O trio norte-americano The Northern Light lançou o último álbum autointitilado em 2023. A partir daí, uma parcela maior de pessoas pode conferir o trabalho melódico que essa banda faz. Com características bem inseridas no rock de garagem, essa galera absorve influências de nomes clássicos da música como Neil Young, Rush e outros. Aliás, assim como as lendas citadas esse novo single chamado “Secrets” também tem a ver com o Canadá, pois foi composto em Ontário (CAN). Diante disso, não podemos apostar que isso foi uma coincidência, mas podemos constatar as suas referências estão presentes nos acordes, execução de baixo e até melodia vocal.
Formado na terra do grunge, Seattle, Whashington (EUA), o The Northern Light aposta em linhas mais harmônicas do que em dois ou três acordes. Embora a timbragem do som soe um pouco orgânica – o que é perfeitamente normal, quando trata-se de apenas baixo, guitarra e bateria na música –, a banda constrói melodias encantadoras. Um destaque especial podemos creditar à cozinha sofisticada de Carl Larsson (baixo e sintetizador) e Kip Rondorf (bateria), pois a maneira como conduzem a pegada e marcação, é o que nos arremete a um sentimento de nostalgia, como se estivéssemos ouvindo uma obra clássica.
Evidentemente, atribui-se ao guitarrista e vocalista David Pollon uma parcela majoritária dessa construção, pois além de conduzir o grupo como homem de frente, ele ainda se destaca como o principal compositor. Aqui, por conseguinte, abre-se outro parêntese para exaltar os riffs introspectivos da canção. Observe como eles caíram muito bem. Além disso, o solo igualmente intimista e de uma estética subliminar contribui para a assinatura da música que é cativante. Essa seção, não por acaso, é uma das mais empolgantes e, ao mesmo tempo, agitadas, pois todos os instrumentos trabalham em perfeita sintonia gerando uma parceria perfeita entre os três membros.
Ao escutar “Secrets” pela primeira vez, perceberá que a música assume várias faces melódicas. Primeiro, um processo melancólico inicia a faixa, mas logo abre espaço a um clima cadenciado até entrar em uma atmosfera empolgante. Essas linhas refletem na versatilidade praticada pelo grupo, mas também revelam valores de instigação, pois elimina qualquer possibilidade de a música soar saturada. Sendo assim, tanto você quanto a mim podemos nos deliciar com um trabalho agregador, satisfatório e marcante. Que a arte da música possa trazer a nós mais bandas como o The Northern Light, com inspiração e amor pelo que faz.
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