Quando eu entrei para a equipe de redatores da Roadie Metal, a sua série de Coletâneas em CD já estava no Volume 8. É um trabalho feito com muito critério e que aprecio bastante, mas que está sendo sobrepujado, em meu coração, pela recém-surgida coletânea de clipes em DVD, justamente pelo fato de que, essa última, eu estou vendo nascer em seu PRIMEIRO – necessário ressaltar essa palavra – volume.
Independente do sabor emocional para mim, esse projeto já surge imenso, pelo seu ineditismo. Uma reunião de vídeo-clipes de bandas pesadas do Brasil, dos mais variados estilos. Antes, porém, de sair mergulhando logo no prato principal, convém dar uma checada nos aperitivos, a começar pelo encarte.
Cada uma das 32 bandas presentes tem uma página para si, com foto, logo, letra da música, informações técnicas e comentários. Houve o cuidado de ser bastante informativo, mas, dentro das limitações de espaço de um encarte dessa natureza, o tamanho das letras teve quer reduzido, e isso pode dificultar a leitura em alguns momentos, principalmente nas páginas de fundo mais claro, que oferecem pouco contraste para as letras brancas utilizadas. Esse, no entanto, é um pormenor que não irá tirar o prazer da fruição do DVD e é para lá que vamos agora.
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Colocando o DVD no aparelho, vem a abertura com um cenário de casa abandonada, e vemos, no menu, que existem extras a serem explorados. Esses consistem nas chamadas gravadas por cada banda, agradecendo a oportunidade, parabenizando o projeto e convidando todos a curti-lo. Algumas dessas chamadas são bem divertidas e espontâneas, como a que foi feita pela banda Matricidium, que quase não consegue controlar a zoeira na hora de gravar. Enfim, após essa verificação preliminar, chegou a hora de se ajeitar no sofá e começar a assistir. Antes, a última checagem necessária: Cerveja no freezer? Confere. Amendoim salgado? Confere. Tudo ok, podemos começar…
Play!
Sendo esse um trabalho de estreia, foi sintomático que o primeiro clip também retratasse uma. A máquina de moer chamada Voodoopriest apresenta a faixa “Juggernaut”, cuja captura de imagens foi realizada em sua estreia ao vivo e que inicia contundentemente esse DVD 01, voltado aos lados mais extremos do Metal. Tellus Terror vem com a música “Blood Visions”, em um trabalho que mostra cuidados com figurino, além dos efeitos especiais e cenários computadorizados, mesclados com cenas da banda em estúdio.
A curitibana Death Chaos quis unir seu Death Metal a cenas na linha dos antigos filmes de terror e conseguiu, em “House Of Madness”, um resultado com momentos perturbadores na pegada do filme “O Massacre da Serra Elétrica”. O fato de um dos guitarristas estar usando uma camiseta do filme “Fome Animal”, de Peter Jackson, mostra que a escolha não foi mero acaso. Vindo nessa mesma tendência, o Thrash/Death do Krucipha também investe no horror em “Reason Lost”, mas numa pegada mais psicológica. O Division Hell optou por uma produção mais simples, filmando ao ar livre as cenas do clipe “Bleeding Hate”, mas com excelente fotografia e muita brutalidade, e o Tribal, a quarta banda curitibana em sequência, mostra que o pessoal daquela cidade não está para brincadeiras, fazendo de “Broken”, uma música bastante técnica, com utilização de guitarras de 7 cordas e baixo de seis, além de uma seção rítmica com condução literalmente tribalista, mas casando integralmente com a levada Djent das guitarras.
O clip da música “Fuga”, do No Trauma, me empolgou bastante, tendo sido filmado no meio de uma praça pública, entre as pessoas que passavam naquele momento, onde seu Metalcore cantado em português fez todo o sentido. O Core Divider reforça, em “No War”, sua postura antiguerra, com um clip direto, de Groove Metal pesadíssimo, onde o destaque são os efeitos gerados pelas imagens da banda quando surgem em silhueta contra a luz.
