Hedmark deixa boa impressão com single de vindouro álbum

Duas coisas que sempre casaram bem foram as ‘one-man-bands’ (bandas com apenas um integrante) e aquela sonoridade extrema mais intimista. Até por isso, algumas formações como Burzum e Bathory, são renomadas e praticam o black metal e suas ramificações. Porém, o pioneirismo de antes deu lugar para uma constância hoje, já que gravar está a coisa mais fácil do mundo, podemos faze-lo no quarto.

Capitaneada pelo compositor, multi-instrumentista e vocalista Gunnar Kjellsby, da Noruega, o Hedmark é uma one-man-band que descende do black metal, e consegue trazer aquela aura um tanto quanto mais sóciopata, que o estilo sempre teimou em ter.

Por que descende? Porque a proposta do projeto é um pouco mais moderna do que de costume. Porém, isso não significa que essa parte moderna é o que contextualiza o instrumental, longe disso. A abordagem é mais melancólica e profunda, menos raivosa, o que caracteriza aquilo que conhecemos por post black metal.

O Hedmark irá lançar um novo disco, que tem previsão de lançamento para a primeira quinzena de outubro, mais precisamente no dia 8. O disco, autointitulado, trará 10 faixas, todas, segundo o próprio artista, com letras baseadas em histórias reais, o que deixa o negócio ainda mais sério.

Disponibilizando uma das faixas do disco, mais precisamente a segunda delas, o artista traz à tona um som onde abrange diversas facetas do estilo, mas parando no atual. Ao menos em “Deer Cross The River”, uma música que une elementos do black metal, tem um fundo sinfônico e traz a melancolia do post black metal.

Mas, é bom frisar que estamos diante de uma música orgânica, que conta com um trabalho de guitarras até rústico, se diferenciando um pouco do comum devido à sua robustez. A cozinha é raivosa, apenas respirando quando há um interlúdio onde vocais e teclados se unem, soando cadenciada logo depois.

A música, que começa com uma guitarra dedilhada, ganha intensidade logo nos primeiros segundos, onde uma bateria insana chega destruindo tudo e desperta riffs sólidos das seis cordas. Tudo inicialmente com um clima mais maléfico, que vai se transformando em algo um pouco frio e sombrio.

Temos que destacar o trabalho vocal. Gunnar não canta exatamente com gutural ou rasgado, podemos dizer que ele investe em um drive maléfico. E ele optou por backings orgânicos, que soam excelentes, executados por Melina Oz e Embla Maria O’Cadiz Gustad, Se depender desta faixa, o disco entra em campo com o jogo ganho!

https://hedmark.bandcamp.com/track/deer-cross-the-river-2

https://hedmark.bandcamp.com/album/hedmark

Encontre sua banda favorita