O Instituto Diocesano de Ação Católica, na cidade polonesa de Radom, apresentou um relatório à promotoria local sobre um suposto crime de blasfêmia cometido pelo cantor da banda Behemoth, Adam Nergal Darski.
Segundo a associação, Darski manteve em seu perfil no Facebook, em 8 de março, um comportamento que ofende os sentimentos religiosos dos católicos. A agência polaca PAP acrescentou que Nergal já tem duas acusações, pela mesma razão, apresentadas por dois deputados do governo polaco (Lei e Justiça – PiS), Dominik Tarczyński e Anna Sobecka.
Entenda melhor: Em 8 de março, Nergal publicou um vídeo em seu perfil no qual ele cantou uma música (em polonês) sobre a “festa das mulheres”. Enquanto ele estava cantando, ele tinha um pênis de borracha pendurado diante dele com um Cristo crucificado. O vídeo obviamente se tornou viral na Polônia e depois das acusações dos deputados do PiS, Nergal teve que se desculpar publicamente. Em 11 de março, o Facebook censurou o vídeo e, portanto, não podemos mostra-lo aqui.
De acordo com o código penal polonês, “aqueles que ofenderam os sentimentos religiosos de outros publicamente, insultarem objetos religiosos ou locais onde os ritos religiosos são mantidos, estão sujeitos a uma multa ou a um período até 2 anos de prisão”.
Não é a primeira vez que Nergal acaba no meio de um julgamento em seu país. Em março de 2015, a Suprema Corte polonesa absolveu o líder do Behemoth de outra acusação de blasfêmia – a saber, o fato de ele ter rasgado Bíblias durante os shows. A Suprema Corte absolveu Nergal, explicando que suas ações foram destinadas a um grupo de pessoas que eram “defensores desse tipo de crença”. O veredito do Supremo Tribunal relata, no entanto, que as ações de Nergal “não eram aceitáveis, mesmo que não pudessem ser consideradas um crime”.