O Monstractor valoriza seu Thrash Metal, em “Immortal Blood”, com uma utilização inteligente e minimalista da luz, além de uma boa edição de imagens. E o fator edição é o destaque no vídeo do Vorgok, sendo essa tão rápida quando a velocidade da música “Hunger”, filmada dentro do estúdio com fotografia em preto-e-branco.
A utilização do preto-e-branco é o que eu já esperava do clip do Heavenless, pois toda a sua estética de divulgação tem sido realizada nesse padrão, e o vídeo da música “Hatred” traz a intercalação de seu Death Metal com cenas de questionamento religioso. Já o Matricidium traz um Thrash/Death muito denso, com um clip de cenas brutais em “The Beating Never Stops”, cuja cena final me deixou imaginando se haveria alguma revanche na história apresentada.
Com a utilização de um jogo de luzes típico de apresentação ao vivo, o Forkill executa o seu Thrash na faixa “Vendetta”, misturando influências de Exodus e Sepultura. A obtenção de um resultado empolgante tem a ver com a junção do uso criativo de imagens com música energética, e o Ninetieth Storm conseguiu isso em “Death Before Dishonor”, sendo facilmente um dos grandes destaques, bem como o Usina, que tratou da temática da violência nos presídios, em “Destruição e Morte”, onde as letras em português ajudaram na transmissão de sua mensagem.
Da mesma forma que esse DVD 01, começou com um clip com imagens obtidas de uma apresentação ao vivo, ele terminou com a participação do Cursed Comment, na mesma pegada, com seu Thrash no melhor estilo Sodom, na faixa “Luftwaffe”, e com a preocupação de colocar legendas traduzindo a letra.
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O DVD 02 inicia com a alta classe da Elephant Casino, com a música “Believe” e sua linda influência de Deep Purple, amplificada pelo timbre gillanesco da voz de Fabricio Araujo. Em seguida, a SuperSonic Brewer chama a atenção pelo despojamento, no melhor estilo vamos-tirar-um-som-lá-em-casa do clip de “Blood Washed Hands”, com sua linha puxada para o estilo Southern Rock.
A música “Remorse, Infected of Trauma… Remains” da Demons Inside já tinha chamado minha atenção na coletânea Roadie Metal Vol. 09, e o vídeo reforça a impressão que eu já tinha sobre essa banda do Guarujá-SP. Já a Jäilbäit traz uma canção de Hard Rock pegajosa, “Take It Easy”, com um clipe bem produzido, mas no qual eu senti falta da presença da banda tocando e do efeito que isso sempre traz.
O Metal Tradicional da Apple Sin ganha reforço, no vídeo, com a presença da personagem, meio Eva, meio Morticia Adams, que investe sobre a banda, com sua maçã envenenada, na autointitulada música, “Apple Sin”. O Hardcore do Cervical, por outro lado, necessita apenas de um clip tão básico e direto quanto é a sua música “Arquétipo”.
Os maranhenses do Gallo Azhuu me trouxeram, na canção “Bruxa”, a lembrança das bandas pesadas brasileiras do fim dos anos 70, como Patrulha do Espaço, por exemplo, e o clip vai nessa linha, embora um pouco prejudicado pela mixagem da voz estar meio soterrada pela bateria. Seguindo essa tendência revivalista, a Exorddium remete à pegada das primeiras bandas de metal, na linha das que foram reveladas pela coletânea SP Metal, com uma letra em português de exaltação ao estilo, que não poderia ter outro título que não fosse “Heavy Metal”.
O Magnética é mais uma que utiliza o ambiente do estúdio para filmar sua canção de rock nacional bastante bluesificada, com o empolgante e adequado nome de “Super Aquecendo”. Já o Basttardos aposta em um Hard carregado de emoção, com uma letra de sentimentos fraternos que conseguem ser devidamente transmitidos no vídeo de “Despertar do Parto”. O Hellmotz faz um Metal direto, que encosta um pouco no Thrash, utilizando as locações de um estacionamento vazio para a faixa “Wielding the Axe”. Já o Burnkill traz uma letra de protesto em português, na música “Cadáver do Brasil”, com o uso de imagens de manifestações populares, mas me parece que, em seu vídeo, a imagem e o som estão com um rápido delay entre si.
