Os amigos e colegas de estúdio Richard Jimenez e Vincent Euliano, trabalham juntos há mais de vinte anos, compondo e produzindo em forma de colaboração. Talvez, devido a isso, os norte-americanos resolveram registrar as suas músicas, e agora preferem ser chamados de Social Memory. Essa dupla de Tampa, Flórida (EUA), é comprometida com o som pesado do hard rock em sua essência. De maneira objetiva, entraram no estúdio e deram início às gravações para um EP que se chamará “No Turning Back”. O artefato sonoro ainda não saiu, mas o primeiro single, autointitulado, já está disponível em diversas plataformas de streaming.
Tampa não tem exatamente uma grande cena hard rock, mas durante os anos 80 e 90 foi berço de uma vertente mais extrema do metal, como o death metal. Durante anos, o lendário Morrisound Recording abrigou bandas como Obituary, Morbid Angel, Deicide e outras. Além disso, outras bandas da Flórida como Savatage e, mais recentemente, Alter Bridge, sempre contribuíram para a música pesada estar em evidência por aqueles lados. O Social Memory absorve esse legado e não deixa esfriar essa cultura por lá. Sua música soa impactante, sendo que as suas linhas melódicas nos remete a algo bem elaborado.
Com distribuição digital feita pela Water Fire Media, “No Turning Back”, a música, possui textura refinada, riffs de guitarra bem direcionados e uma pegada cadenciada que evidencia o estilo que, por anos, lotou estádios pelo mundo, inclusive pelos Estados Unidos. Este tipo de som de arena que o Social Memory resgata gera um efeito nostálgico nos rockeiros mais velhos, por outro lado, se aproxima do público jovem pela sua modernidade. Seguindo o mesmo nível de qualidade da música, está a produção limpa que nos permite separar cada nuance do som. Por conseguinte, é possível você sentir até o trabalho de baixo nas construções harmônicas.
Por falar em baixo, é dele a primeira nota que inicia a canção. Depois disso, a distorção da guitarra entra em cena com acordes típicos do rock clássico. Também é bom lembrar que os pequenos solos da canção também foram muito bem encaixados. Já os vocais, essa parte é a cereja do bolo com um feeling encantador e um alcance incrível. Enquanto o EP “No Turning Back” não se descortina, a canção já faz uma limpeza de terreno digna de sons de trombetas. Só que aqui não são anjos que as tocam e, sim, dois demônios sagrados do rock/metal.
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