Em 2023, o alemão Chris Maragoth lançou o álbum “Gatherer of Souls” com relevante destaque na cena extrema. Maragoth, que é um ‘one-mam band’, deu início a este projeto por volta de 2017. Deste então, a sua entrega se baseou em estilos derivados do death metal, metalcore e black metal, mas também se estende ao metal sinfônico. Além do ‘full-length’ do ano passado, Chris liberou anteriormente diversos singles e EPs com propostas variadas. Dessa vez, o artista germânico apresenta mais uma música, “Bury My Remains”, que compôs com colaboração de Per Lümbersson (vocal gutural), além de Erik Schuetz (backing vocals).
Como se pode esperar, “Bury My Remains” é uma canção com atmosfera densa, seguindo assim, a identidade do cantor pela maioria de sua obra. Chris, que já se aventurou em áreas da música muito distintas, como no EP “In the Mix” (2021) e na sua própria estreia em 2019, com a música instrumental “The Entrance”, agora investiu pesado no lado mais sombrio. O single atual, que surgiu em junho de 2024, reúne um conjunto de qualidades do músico, cuja inspiração tomou forma com bases pesadas, arranjos melancólicos e sessão ritmica poderosa. Isso faz da música um bom recipiente para ideias complexas, mas confluentes.
Não é a primeira vez que Maragoth trabalha com convidados. A a exemplo de seu último álbum, outros amigos estiveram juntos em lançamentos passados. Isso reflete na sua aceitação de terceiros para a geração de trabalhos mais versáteis, porém focados. Na música “Bury My Remains”, embora as influências do metal sinfônico estejam mais ofuscadas, as partes cadenciadas – além de compensarem – encontram em suas linhas um grande impacto. Você pode fazer um comparativo com “Tales of My Demise” do EP “Tales” (2021), onde a sinfonia é mais presente. Dessa forma, você verá o quão ampla é a imaginação desse artista.
Na verdade, “Bury My Remains” também é uma música com linhas atuais. A alternação vocal entre a entonação limpa de Chris e a técnica gutural de Lümbersson, automaticamente arremessa o single ao gosto do público moderno. Galera essa que escuta desde o nu metal do Linkin Park ao djent do Mastodon. Em linhas gerais, essa música pode até representar para Chris um divisor de águas, só nos resta aguardar o que virá nos próximos movimentos do cantor. O que temos até agora, é um artista multifacetado que em quase todos os seus lançamentos faz surpresa aos seus fãs.
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