O Fallen Idol é atualmente um dos principais nomes do Doom Metal brasileiro, tendo lançado recentemente o álbum “Seasons of Grief”, que é um primor de produção e de onde foi retirada a faixa “The Boy And The Sea”. Então, não há surpresas na qualidade de seu clip, com cenas da banda em preto e branco intercaladas com imagens que retratam as consequências das guerras. Até aqui, todos os clips são, geralmente, ou com cenas escuras ou muito coloridas, então foi um frescor ver o vídeo da música “Nightmare”, do The Phantoms Of The Midnight, onde a cor branca domina a tela, servindo de pano de fundo para a aparição dos integrantes da banda.
O Dust Comando apresenta “P.O.T.U.S.”, uma ótima canção que passeia entre o Stoner e o estilo de bandas de Seattle, na linha Soundgarden e, por fim, a Razorblade traz um clip, para a faixa “Cuts Like A Razor”, que parece ter vindo direto das produções de Metal do começo dos anos 80, tanto na fotografia meio esfumaçada, quanto no visual da banda, no gelo seco e nos barris pegando fogo, tudo com um senso de humor muito bem vindo, que pode-se dizer que remete imediatamente às tirações de sarro dos clipes do Twisted Sister.
E assim, com esse clima pra cima, termina o primeiro volume desse projeto que se inicia. Talvez alguém já tenha pensado em fazer algo assim, ou parecido, mas nunca saberemos. Talvez alguém tenha encontrado mil razões para não fazê-lo: é difícil, é trabalhoso, etc… Mas o que importa é que, finalmente, alguém encarou a idéia com seriedade e fez. Fez com o cuidado de que o produto final fosse concluído com todo o acabamento necessário para que chegasse às nossas mãos com a qualidade que podemos perceber. A Roadie Metal realizou isso, mas, que fique bem claro, não o fez sozinha. Fez com a participação, o empenho e o entusiasmo das 32 bandas mencionadas e todas merecem, portanto, receber os parabéns!
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Resenha: DVD Roadie Metal Volume 1 (2017)
Quando eu entrei para a equipe de redatores da Roadie Metal, a sua série de Coletâneas em CD já estava no Volume 8. É um trabalho feito com muito critério e que aprecio bastante, mas que está sendo sobrepujado, em meu coração, pela recém-surgida coletânea de clipes em DVD, justamente pelo fato de que, essa última, eu estou vendo nascer em seu PRIMEIRO – necessário ressaltar essa palavra – volume.
Independente do sabor emocional para mim, esse projeto já surge imenso, pelo seu ineditismo. Uma reunião de vídeo-clipes de bandas pesadas do Brasil, dos mais variados estilos. Antes, porém, de sair mergulhando logo no prato principal, convém dar uma checada nos aperitivos, a começar pelo encarte.
Cada uma das 32 bandas presentes tem uma página para si, com foto, logo, letra da música, informações técnicas e comentários. Houve o cuidado de ser bastante informativo, mas, dentro das limitações de espaço de um encarte dessa natureza, o tamanho das letras teve quer reduzido, e isso pode dificultar a leitura em alguns momentos, principalmente nas páginas de fundo mais claro, que oferecem pouco contraste para as letras brancas utilizadas. Esse, no entanto, é um pormenor que não irá tirar o prazer da fruição do DVD e é para lá que vamos agora.
Colocando o DVD no aparelho, vem a abertura com um cenário de casa abandonada, e vemos, no menu, que existem extras a serem explorados. Esses consistem nas chamadas gravadas por cada banda, agradecendo a oportunidade, parabenizando o projeto e convidando todos a curti-lo. Algumas dessas chamadas são bem divertidas e espontâneas, como a que foi feita pela banda Matricidium, que quase não consegue controlar a zoeira na hora de gravar. Enfim, após essa verificação preliminar, chegou a hora de se ajeitar no sofá e começar a assistir. Antes, a última checagem necessária: Cerveja no freezer? Confere. Amendoim salgado? Confere. Tudo ok, podemos começar…
Play!
