Resenha: I The Betrayer – 7 (2017)

Eu já disse isso aqui muitas vezes mas é impossível não mencionar o quanto a indústria do Rock e Metal tem produzido nos últimos anos e excepcionalmente em 2017, o ano fechou com uma quantidade absurda de lançamentos em todos os estilos e em todo o mundo, tornando quase impossível podermos ter uma soma exata do que saiu. Entretanto, aqui na Roadie Metal nós sempre tentamos trazer para você um voo sobre o que é novidade, independente da vertente que você gosta.

Hoje nossas portas estão sendo abertas a um cenário que eu tenho absorvido muito atualmente, é claro estamos falando dos países escandinavos e sua vasta quantidade de bandas muito além do velho costume Black Metal. Hoje estamos falando da banda norueguesa de Oslo I THE BETRAYER e seu EP de estréia ‘7‘ lançado em 5 de junho de 2017, de forma completamente independente e que trás uma nova realidade da cena escandinava com bandas joviais que criam sua própria identidade sobre os estilos principais, neste caso com alguma auto-definição sobre Heavy metal. Honestamente, estes músicos colocam sua própria visão sobre o estilo, talvez porque estamos muito acostumados a olhar para isso com base nos anos 80, a pergunta é “Seria esta a nova face do Heavy Metal?”, isso só o tempo nos dirá, o que eu posso dizer é que eles pegam uma grande quantidade de influências e jogam tudo no liquidificador com uma boa dose de Groove e linhas afiadas para as guitarras e bateria, o resultado é como pegar Rage Against The Machine e confrontar com Black Sabbath com aquela faceta norueguesa para uma branda atmosfera que este setor conhece como ninguém.

Contendo apenas sete faixas – como o próprio título diz – a banda entrega um álbum intenso partindo em ‘Credulity‘ e acho que eles não poderiam ter feito uma escolha melhor pois aqui você sente riffs sombrios se encaixando bem aos vocais variantes de Chris, sonoramente me faz lembrar de Black Sabbath em tempo de ‘Symptom of the Universe‘ por exemplo.

O vocal de Chris Wiborg oscila bastante em timbres mais robustos e mais orgânicos com passagens por guturais mais obscuros, as linhas do baixo de Kyle Sevenoaks são pulsantes enquanto a bateria de Terje Høias eletriza as coisas ao fundo.

Selfish Ride‘ é outra faixa cheia de energia em uma mescla sonora alternativa e o refrão vai grudar em sua mente rapidamente enquanto as guitarras de Geir Prytz Alex Bjørklund explodem aos ouvidos.

Humanity‘ por sua vez muda o andamento das coisas começando de forma mais melancólica e vocal realmente limpo antes de ganhar alguns breves momentos de energia com um acréscimo emocional muito grande, a distorção do baixo nos mostra uma outra faceta desta banda que declara sempre a vasta gama de influências sobre o grupo que na minha opinião se torna difícil de classificar.

Creatures Of Hate‘ é a minha favorita neste álbum, com uma letra intrigante sobre o mal que habita em cada ser humano, uma forma interessante e quase totalmente falada acima de uma atmosfera envolvente e sinistra.

Um instrumental bem elaborado, letras vibrantes e uma mescla única de influências bem integradas dão ao I THE BETRAYER  sua própria classe sonora que pode agradar facilmente os mais distintos ouvidos, faixas como ‘Boaster‘ e ‘Ignorance, Part One (Hidden Track)‘ possuem riffs cortantes e linhas de solo generosas.

A banda ainda possui pouco tempo de estrada tendo começado em 2014, mas considerando todos os elementos que eles conseguem agrupar neste EP talvez possamos encontrar um cortante full-length em breve.

 Track listing:

01. Credulity

02. Selfish Ride

03. Conformity

04. Humanity

05. Creatures of Hate

06. Boaster

07. Ignorance Pt 1

Membros da banda:

Chris Wiborg (vocal);
Geir Prytz (guitarra);
Alex Bjørklund (guitarra);
Terje Høias  (bateria);
Kyle Sevenoaks (baixo).

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