Roadie Metal Cronologia: Annihilator – For the Demented (2017)

A banda canadense Annihilator demonstra claramente suas principais bases de influência  no autêntico Thrash Metal norte americano, do qual teve sua origem nos arredores da California, entre San Francisco e Los Angeles.

Com seu 16º álbum, Jeff Waters guitarrista e criador da banda, deixa bem claro que sua proposta é a contra-mão do comercial e pretende com este álbum, um registro sujo e veloz, com todo peso que compõe o verdadeiro Thrash ao mesmo tempo, destrinchar importantes guitarras rítmicas e chocar com algumas faixas curtas ou com influencias surpreendentes.

 

Twisted Lobotomy – Primeira canção com a velocidade essencial de uma banda que afirma o estilo Thrash, no melhor estilo do norte.  Peso dedicado às origens mais cruas do estilo.

Com uma forte influência de Metallica nos velhos tempos, a banda  consegue trazer as bases dos anos 90, com One to Kill. A voz  de Waters está bem similar à James Hetfield e se pretende a botar peso e consistência.

For the Demented traz um belíssimo solo base de guitarra que nos remete à surpreendente conexão com o peso e harmonia, fazendo com que a faixa título nos traga uma experiência mais limpa, da performance de uma canção maior e que tem uma longa letra também.

Pieces of View vem lindamente embalar uma canção de verdadeiro primor e boas experimentações em um universo menos sujo, e menos pesado, para mim é uma pérola da obra e traz o modernismo à banda.

Watters  pretende dar um recado bem irreverente, traz um som com direito à coro e um estilo que recorda uma influência de Faith no More , Demon you know é bem perdida no passado numa época em que o guitarrista passeava entre algumas fases.

Dentro das variações lentas e rápidas, surge Phanton Asylum com toques que recordam um sino. Os vocais e o formato desta canção nos remetem à sua influência tão forte por Megadeth. A fantástica guitarra de seu fundador e compositor reafirma a capacidade que o tornou um dos maiores guitarrista do mundo.  Faixa altamente recomendável.

Altering the altar é como a segunda música, gravado com canais diferenciados. As possantes guitarras que marcam a identidade da banda te deixará de joelhos com a competência deste trabalho.

The Way vem com uma pegada totalmente diferenciada e até de certa forma ousada como uma música dos anos 60 , que brinca com as bases da origem do rock, e finaliza com uma curiosa salva de palmas. Não sei definir se essa  música se conecta com o álbum mas é divertida e paradoxal.

A estranha Dark é tão obscura quanto seu nome nos leva para um terreno ainda mais distante, onde não sabemos de fato qual era o propósito de composição, mas esse pequeno enxerto, de certeza tinha algum propósito. Dificil talvez entender qual…

Not All There é uma música mais honesta com a proposta da banda, mas ainda sim nos surpreende com uma batida meio ska, e elementos diversificados através de efeitos na guitarra.

 

Com um diabo na capa, a proposta inicial seriam as visões de algo demoníaco que aparentemente está presente nos titulos e letras? Ou uma grande brincadeira com as palavras e sons? Para quem gosta de irreverência e modernismo nessa vertente do Metal é um prato cheio, ou uma sopa de letrinhas do qual tudo te levará à uma diferente forma de ser objetivo e pragmático.

 

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