais uma ótima banda da safra atual do metal underground pernambucano.

FORMAÇÃO:

Thiago Souza – Baixo e Vocal

Deniêre Martins – Guitarra e Vocal

Jones Johnson – Guitarra

Marcelo Dias – Bateria

TRACKLIST:

1 – The Power of a Choice

2 – Send Me a Sight

3 – Offer of Blood

4 – Knights of Metal (feat. Nenel Lucena)

5 – There’s Nothing in The End (feat. Sandro Barbosa)

6 – Blind Truth

7 – War of Madness (feat. Sérgio Costa)

8 – Empty Life

9 – Abyssal

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