O symphonic metal tem se tornado um território bem explorado dentro do cenário metálico mundial. Isso significa que quem se arrisca nele pode até surfar em uma onda cômoda, mas, por outro lado, há uma concorrência considerável, principalmente por hoje nomes como Épica, Nightwish e Within Temptation dominarem o topo e não serem fáceis de superá-los.
Mas, como sabemos, na música não existe essa de concorrência (ao menos não deveria) e os alemães do Dark Lightning certamente têm ciência disso. O grupo foi formado em 2018 na cidade de Braunschweig, lançou um EP e dois singles desde então, chegando agora, em 2025, ao seu debut.
Intitulado “The Demons We Creat”, o primeiro disco cheio mostra que a banda segue a cartilha nos quesitos obrigatórios, mas prima por trazer uma identidade em elementos que podem parecer comuns, mas hoje em dia não estão tão mais em voga.
Um bom exemplo disso, é a incursão de vocais rasgados em consideráveis quantidades. Isso um dia foi mais normal do que se imagina, mas hoje está meio que em falta. Mas, o detalhe mais importante é que um dia os vocais masculinos foram protagonistas e aqui aparecem como essenciais coadjuvantes. E isso faz uma diferença e tanto.
Isso já fica bem esclarecido na primeira faixa após a intro, “Trapped Forever”, que apresenta bem a proposta da banda, soando como um belo cartão-de-visitas. Guitarras poderosas (que aliás, aqui não são economizadas), além de teclados com camas atmosféricas perfeitas ditam as bases, já revelando o quão magistral Lea Diekmann é como vocalista.
“Into The Night Sky” é outra composição magistral, mostrando uma introdução graciosa de piano e apresentando linhas de baixo marteladas, que enfatizam o peso, além de ter um refrão cativante. Outra coisa que é bom ressaltar no trabalho do Dark Lightning é o fato deles priorizarem bastante o peso, o que é raro em bandas de symphonic metal.
“Beautiful Beast”, único single lançado como prévia do disco, é outro ponto a se destacar. Isso porque a faixa soa como um hit do estilo, traz um clima de terror e orquestrações que nos lembram filmes do gênero. Sem contar que traz um trabalho primordial de Lea, que revela que sabe cantar gutural e agressivo também!
Mas, não tenha dúvidas que “The Demons We Creat” é um disco que merece ser ouvido em sua totalidade, até porque o trabalho, mesmo não sendo exatamente conceitual, traz temas profundos dedicados à luta interna com demônios pessoais e ao confronto com experiências passada. Bela estreia!
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