Com histórico que agrega bastante ao cenário da música pesada, Anthony Ellis entrega ao fã de heavy metal talvez a sua obra mais marcante. Claro que essa é uma opinião pessoal, embora seja provável você concordar com comigo ao escutar este “Crisis Catalyst”, terceiro álbum do cantor britânico e primeiro com a alcunha de Ashes of Reason. Este ‘full length’ possui dez faixas cativantes onde a primeira, “Fight the Machine”, remete a um metal tradicional nos moldes de Judas Priest ou algum nome da New Wave of Britsh Heavy Metal. Contudo, o estilo de Anthony Ellis é bem mais versátil.
O álbum é um instrumento filosófico onde os temas transitam pelas diversas escolhas do homem. Com mais aprofundamento, Anthony disserta sobre as consequências dessas escolhas sejam elas positivas, negativas ou imprecisas. Agora, retornando a falar da parte musical, o álbum segue com “Desensitised Nation” que traz um estilo mais melódico, nas tão pesado quanto a sua sucessora “Crisis Catalyst”. Esta é conduzida por uma pegada cadenciada e equilíbrio vocal. A seguir, a estética sonora toma formas distintas com doses suaves e agressivas de melodia em “Screaming at the Void”. Isso mostra que o virtuosismo nas mãos de Anthony Ellis pode tomar várias formas.
O fato de haver uma releitura de “Hallowed be thy Name” no álbum, implica dizer que Iron Maiden é uma das principais influências de Anthony Ellis. Pelo menos para este projeto, algumas linhas mais harmoniosas seguem à risca a escola da Donzela. Até mesmo em “Clarity”, música que dá sequência a esta obra, lembra um pouco o estilo de seus compatriotas ingleses. No entanto, outras canções como “Cost Too High” mostram um Ashes of Reason mais ríspido, embora algumas linhas de guitarra ainda trilhem por um caminho mais virtuoso. De toda forma, isso reforça o perfil adversativo que “Crisis Catalyst” promete ao fã da banda.
A faixa mais longa do álbum com os seus mais sete minutos e meio é “Ledger of Ghosts”. Bem como o próprio nome pode lembrar, essa canção entrega técnica apurada, além de vocais dinâmicos. Seu peso moderado puxa o som mais para um power metal do tipo poético, mas a velocidade que se segue não espera por qualquer melodia. Se ainda assim você achar que falta algo leve para complementar o disco, “The Long Return” é a resposta para o que procura, pois possui uma estrutura 100% de balada. Só que a última música, “Pineapple Party”é um verdadeiro estrondo.
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