Não que ela tenha, em si, um caráter de assombro. Em verdade, a sua brutalidade e a forma como permite o desenho de seu escopo rítmico-melódico favorece a ideia de algo agressivo, denso e especialmente bruto. Sombria e caótica, a faixa se divide entre incandescência e agressividade, enquanto a bateria, por entre suas frases galopantes, insere doses cavalares de densidade e pungência.
Sombria e chegando a ser até mesmo trevosa, a faixa rasga e dilacera qualquer menção de calmaria ou harmonia de caráter radiofônico. Enquanto o caos impera, o ouvinte se depara com um timbre masculino áspero, gutural e rascante que, muito mais do que desfilar virilidade, faz de Burnt uma faixa trevosa movida a uma mistura equilibrada de djent, hardcore e deathcore.