Hoje, dia 18 de novembro de 2017, o mundo do Rock e da música em geral sofreu uma grande perda: faleceu Malcolm Young, guitarrista e um dos fundadores da banda AC/DC. Aos 64, Malcolm se despediu deste mundo após 40 anos de banda e, após também, estar afastado da mesma há três anos por problemas de saúde, como demência por exemplo. Mas o que Malcolm Young e o AC/DC deixaram e deixarão de legado ao mundo do rock?
A banda fora formada em Sydney, na Austrália, no ano de 1973 pelos irmãos Young. É, até hoje, considerada uma das maiores e mais bem sucedidas bandas de rock de todos os tempos e emplacou inúmeros sucessos ao longo da carreira. A banda lançou 17 álbuns de estúdio, entre eles o Highway to Hell (1979) e o Back in Black (1980), sucessos de venda e de aceitação do público, conhecidos até hoje mundialmente.
O nome da banda fora tirado de uma máquina de costura. Os irmãos Young repararam que havia escrito “AC/DC” (corrente alternada/corrente contínua) e acharam que o nome casava bem com a energia que a banda queria propor. A banda fora ganhando forma com a entrada de Larry Van Kriedt (baixo), Dave Evans (voz) e Colin Burgess e fez sua primeira apresentação em Sydney, em um clube chamado Chequers, em 1973.
Em 1974 Bom Scott entra para a banda para substituir Evans nos vocais e, no ano seguinte, a banda lança o álbum “High Voltage”, lançado apenas na Austrália. A banda se estabeleceu com Mark Evans no baixo e Phill Rudd na bateria e logo lançaram o single “It’s a Long Way to the Top (If You Wanna Rock n’ Roll)”, música que tornara-se um hino para a banda e tornou-se um hit até os dias atuais; fora até tocada no filme “Escola de Rock”, estrelado por Jack Black na década passada.
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O sucesso internacional começara em 1976 quando assinaram com a Atlantic Records e fizeram uma turnê pela Europa abrindo para bandas como Black Sabbath, Kiss e Aerosmtih. No mesmo ano, a banda lançou mundialmente um disco compilado com as músicas de seus dois primeiros álbuns: High Voltage e TNT, vendendo por volta de 3 milhões de cópias.
Apesar de ser caracterizada como Blue Rock ou Hard Rock, a banda sempre preferiu ser classificada apenas como uma banda de Rock n’ Roll. Com o passar da carreira a banda lançou muitos sucessos que são reconhecidos até os dias atuais pelos riffs marcantes na guitarra, pelas melodias muito bem elaboradas e pelas vozes singulares de seus dois vocalistas: Bon Scott (até 1979) e Brian Johnson (a partir de 1980). Músicas como “Highway to Hell”, “T.N.T”, “Back in Black”, “Thunderstruck”, “Hell’s Bells”, It’s a Long Way to the Top (If You Wanna Rock n’ Roll)” e “You Shook me All Night Long” estão entre os maiores sucessos da banda e, com certeza, entre os maiores sucessos do mundo do Rock n’ Roll de todos os tempos, sendo tocadas até os dias atuais por todo o mundo.
A formação clássica da banda contou com: Malcolm Young e Angus Young nas guitarras, Brian Johnson nos vocais, Cliff Williams no baixo e Phil Rudd na bateria.
Malcolm, que é um dos precursores de todo o projeto, afastou-se da banda por problemas de saúde no ano de 2014. A perda para o mundo do rock com sua partida é irreparável, tendo em vista a importância de seu trabalho. Sendo um músico perfeccionista e dedicado, fora um dos pilares da banda durante os 40 anos em que esteve presente nela.
O AC/DC certamente influenciou e ainda influencia muitas bandas até os dias atuais. Tendo vendido milhões de cópias por todo o mundo e lançado hits que serão eternizados no mundo da música, a banda e os fãs sentem o peso de uma perda tão grande no dia de hoje, mas sabem da importância da frase “O show tem que continuar”. Mesmo com a idade avançada de seus integrantes, os shows da banda australiana ainda continuam cheios de energia e vitalidade, sendo animados do começo ao fim e vendendo muitos ingressos em suas turnês pelo mundo. Ir a um show dessas lendas é, com certeza, uma experiência única. O legado que a banda traz consigo é enorme e tendo suas músicas muito conhecidas até hoje faz com que fiquem eternizados no coração dos fãs. Seus vocais com drive característico, agressivo e agudo, os riffs bem trabalhados e únicos e as melodias bem feitas da banda estão e estarão sempre em evidência. Não importa a época: se falarmos de Rock n’ Roll, sempre falaremos de AC/DC.