Sendo esse um trabalho de estreia, foi sintomático que o primeiro clip também retratasse uma. A máquina de moer chamada Voodoopriest apresenta a faixa “Juggernaut”, cuja captura de imagens foi realizada em sua estreia ao vivo e que inicia contundentemente esse DVD 01, voltado aos lados mais extremos do Metal. Tellus Terror vem com a música “Blood Visions”, em um trabalho que mostra cuidados com figurino, além dos efeitos especiais e cenários computadorizados, mesclados com cenas da banda em estúdio.
A curitibana Death Chaos quis unir seu Death Metal a cenas na linha dos antigos filmes de terror e conseguiu, em “House Of Madness”, um resultado com momentos perturbadores na pegada do filme “O Massacre da Serra Elétrica”. O fato de um dos guitarristas estar usando uma camiseta do filme “Fome Animal”, de Peter Jackson, mostra que a escolha não foi mero acaso. Vindo nessa mesma tendência, o Thrash/Death do Krucipha também investe no horror em “Reason Lost”, mas numa pegada mais psicológica. O Division Hell optou por uma produção mais simples, filmando ao ar livre as cenas do clipe “Bleeding Hate”, mas com excelente fotografia e muita brutalidade, e o Tribal, a quarta banda curitibana em sequência, mostra que o pessoal daquela cidade não está para brincadeiras, fazendo de “Broken”, uma música bastante técnica, com utilização de guitarras de 7 cordas e baixo de seis, além de uma seção rítmica com condução literalmente tribalista, mas casando integralmente com a levada Djent das guitarras.
O clip da música “Fuga”, do No Trauma, me empolgou bastante, tendo sido filmado no meio de uma praça pública, entre as pessoas que passavam naquele momento, onde seu Metalcore cantado em português fez todo o sentido. O Core Divider reforça, em “No War”, sua postura antiguerra, com um clip direto, de Groove Metal pesadíssimo, onde o destaque são os efeitos gerados pelas imagens da banda quando surgem em silhueta contra a luz.
O Monstractor valoriza seu Thrash Metal, em “Immortal Blood”, com uma utilização inteligente e minimalista da luz, além de uma boa edição de imagens. E o fator edição é o destaque no vídeo do Vorgok, sendo essa tão rápida quando a velocidade da música “Hunger”, filmada dentro do estúdio com fotografia em preto-e-branco.
A utilização do preto-e-branco é o que eu já esperava do clip do Heavenless, pois toda a sua estética de divulgação tem sido realizada nesse padrão, e o vídeo da música “Hatred” traz a intercalação de seu Death Metal com cenas de questionamento religioso. Já o Matricidium traz um Thrash/Death muito denso, com um clip de cenas brutais em “The Beating Never Stops”, cuja cena final me deixou imaginando se haveria alguma revanche na história apresentada.
Com a utilização de um jogo de luzes típico de apresentação ao vivo, o Forkill executa o seu Thrash na faixa “Vendetta”, misturando influências de Exodus e Sepultura. A obtenção de um resultado empolgante tem a ver com a junção do uso criativo de imagens com música energética, e o Ninetieth Storm conseguiu isso em “Death Before Dishonor”, sendo facilmente um dos grandes destaques, bem como o Usina, que tratou da temática da violência nos presídios, em “Destruição e Morte”, onde as letras em português ajudaram na transmissão de sua mensagem.
Da mesma forma que esse DVD 01, começou com um clip com imagens obtidas de uma apresentação ao vivo, ele terminou com a participação do Cursed Comment, na mesma pegada, com seu Thrash no melhor estilo Sodom, na faixa “Luftwaffe”, e com a preocupação de colocar legendas traduzindo a letra.
O DVD 02 inicia com a alta classe da Elephant Casino, com a música “Believe” e sua linda influência de Deep Purple, amplificada pelo timbre gillanesco da voz de Fabricio Araujo. Em seguida, a SuperSonic Brewer chama a atenção pelo despojamento, no melhor estilo vamos-tirar-um-som-lá-em-casa do clip de “Blood Washed Hands”, com sua linha puxada para o estilo Southern Rock.
