O Megadeth teve boas fases de diversas inspirações e influências que ajudaram a banda a construir uma identidade por diversas molduras. No seu início tivemos aquela influência do Thrash super agressivo com fortes influências de Jazz. Lá pelos meados do So Far So Good… So What tivemos um Megadeth mais maduro e consolidado dentro de um Thrash Metal mais cadenciado. Rust In Peace viria após como prova do bom envelhecimento da banda. Após isso, a banda expandiu seus horizontes musicais com o bem aclamado Countdown To Extinction, trazendo um número considerável de clássicos em um único material. Seu sexto álbum, lançado em 1 de Novembro de 1994, Youthanasia, foi um álbum interessante.
Aos fãs da escola velha e do shred infinito, além de progressões mais trabalhadas, o álbum não foi nem de perto bom. Muitos estariam considerando ali o fim de Megadeth, ou o início do Megalight como já foi ouvidos alguns comentarem. Para quem adora a evolução do Megadeth e não ficaria um tanto preso aos antigos rótulos da banda, o álbum seria algo digno de objetividade e bela execução. Não melhor que seus antecessores, mas algo que vale seu reconhecimento.
É visível a atmosfera depressiva e misantrópica de Mustaine na composição desse álbum. Em termos de produção, a qualidade parece decair em relação a Countdown To Extinction, mas isso pode ser a escolha da banda. Afinal, devido a certos problemas, a banda naquela época foi recomendada a construir seu próprio estúdio para trabalhar com mais calma em suas músicas, além de ter tido problemas com seu equipamento anterior.
Aliás, Mustaine naquela época estaria tentando se recuperar do alcoolismo. Nesse combate comportamental, ele havia se mudado para Phoenix, no Arizona, e a banda teria o acompanhado na viagem para ajuda-lo. Apesar da gravação e dos períodos de composições irem bem, normalmente a banda estava em desacordo. Os membros faziam terapia em grupo para manter a paz entre eles, mas Mustaine voltaria a beber novamente.
Train Of Consequences, Addicted To Chaos e Youthanasia são músicas bem interessantes. A Tout Le Monde é uma balada altamente marcante. Mas particularmente, uma música que atrai holofotes é Victory por ter sempre essa batalha incessante de shreds entre Mustaine e Friedman, além da letra ser bem bacana, remetendo a lançamentos anteriores da banda. Nesse processo de composição, é perceptível uma influência forte do Hard Rock, de algo mais retilíneo e bem executado, passando para campos harmônicos que fogem do “Em” padrão.
Qual o seu álbum preferido do Megadeth? Alguma música desse álbum te traz uma nostalgia dos anos 90? Conte para a gente!
