No ano de 2000 os suecos do Pain of Salvation, lançaram o seu terceiro álbum de estúdio, “The Perfect Element Part I”. Sete anos e três disco depois,”Scarsick”, o sexto álbum de estúdio do Pain of Salvation, dá a continuidade lírica do disco lançado no ano início do século. Embora o tema não seja o mesmo; aqui, os temas giram em torno de questões sociais, como: capitalismo, materialismo, cultura do consumo e etc.
Para quem está acompanhando este Cronologia, provavelmente percebeu que a sonoridade da banda é mais difícil de digerir, do que a média do Metal Progressivo. Mas o início deste disco, é um pouco diferente. As duas primeiras faixas (“Scarsick” e “Spitfall”) do disco, tem uma semelhança com o tão contestado New Metal, seja pelas estrofes cantadas na estrutura de rap, ou seja pelos refrãos melódicos que as faixas possuem. Embora isso não significa que as faixas soem como o Limp Bizkit, por exemplo. Na verdade, estão mais para o Mudvayne, só que bem mais ousado. Por falar em Mudvayne, a introdução de “Scarsick”, me remeteu aos norte americanos.
Lógico que eu não estou colocando a banda, no mesmo “balaio” das bandas de New Metal. Sonoramente, o Pain of Salvation, estava mais complexo e versátil que nunca, porém ao mesmo tempo, bastatnte acessível. A terceira faixa, “cribcaged”, tem uma sonoridade mais soft, e uma letra pesadíssima que, critica todo o consumismo e status que o dinheiro dá as pessoas. Continuando as críticas ao “American Way of Life”, a faixa “America”, segue com uma sonoridade bem acessível (com direito a riff de banjo (?)) e até pop, diria. Por falar em pop, a quinta faixa que encerra a primeira parte do disco (“His skin against this dirty floor”), “Disco Queen”, é uma faixa Disco. Mas não inteiramente, Disco (ouçam o cover de Holy Dive, para entenderem como a banda muda a sonoridade drasticamente, durante a música).
Para variar, o destaque não poderia fugir do líder da banda, Daniel Gildenlöw que, além do vocal, guitarra e composições, dá um show nas linhas de baixo também.
A segunda parte do disco, “Why can’t I close my eyes?”, é bem diferente do que estava sendo feita no disco. Finalmente o som difícil de se digerir, deu as caras no sexto álbum da banda. “Kingdom of Loss”, tem tudo o que o fã do Rock Progressivo vai gostar: solos virtuosos, e andamentos complexos.
Lendo algumas resenhas do disco, ficou evidente que tamanha versatilidade não conquistou os fãs da bandas. Mas se tamanho “experimentalismo” da primeira parte, não foi tão bem recebidos pelos fãs, a segunda parte do disco, esses fãs não tem do que reclamar. “Mrs Modern Mother Mary” e “Idiocracy”, trazem efeitos eletrônicos que não é qualquer um que vá gostar. A propósito, a faixa “Mrs Modern Mother Mary”, que é a mais curta do disco, compensa a falta de minutos com um monte de sensações desconfortáveis que a sua sonoridade foi capaz de causar.
E dessa forma que o Pain of Salvation encerra o disco. As duas últimas faixas, mantém a grandiosidade que a banda teve em todos os disco. Se a primeira parte do disco é bem acessível, e até pop. A segunda parte, carrega uma atmosfera densa, da qual tem de ser ouvidas com fones de ouvidos, para você não perder nenhum detalhe de cada faixa.
Lado A: His skin against this dirty floor
- “Scarsick”
- “Spitfall”
- “Cribcaged”
- “America”
- “Disco Queen”
Lado B: Why can’t I close my eyes?
- “Kingdom of Loss”
- “Mrs. Modern Mother Mary”
- “Idiocracy”
- “Flame to the Moth”
- “Enter Rain” (Running/Standing/Falling)
Daniel Gildenlöw – vocals, guitarra, baixo, banjos and samplers
Johan Hallgren – guitarra, vocal
Fredrik Hermansson – teclados e samplers
Johan Langell – bateria e backing vocals