A música “Remorse, Infected of Trauma… Remains” da Demons Inside já tinha chamado minha atenção na coletânea Roadie Metal Vol. 09, e o vídeo reforça a impressão que eu já tinha sobre essa banda do Guarujá-SP. Já a Jäilbäit traz uma canção de Hard Rock pegajosa, “Take It Easy”, com um clipe bem produzido, mas no qual eu senti falta da presença da banda tocando e do efeito que isso sempre traz.
O Metal Tradicional da Apple Sin ganha reforço, no vídeo, com a presença da personagem, meio Eva, meio Morticia Adams, que investe sobre a banda, com sua maçã envenenada, na autointitulada música, “Apple Sin”. O Hardcore do Cervical, por outro lado, necessita apenas de um clip tão básico e direto quanto é a sua música “Arquétipo”.
Os maranhenses do Gallo Azhuu me trouxeram, na canção “Bruxa”, a lembrança das bandas pesadas brasileiras do fim dos anos 70, como Patrulha do Espaço, por exemplo, e o clip vai nessa linha, embora um pouco prejudicado pela mixagem da voz estar meio soterrada pela bateria. Seguindo essa tendência revivalista, a Exorddium remete à pegada das primeiras bandas de metal, na linha das que foram reveladas pela coletânea SP Metal, com uma letra em português de exaltação ao estilo, que não poderia ter outro título que não fosse “Heavy Metal”.
O Magnética é mais uma que utiliza o ambiente do estúdio para filmar sua canção de rock nacional bastante bluesificada, com o empolgante e adequado nome de “Super Aquecendo”. Já o Basttardos aposta em um Hard carregado de emoção, com uma letra de sentimentos fraternos que conseguem ser devidamente transmitidos no vídeo de “Despertar do Parto”. O Hellmotz faz um Metal direto, que encosta um pouco no Thrash, utilizando as locações de um estacionamento vazio para a faixa “Wielding the Axe”. Já o Burnkill traz uma letra de protesto em português, na música “Cadáver do Brasil”, com o uso de imagens de manifestações populares, mas me parece que, em seu vídeo, a imagem e o som estão com um rápido delay entre si.
O Fallen Idol é atualmente um dos principais nomes do Doom Metal brasileiro, tendo lançado recentemente o álbum “Seasons of Grief”, que é um primor de produção e de onde foi retirada a faixa “The Boy And The Sea”. Então, não há surpresas na qualidade de seu clip, com cenas da banda em preto e branco intercaladas com imagens que retratam as consequências das guerras. Até aqui, todos os clips são, geralmente, ou com cenas escuras ou muito coloridas, então foi um frescor ver o vídeo da música “Nightmare”, do The Phantoms Of The Midnight, onde a cor branca domina a tela, servindo de pano de fundo para a aparição dos integrantes da banda.
O Dust Comando apresenta “P.O.T.U.S.”, uma ótima canção que passeia entre o Stoner e o estilo de bandas de Seattle, na linha Soundgarden e, por fim, a Razorblade traz um clip, para a faixa “Cuts Like A Razor”, que parece ter vindo direto das produções de Metal do começo dos anos 80, tanto na fotografia meio esfumaçada, quanto no visual da banda, no gelo seco e nos barris pegando fogo, tudo com um senso de humor muito bem vindo, que pode-se dizer que remete imediatamente às tirações de sarro dos clipes do Twisted Sister.
E assim, com esse clima pra cima, termina o primeiro volume desse projeto que se inicia. Talvez alguém já tenha pensado em fazer algo assim, ou parecido, mas nunca saberemos. Talvez alguém tenha encontrado mil razões para não fazê-lo: é difícil, é trabalhoso, etc… Mas o que importa é que, finalmente, alguém encarou a idéia com seriedade e fez. Fez com o cuidado de que o produto final fosse concluído com todo o acabamento necessário para que chegasse às nossas mãos com a qualidade que podemos perceber. A Roadie Metal realizou isso, mas, que fique bem claro, não o fez sozinha. Fez com a participação, o empenho e o entusiasmo das 32 bandas mencionadas e todas merecem, portanto, receber os parabéns!