Roadie Metal Cronologia: Candlemass – Chapter VI (1992)

Os anos 90 foram marcantes na história da banda Candlemass, porem de forma negativa, vários acontecimentos e conflitos surgiam nos bastidores do grupo, incluindo o fundador do grupo Leif Edling, o vocalista Messiah Marcolin e o empresário da banda Dave Constable.

Mesmo nessa situação de instabilidade, a banda resolve prosseguir e preparar um novo álbum, o quinto registro de estúdio, “Chapter VI”. Porém, logo após o anuncio de criação do novo disco, o vocalista Messiah resolve se retirar por um tempo, informando ter necessidade de férias para poder espairecer e se inspirar, nesse tempo os integrantes da banda se mantiveram em estúdio e deram início ao processo de composição do novo disco, quando Messiah retornou, novamente brigas e conflitos deram início, o motivo dessa vez foi a negativa de Lief em incluir as músicas compostas pelo vocalista no novo registro, afinal já estava quase tudo pronto e o grupo não iria recomeçar todas as gravações, assim Messiah Marcolin se retira do Candlemass e a banda se vê sem um vocalista para gravar o “Chapter VI”.

Algumas audições formam feitas e o vocalista Thomas Vikström foi encarregado de dar voz ao novo álbum, o novo vocal também é um reminiscente de Tony Martin, um pouco mais lírico e com a capacidade de alcance mais alto, fez um excelente trabalho em “Chapter VI”. O disco como um todo possui grande diferença de seus anteriores, soando mais rápido, mais Heavy e com pitadas de Speed, dando a entender que o estilo do Candlemass evoluía junto com sua nova formação, muitos fãs do som arrastado e sombrio da banda, torceram o nariz e logo crítica e público caíram matando a pau, dizendo que a banda não era mais a mesma, com os anos se passando o álbum foi ganhando respeito e hoje em dia é requisitado como um dos grandes discos da carreira da banda, porem pouco apreciado pelos fãs mais antigos.

Menos Doom, mais épico e com certeza um clássico da banda, mesmo com poucos acreditando que sem o “gordo” (Messiah), a banda conseguisse se manter forte, erraram feio, claro que Messiah é e sempre será o principal vocalista que passou pelo Candlemass, mas Thomas fez um belo trabalho, na minha opinião é mais técnico inclusive que seu antecessor e possui uma paixão única ao cantar.

Em Chapter VI uma das principais mudanças sonoras do álbum é a pouca utilização de teclados, criando toda uma estrutura para que as guitarras entonassem o enredo de todo o disco, mais riffs, mais velocidade, mais peso e menos atmosferas depressivas. Em alguns momentos é possível encontrar as depressões características da banda, mas em uma dosagem muito menor.

Os grandes destaques do álbum são as faixas “The Dying Illusion”, “The Ebony Throne”, “Aftermath” e The End of Pain”, todas possuem uma incrível capacidade de fazer com que o ouvinte viaje junto com as harmonias, o álbum como um todo é muito bom e fica a ressalva de que se você não é muito fã de Doom Metal, deveria conhecer o Candlemass através desse disco.

Track list:

1 – Intro: Bullfest.
2 – The Dying Illusion.
3 – Dark Reflections.
4 – The Ebony Throne.
5 – At The Gallows End.
6 – Julie Laughs No More.
7 – The Well Of Souls.
8 – Dark Are The Veils Of Death.
9 – Mirror, Mirror.

Formação:

 

 

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