O KISS está no Brasil para a série de shows da End of the Road Tour, que marcará a última vinda da banda ao país. O baixista, vocalista e fundador Gene Simmons, no alto de seus 72 anos, e prestes a completar 50 anos à frente da banda, fez um balanço sobre a sua vida e a sua carreira. Olha para trás com orgulho e compartilha os segredos da vitalidade e sucesso que mantém até mesmo com o fim da linha no KISS. Quando da ocasião do lançamento do documentário KISStory, produzido pelo canal A&E, em agosto do ano passado, Gene Simmons disse:
“A coisa mais importante é ser honesto com os fãs, não dizer nada além da verdade a eles. Há lindas histórias, mas também histórias ruins com drogas e álcool, momentos bons e ruins. Mas devemos a verdade aos fãs. Nós queríamos fazer algo diferente, não estamos querendo embelezar [a história], não é doce e florido. Queremos mostrar que há buracos na estrada, essa é a vida e não é justa.”
Ele se referia principalmente aos percalços sofridos pela banda em razão dos vícios em álcool e drogas por parte dos ex-colegas de banda e também fundadores Ace Frehley e Peter Criss. Ao longo de sua longeva carreira, a banda passou por algumas mudanças dramáticas na formação, mas os integrantes nunca deixaram de falar abertamente sobre os motivos envolvidos e a versão de cada lado. A situação se repetiu em KISStory, pois Criss e Frehley se recusaram a participar da produção após divergências nas negociações. Os ex-integrantes queriam receber créditos de produção e cachê, mas a negativa da banda foi categórica. “A resposta foi ‘Não, o seu envolvimento não garante isso.’ E quem é que sai perdendo em uma situação dessas? Eles”, disse o guitarrista, vocalista e fundador Paul Stanley à Ultimate Classic Rock sobre o caso. Mesmo assim, apesar dos altos e baixos, trocas de farpas e até acusações na imprensa, Simmons não deixa de citar os antigos colegas com gratidão e respeito. “Kiss começou como uma banda, mas se tornou uma família adotiva. Houveram brigas, algumas pessoas estavam com saúde e outras não. É preciso lembrar que, mesmo nos momentos ruins, sempre fomos uma família. Ace e Peter sempre serão família, não estaríamos aqui sem eles”, reconheceu ele.
Se os colegas sucumbiram diante dos vícios, o problema de Gene Simmons sempre foi outro – e desde a infância. “Eu nunca usei drogas, nunca fumei cigarros, mas tenho um grande ego e sei disso. Tento controlar, mas eu era filho único, não tinha irmãos ou irmãs e tudo que podia fazer era olhar no espelho, olhar para mim. Se torna fácil esquecer que é preciso trabalho conjunto, e nem tudo é sobre você”, confessou. Amado por muitos, odiado por outros tantos por essa postura sem papas na língua e sem remorso, a superação na história do baixista é inegável. A mãe sobreviveu a três campos de concentração nazistas e foi liberada aos 19 anos de idade, em 1945, após perder os pais e um irmão. Alguns anos depois, deu à luz a Chaim, o nome verdadeiro do astro do rock, e se mudou com o único filho para os Estados Unidos. Ao chegar lá, Gene nem mesmo sabia falar inglês, mas estava fascinado com o mundo ao seu redor. No rádio, The Beatles e Little Richard eram alguns dos favoritos. A história da mãe foi a bússola moral que o manteve longe das drogas e o fez acreditar em si. O segredo para a vitalidade depois de tanto tempo, ainda usando uma roupa com mais de 10 kg durante os shows, está no cuidado com o corpo e a mente. “Bom, é preciso ir para a academia quase todos os dias. Você precisa parar de comer bolo. Esse é meu maior problema, eu amo bolos, cookies, chocolate”, brincou. “Mas a única maneira é se você não beber álcool, não usar drogas e não fumar cigarros, você pode ter 71 anos (hoje, 72) de idade e quando colocar sua mão na altura do rosto, ela não vai tremer. Você pode fazer isso. Mente sadia, corpo sadio, tudo funciona, lá embaixo funciona, aqui em cima funciona. Quando você sabe no palco, você arrasa. Muitas pessoas morrem cedo porque colocam porcaria no corpo”.
Gene Simmons, ao lado de seu eterno parceiro Paul Stanley, além de Tommy Thayer e Eric Singer, subiram na noite de terça-feira, 26, na Arena grêmio, em Porto Alegre/ RS, para o primeiro de 4 shows em solo brasileiro. Hoje, a banda se apresenta na Pedreira, em Curitiba/ PR. No sábado, 30 de abril, será a vez da capital paulista receber o show e no dimingo, em Ribeirão Preto, o povo brasileiro se despedirá em definitivo do KISS ao receber o último show da End of the Road Tour.
Fonte: Wikimetal
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