O The Sad Season, originário de Londres, Inglaterra, é uma banda que passou por uma notável evolução desde sua formação. Originalmente um duo formado por Mikee (sikTh) e Tomasz, amigos íntimos há anos, o grupo agora se expandiu com a inclusão de Sian no baixo e Ralph na bateria.
O próprio jeito como se formou se parece com a sonoridade que eles investem, afinal de contas, temos aqui uma banda que entrega um som que vive em constante processo evolutivo, mas não apenas nos âmbitos progressivos. E não poderia ser por menos, já que nem a intenção de soar como tal existe.
Claro, não poderia ser só isso, já que se dizem influenciados por Leonard Cohen, The Cure, Neil Young, Lou Reed e Nick Cave, até sons como Sonic Youth, Godspeed You! Black Emperor, Mogwai, Velvet Underground, The Cure, grunge e metal dos anos 90. E pode acreditar, neste EP de apenas 3 composições você poderá se deparar com tudo isso, mas moldado à personalidade da banda.
Lançado no último dia 30 de maio, obviamente deste ano, “It’s All Too Loud in Here” é um trabalho que é tão bem explorado que nos dá uma impressão inversa. As músicas, que possuem tempo médio (até muito objetivas), parecem soar mais longas do que são e não pelo fato de serem cansativas, longe disso. É que as músicas possuem tantas camadas, exploram tantos elementos, que não parecem se encaixar em uma média de 4 minutos.
Pois bem, além de distinguir esses elementos, o que podemos notar é que, mesmo saindo da casinha, o The Sad Season consegue a façanha de fazer com que o trabalho soe musical e, de certa forma, até acessível. Mais um grande trunfo do grupo, que experimenta, mas não prima por entregar esquisitices.
Se você ouvir “Tungstein Lighst”, faixa estrategicamente situada no meio das outras duas coirmãs, irá entender um pouco do que acontece com o disco. Uma música poderosa, pesada e que une doom metal, progressivo e rock alternativo, além de um leve toque medieval, que a segura nos conceitos mais modernos. Jamais iremos encaixa-la num contexto comum, porém estamos diante de uma faixa de proporcional fácil digestão.
Outro fator preponderante de “It’s All Too Loud in Here” é que ele nos revela novos detalhes a cada audição, se mostrando um disco rico neste quesito. Os temas são tão agridoces quanto os sons, já que encontramos letras que falam de melancolia, raiva e mágoa, culminando em uma mensagem de positividade, empoderamento e amor.
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