Roadie Metal Cronologia: Annihilator – Set The World On Fire (1993)

O terceiro álbum de estúdio do Annihilator veio três anos após o grupo canadense lançar “Never Neverland” (1990). E a tarefa não era das mais fáceis, uma vez que tanto este quanto o primeiro, o ótimo “Alice In Hell” (1989), agradaram em cheio os headbangers, pois aliavam peso e melodia criando um estilo bem próprio. Se por um lado o grupo tinha suas raízes advindas do Thrash Metal, por outro a melodia e a técnica davam à sonoridade da banda um certo clima progressivo. Seu líder e fundador, o guitarrista Jeff Waters, sempre guiou o trabalho do grupo à sua maneira. Não à toa, as mudanças de formação sempre foram uma constante no grupo.

Lançado em 23 de agosto de 1993 o álbum trouxe uma banda disposta a manter a boa repercussão dos trabalhos anteriores. Em “Set The World On Fire”, o Annihilator era formado por Aaron Randall (vocal), pelo já citado Jeff Waters (guitarra), Neil Goldberg (guitarra), Wayney Darley (baixo) e por Mike Mangini (bateria), que hoje comanda as baquetas do Dream Theater. Mas durante a gravação vários músicos deixaram sua contribuição. Composto originalmente por 10 faixas, o álbum ganhou alguns relançamentos e em um deles recebeu a adição de duas faixas, “Hell Bent For Leather”, do Judas Priest e uma versão acústica para “Phoenix Rising”.

Entre os bons momentos de “Set The World On Fire”, podemos citar a faixa-título, cadenciada e com a citada veia “prog” que o Annihilator possuía desde seus primórdios. Já “No Zone”, traz a influência do Metal tradicional, mas deixa com que o seu Thrash característico tome conta da composição, principalmente pelos riffs e solos de Waters. “Bats in The Belfry” mantém essa mesma pegada. “Snake in The Grass” foge totalmente do que o grupo vinha apresentando até aqui e contou com  a participação do baixista Ray Hartmann. Acaba sendo um momento “dispensável” no trabalho. “Phoenix Rising” é uma “power ballad” com uma bela melodia e traz uma ótima interpretação de Randall, que teve como apoio a participação de alguns vocalistas amigos do grupo. Nesta faixa a bateria foi comandada por Rick Fedyk.

O baixo comanda “Knight Jumps Queen” que tem um refrão que gruda na cabeça!

O trabalho de baixo/bateria aqui merece ser destacada, pois conseguem imprimir uma pegada bem interessante a uma faixa que não traz nenhuma inovação. Confesso que em alguns momentos a composição me traz à mente o Scatterbrain… “Sounds Good To Me” é uma faixa descartável quase Pop, sem nada que possa acrescentar ao álbum. “The Edge” põe as coisas no lugar, pois mostra uma variação bem trabalhada em sua execução, alternando momentos mais pesados com outros mais melódicos, próximos até do Hard Rock. “Don’t Bother Me” é outra faixa que nos remete ao Scatterbrain… (o melhor trabalho do grupo para quem não conhece, foi lançado em 1990 e atende pelo nome de “Here Comes Trouble”). “Brain Dance” encerra o álbum apostando novamente no Thrash Metal mas da maneira que o grupo sabe fazer, com personalidade.

“Set The World On Fire” manteve a boa sequência que o grupo vinha apresentando. Podemos dizer que a banda nunca mais repetiu uma sequência tão boa em sua discografia como neste caso. Obviamente que durante sua carreira outros álbuns bem interessantes foram lançados. Mas estes três primeiros certamente estão na lista preferencial dos fãs.

Formação:
Aaron Randall – vocal
Jeff Waters – guitarra
Neil Goldberg – guitarra
Wayne Darley – baixo
Mike Mangini – bateria

Faixas:
01. Set the World on Fire
02. No Zone
03. Bats in the Belfry
04. Snake in the Grass
05. Phoenix Rising
06. Knight Jumps Queen
07. Sounds Good to Me
08. The Edge
09. Don’t Bother Me
10. Brain Dance

Encontre sua banda favorita