Nesse premiadíssimo terceiro álbum do Queensryche é evidente que a banda mostrou soberbo amadurecimento e solidificação na construção de composições. Podemos dizer até que, encontraram seu real som.
Em termos de ambiência, trata-se de um álbum conceitual com cunho político, conduzindo a história de forma eletrizante e empolgante do início ao fim da audição.
Peter Collins que ficou a cargo da produção, empreendeu uma mudança interessante com relação aos álbuns anteriores. O Operation: MindCrime apresenta uma masterização mais voltada a freqüência média e com mais carga de reverberação. A timbragem da bateria mais seca e mais para frente, as guitarras também com mais médio ouve-se bem mais o “trastejar” do baixo. A voz de Geoff Tate bem mais chapada, quente e a frente. Ou seja, Peter Collins claramente, quis algo completamente diferente dos trabalhos anteriores, ou seja uma sonoridade mais “aberta” mais “arena”.
Quanto às músicas… são um show a parte. Do inicio ao fim, não há encheção de lingüiça, ou seja, cada música se mostra como um obra de arte. Como também, muito diferentes umas das outras, ou seja, em termos de elementos obrigatórios num grande álbum de metal, temos tudo, músicas rápidas, cadenciadas, ópera rock. A força das composições nesse álbum é algo impressionante.
Destaque também para Geoff Tate que, em grande forma, executa linhas vocais altamente complexas.
Em suma, para quem adora belíssimas músicas regadas a refinamento inconteste, o Operation: MindCrime é um grande álbum a ser apreciado.
1- “I Remember Now”
2- “Anarchy—X”
3- “Revolution Calling”
4- “Operation: Mindcrime”
5- “Speak” 3:42
6- “Spreading the Disease”
7- “The Mission”
8- “Suite Sister Mary”
9- “The Needle Lies”
10- “Electric Requiem”
11- “Breaking the Silence”
12- “I Don’t Believe in Love”
13- “Waiting for 22”
14- “My Empty Room”
15- “Eyes of a Stranger”
Geoff Tate – vocal, teclado
Chris DeGarmo – guitarra
Michael Wilton – guitarra
Eddie Jackson – baixo
Scott Rockenfield – bateria