Shaven Primates brinda ao fã com o seu novo EP “Chasing The Dragon”

Ao escutar pela primeira vez o novo trabalho do Shaven Primates, automaticamente boas memórias vieram à minha mente, pois o EP “Chasing The Dragon” nos remete a lembranças de um cenário musical que surgia entre os anos setenta e oitenta. O quarteto de Oxford (ING) descobriu que vale a pena investir nisso e, somado ao próprio interesse, nos entrega um registro excepcional. O primeiro álbum da banda “Child of Dirt” (2021) já mostrava um pouco disso levando em conta o peso, acidez e experimentalismo. Hoje, o grupo repete a receita e se mantém fiel ao propósito com a mesma qualidade sonora.

A primeira canção se chama “Airwaves” e, por mais que a banda assuma influências de nomes como Velvet Underground, Kate Bush, Tool, Prodigy, Yes, The Clash, David Bowie, Porcupine Tree e Pink Floyd, a similidade com o Whishbone Ash é escancarada. Tive essa impressão pelas linhas vocais que inserem uma técnica comum entre voz principal e voz de apoio. De maneira idêntica, até a instrumental nos reporta ao estilo da turma de Torquay (ING). Essa música, que também consta na relação do álbum de estreia é um belo exemplo de rock clássico com direito a toda magia de vanguarda.

Na sequência, os caras simplesmente mandam um cover para a canção clássica “Babooshka” de Kate Bush. A versão, obviamente, tenta repassar com classe o clima da original o que acaba revelando um som com tempero distinto e singular. Com a atmosfera bem mais encorpada e uma sessão ritma mais marcante, essa homenagem conseguiu remodelar a canção da musa dos anos setenta à cara do Shaven Primates, inserindo mais impacto e personalidade. Dois destaques são evidentes, tais como a pegada da bateria com uma cadência potente e as linhas de guitarra que trazem a música inteiramente ao perfil de um rock mais pesado.

A música que fecha a relação de faixas se chama “I’ll Quit Tomorrow”, um tipo de rock canastrão que lembra fim de balada em um bar de esquina. Assim como as demais, essa música nos arremessa a um clima empoeirado, no entanto, há modernidade em sua estrutura com bases impactantes e uma cozinha pulsante. Essa performance externa um pouco de blues entre suas influências, embora os solos de guitarra tragam o som para o meio do hard rock. Além disso, a melodia vocal igualmente canastrona contribui para a versatilidade e genialidade da banda. Que o mundo se prepare para o Shaven Primates.

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