Hammerfall em Belo Horizonte – Um show de talentos, performance e profissionalismo

Quando você vê o martelo bater, pode ter certeza que é hora do grande espetáculo da banda Hammerfall começar.

A banda foi formada na Suécia na década de 90 e é um dos maiores representantes do Power metal contemporâneo e teve o seu auge há 10 anos aproximadamente. Não há dúvida que seu fundador, o guitarrista Oscar Dronjak tinha um solo fecundo, já que a Escandinávia é um dos celeiros perfeitos para grandes bandas de metal. Se dedicar ao Metal mais tradicional, fez com que ele formasse uma base forte para o Power metal, mesmo que sua origem fosse o Death!

Ontem a apresentação do Hammerfall no Music Hall em Belo Horizonte, veio premiar mais uma vez  a série de concertos que tem trazido à algumas capitais do país, a oportunidade de estar em contato com grandes figuras internacionais do Metal.

Com uma apresentação inicial cheia de virtuosismo, gelo seco, jogo de luzes inusitados, (quase obscuro) e ventiladores para conter o calor absurdo do Brasil para moradores de terras geladas demais, o show começou com o hino de Hector, figura emblemática da banda, que representa uma típico herói viking com seu martelo erguido em batalha. Música que representa bem a temática da banda.

Hammer high! To the sky!
Follow the warrior! And king! Call on hector’s hymn!
Hammer high! (hammer high!) amplify!
Hail to the warrior call of hector’s hymn!

Através de uma performance já reconhecidamente notável do vocalista Joacim Cans que encanta a platéia com sua interpretação intensa e com suas palavras entre as canções, onde fala sobre a banda e conversa com o público local, repetindo varias vezes o nome da cidade onde estão hospedados; pode ser dizer que ele tem mesmo todo aquele poder de atração capaz de levar o “imaginário” e o “real” do puro Heavy Metal nas suas bases duras, curtas e densas ao instinto mais contundente para um fã da música, do estilo e da própria banda e provocando um show de delírio e coros. A platéia conversou bastante com Joacin e toda banda se mostrou como sempre foi, inspirada nos aspectos mais pesados do metal europeu, como Accept, Judas entre outras.

O ponto alto para mim foi sem dúvida clássicos como Last man standing, Bushido. e toda a vivacidade de um vocalista que desce para a platéia “abraçando” e cantando com seus fãs e que tem gratidão por ali estar. Foi mesmo um espetáculo de luzes, cores e sons. No comando a energia de Cans, o profissionalismo de  Dronjak e os demais músicos que fizeram uma noite agradável, que valeu cada segundo.

O show em BH foi executado pela MS Produções de Márcio Siqueira, e a tour faz parte de um escritório que também já havia trazido recentemente o Accept. As fotos foram tiradas por mim e pela fotógrafa Carmelita Melo, com seu trabalho pro Rock.

A banda seguiu hoje cedo para Fortaleza, encerrando o ciclo de shows no Brasil. Excelente apresentação que recomendo, ainda que a banda tenha se tornado menos criativa na formação do seu novo material, mas uma oportunidade incrivel para ainda assim formar novos fãs, uma vez que durante o show, Joacin pergunta quem estava ali pela primeira vez e a resposta foi que boa porcentagem estava vivendo aquele momento pela primeira vez.

Os quarentões só não gostaram muito do calor. Ainda que a chuva caía torrencial na capital mineira, o calor abafado dos trópicos fez com que eles fossem ligeiros pro hotel, mas felizes com a oportunidade de estar em contato com uma platéia tão quente quanto seu clima.

Set List

  • Hector´s Hymn
  • Riders of the storm
  • Bring it
  • Blood Bound
  • Any Means Necessary
  • Renegade
  • Dethrone and defy
  • Crimson Thunder
  • Last man standing
  • Let the Hammer fall
  • Built to last
  • Medley to the Brave
  • Glory to the Brave
  • Origins
  • Pusish and Enslave

e os bonus

  • Hammer High
  • Bushido
  • Hearts on fire

Lindissimo Bonus

 

Formação:
Joacim Cans (vocal);
Oscar Dronjak (guitarra);
Pontus Norgren (guitarra);
Fredrik Larsson (baixo);
Davis Wallin (bateria)

 

Encontre sua banda favorita