A recente visita do Accept ao nosso país, foi um grande sucesso! Ocorreram problemas inesperados, como os que impediram a banda de se apresentar em Fortaleza, mas foram situações pontuais, que estavam além da capacidade de solução por parte dos músicos e que, de forma alguma, macularam a turnê como um todo.

A entrevista a seguir foi concedida, com exclusividade, para a Roadie Metal. O guitarrista Wolf Hoffman conversou conosco sobre a atual fase e as expectativas para os shows:

Roadie Metal – A South American Tour, que começará no dia 02 de novembro, em Lima, irá passar por dez países, num total de quinze shows. Enquanto outras bandas da mesma época reclamam da intensidade das turnês, o Accept estaria indo no sentido contrário, aumentando o ritmo?

WOLF HOFFMAN: Ha … nós apenas começamos! Os fãs têm sua parte nisso – eles nos fizeram voltar. O que pode ser melhor do que estar com amigos com ideias semelhantes? NÓS AMAMOS VOCÊS, CARAS!

RM – A primeira vez do Accept no Brasil foi em 2011, na turnê do “Blood of the Nations” e a banda tem nos visitado com frequência desde então. Qual a visão de vocês do país e do público brasileiro?

WOLF: Nós desejávamos poder estar aqui com mais frequência. Este é um ótimo país e a vibração, o espírito e o amor pela vida é fantástico!

RM – Você e Peter Baltes são os principais compositores do Accept e definem como a banda deve soar, mas desde “Blood of the Nations” que a presença de Andy Sneap tem sido uma constante na produção. Qual a participação dele no resultado que vocês pretendem alcançar em cada álbum?

WOLF: Nós ainda somos os compositores. Como tem sido por quatro décadas, somos nós que criamos tudo no ACCEPT. Andy Sneap completou nossa equipe e crescemos juntos! Ele é divertido, compreensivo e parece amar estar trabalhando conosco, tanto quanto estamos amando trabalhar com ele.

RM – Uma das principais características do Accept é a presença dos coros nas músicas, que soam de uma forma absolutamente única. Como vocês desenvolveram isso?

WOLF: Isso vem muito de nossa alma e de nossa respiração. É algo inseparável de nossas músicas.

RM – Trocas de vocalistas costumam sempre ser traumáticas, mas Mark Tornillo teve uma receptividade dos fãs poucas vezes vista, muitos chegando a dizer que preferem essa atual fase da banda. Qual era a perspectiva de vocês quando o convidaram? Vocês conheciam o trabalho dele no TT Quick?

WOLF: Na verdade não… Foi o destino, nada foi planejado. Tudo foi apenas acontecendo em nossa vida e você sabe quando você encontra ALGO. Ele tinha aquele ALGO que esperávamos. Eu entendo que diferentes fases têm diferentes impactos nos fãs, mas isso já vem acontecendo há mais de 30 anos, quando começaram a surgir as mudanças, e então veio uma longa pausa, e agora encontramos o que procuramos o tempo todo. Não é incrível?

RM – Metade do atual setlist é composto por músicas dos quatro últimos álbuns, com evidente predominância para as canções do “The Rise of Chaos”. Como o público está reagindo às novas músicas?

WOLF: Até agora, sensacional! Não poderíamos estar mais felizes …

RM – A fase entre os álbuns “Objection Overruled” e “Predator” tem aparecido aos poucos nos atuais setlists. Vocês incluiram a música “Bulletproof” na última turnê, e agora estão tocando a própria “Objection Overruled”. Quais as razões para essas escolhas?

WOLF: Pedidos dos fãs e o nosso espírito explorador. É uma grande surpresa redescobrir nossas próprias músicas. Tem sido muito divertido e os fãs tem adorado!

RM – O Accept passou a ser mais conhecido no Brasil após o lançamento do “Restless and Wild”, de 1982, e de lá pra cá já se passaram 35 anos, sendo que tem centenas de fãs que verão a banda pela primeira vez no roteiro da atual turnê. O que esses fãs mais antigos devem esperar dos shows que acontecerão?

WOLF: Devem esperar o melhor de nós e mandar-nos essa energia de volta, dando-nos o melhor de vocês! Não podemos fazer isso sozinhos… Vamos agitar esses locais!