Para os fãs acostumados com os impactos que uma banda de renome causa com seus grandes sucessos, estamos aqui de encontro com um AC DC em meados dos anos 70, onde surgem guitarras menos contundentes, mas um perfil que já se firmava dos irmãos Young. Os coros que acompanham o álbum são destacados entre a voz de Bon Scoth e Malcom Young. Mas para eram as guitarras rasgadas e bem trabalhadas que se definem próprias neste álbum. Com a turnê deste trabalho, é que a banda começava a receber o devido reconhecimento fora das fronteiras da Austrália.
É logo no ínicio que Dirty Deeds Done Dirt Cheap abre as nuances deste trabalho, mostrando ali que rock, mais popular do que nunca, viria a ser um tema que traria a banda o que hoje consideramos: Uma banda tão popular, que até mesmo quem não ouve o estilo, aprecia-os por sua energia inigualável.
Love at first feel começa a pegar um pouco da grande influencia dos grandes guitarristas dos anos 60, que me remetem a Chuck Berry, por exemplo…grande guitarrista norte americano. Vimos ali como foram influenciados pelas guitarras puras do rock n roll.
Mais uma vez os “coros” que são tão comuns em bandas como o antigo Accept de Udo Dirkschneider (por exemplo) que estão presentes de forma enérgica e fechando suas canções.
Big Balls começa com um acorde já conhecido em algum lugar. Bon destila um conto do “high society” , numa critica irreverente sobre ter “culhões” para as coisas. É como uma narrativa sobre ter poder a qualquer custo e fazer disso uma mais valia.
Rocker é de fato tudo que se espera de uma banda dos anos 60, mas já se estava nos 70. Como é impressionante a influência dos guitarristas americanos e suas posturas. Música popular para a época!
Não há duvida que ali é demonstrado suas principais influencias “I am a rock n roll man” como sempre com guitarras se destacando. Mas essa canção sem dúvida é muito latente aos anos dourados. A que segue, é semelhante: There´s gonna be some rockin
Problem Child é o conto da criança problemática. Na verdade é o espelho da adolescência rebelde tão presente no desdobramento do jovem que conhecia no rock, a possibilidade de se manifestar.
Aint No Fun é uma grande conversa com o público, sobre o jovem que aspira um sucesso na vida. Ou seja, para se aceder a vida material boa, veio do resultado de toda sua luta. Afinal com tanta dificuldade e se sujeitando à tantos obstáculos e desafios, é o que toda gente no final quer. Essa era um transição do estilo puramente rock n roll para o rock n roll DO AC DC, ou seja, finalmente à criar a sua identidade, firmada ao longo de toda sua carreira.
Skealer é mais uma forma de contar casos de destrinchar as lindíssimas guitarras agudas e harmoniosas de Angus Young.
Um álbum que fala sobre pessoas sem “visão” e visionários…Com coisas proibidas que mal se menciona na sociedade. Qualquer coisa como ter vidas paralelas que separam o que somos , do que realmente demonstramos. O jovem “Rocker” consegue de fato demonstrar claramente isso através dessa transgressão. O rompimento com a sociedade, com a atitude Rocker. Claro que não é o melhor álbum e não diria pior. Mas é um trabalho de transição, sendo este o terceiro de uma longa e robusta carreira, recheada de sucesso!
O que se destaca, portanto, é a tour da banda que finalmente se projeta mundialmente.
Resenha da versão internacional do Álbum, “Dirty Deeds Done Dirt Cheap” de 1976
Faixas:
- Dirty Deeds Done Dirt Cheap
- Love at First Feels
- “Big Balls”
- “Rocker”
- “Problem Child”
- “There’s Gonna Be Some Rockin'”
- “Ain’t No Fun (Waiting Round to Be a Millionaire)” –
- “Ride On”
- “Squealer”
Integrantes da banda na época
- Bon Scott– Vocais
- Angus Young– Guitarra
- Malcolm Young– Guitarra rítmica, vocais
- Mark Evans– Baixo, vocais
- Phil Rudd– Bateria