Marcando o final de uma trilogia, Giack Bazz lança o seu álbum mais complexo chamado “Bedtime Stories for Computers”. Publicado em diversos formatos, o trabalho traz dezesseis faixas, onde a primeira “Bsfc” já diz a que veio. São vários elementos entrelaçados conduzidos por um baixo mutante. Para muitos isso aqui será uma nova experiência, para outros, músicas como “The Moon Is Painted” representarão uma boa entrada ao experimentalismo. No álbum, você encontrará algumas faixas como “Elektro” que, na verdade são pontes para o seguimento do CD. Neste caso, a primeira ligação leva à “Funny Days”, uma canção de melodia gostosa.
Na sequência o álbum que, além do formato CD e digital, está disponível em vinil, disquete e até em cartucho de gameboy, traz a canção “Who Am I Doing It for? (Reprise)” com clima gerado por teclado. Depois disso, “No Direction” chega com uma proposta mais versátil como seus acordes bem tocados. Posteriormente, a instrumental “Cookie Police” aparece trazendo um pouco mais de harmonia em um momento mais vintage. Esse lado mais virtuoso de Giack está contido também em “I Don’t Do Breakup Songs (But You Do What You Like)” que, além de elegância, traz mais calmaria e melodia ao disco.
A maioria dos temas de “Bedtime Stories for Computers” são futuristas, talvez por isso existe um trabalho para destacar o uso do sintetizador. Um exemplo claro disso está em “Future Ram” com boa atmosfera sonora, sugerindo um ambiente cibernético. No entanto, há outras canções como “A Whole Life Ago”, que reforçam um lado mais indie de Giack Bazz. Nesta obra em especial, sobrou até para Ludwig van Beethoven com uma versão para “Machine Hymnal (Ode to Joy)”. Esta, no entanto, é mais uma ponte que dessa vez descamba em “Only Fans”, uma música típica do cenário pop rock da Inglaterra.
Para esse lançamento, estiveram envolvidas formações distintas de bandas, além de orquestrações feitas por pessoas e sintetizadores. Apesar disso, algumas músicas como “Buster Friendly” encheram alguns espaços com melancolia. Outras mais eletrônicas como “Earthed”, fazem um tipo de junção. Você já sabe, são transicionais. Em “Generation Z”, o autor parece falar ao público mais novo que está mais ligado ao som pesado e diversificado. Ao final, “Get Together” surge como canção da sessão mais épica do álbum. Assim como nas músicas clássicas de outras épocas, essa canção se banha de melodia e solos mais orgânicos. Nada mal terminar o repertório assim, com classe e elegância.
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https://giackbazz.bandcamp.com