John Henry Bonham nasceu em 31 de maio de 1948, em Redditch, um distrito localizado no condado de Worcestershire, Inglaterra, sendo irmão mais velho de Mick Bonham, nascido 3 anos depois e falecido em 2000, e que era discotecário, autor e fotógrafo, além de sua irmã, Deborah Bonham, nascida em 1962, sendo ela cantora e compositora. A vocação para bateria nasceu em Bonham muito cedo. Consta que aos 5 anos costumava batucar em caixotes e latas de café, fazendo imitações dos movimentos de bateria de seus ídolos, Gene Krupa e Buddy Rich. De acordo com fontes, ele aprendeu a tocar bateria sozinho, sendo então autodidata. Seus pais sempre lhe deram apoio em relação a seu talento para a música. Depois que deixou a escola para ajudar seu pai numa empresa de construção, aos 15 anos ganhou a sua primeira bateria de verdade, uma Premier. John Bonham casou-se muito cedo, aos 17 anos e sua esposa também lhe dava bastante apoio como músico. Seu filho primogênito, Jason Bonham nasceu quando John tinha 18 anos, em Dudley, também no condado de Worcestershire. Vale lembrar que além de Jason, John ainda teve uma filha, Zoë, nascida em 1975, e que também é cantora e compositora, como a tia. A mãe de John, Joan, é uma das vocalistas do The Zimmers, projeto criado pela BBC sobre o tratamento dado aos idosos. Um primo de John, chamado Billy Bonham tocou teclados para Terry Reid e Ace Kefford.
John Bonham se juntou a Terry Webb and The Spiders, sua primeira banda, em 1964, aos 16 anos. Outras bandas em que tocou depois incluíram The Blue Star Trio e The Senators, sendo que esta última chegou a editar um single, “She’s a Mod”, rendendo algum sucesso. Com a experiência adquirida, Bonham decidiu viver de música. Outras bandas viriam a fazer parte de sua vida, sendo uma delas a Crawling King Snakes, cujo vocalista se chamava Robert Plant. Uma curiosidade sobre aqueles tempos era que John tocava sua bateria com muita força, sendo considerado um dos bateristas mais barulhentos da Inglaterra. Por vezes, era convidado a parar de tocar, por a tendência de partir as baterias. O caminho para o sucesso estava sendo trilhado.
Ainda no apagar das luzes dos anos 60, uma nova banda estava sendo formada, pelo guitarrista Jimmy Page, oriundo dos Yardbirds, e que originalmente se chamava New Yardbirds. O agora rebatizado Led Zeppelin estava com um contrato de gravação nas mãos, pela Atlantic Records. Page havia contatado Plant para conseguir um baterista e os mais cotados para o posto eram B. J. Wilson (Procol Harum) e Ginger Baker (Cream). De acordo com fontes, estes dois estavam em uma lista de Jimmy Page, porém, prevaleceu a indicação de Plant e assim, John Bonham foi convidado a entrar na banda. Na época, Bonham tinha duas ofertas de trabalho, uma do já consagrado Chris Farlowe e outra do iniciante Joe Cocker, porém, Bonahm nos conta que quando soube que seu amigo Robert Plant estava junto a Jimmy Page em um novo projeto e que este o estava convidando a se juntar ao grupo, não pensou duas vezes, entrando assim para o Led Zeppelin, com Page, Plant e J. P. Jones.
Cada um dos 4 membros do Led Zeppelin tinha um símbolo de identificação e o de John Bonham eram 3 círculos entrelaçados, que consta significavam Homem-Mulher-Criança. O primeiro álbum do Led Zeppelin, auto-intitulado, foi lançado em 1969, assim como o segundo disco, estabelecendo uma difusão entre o blues e o rock. Várias canções chamavam a atenção por serem muito pesadas, algo atípico para aquela época. Apesar de uma certa recepção negativa da crítica, foi muito bem recebido comercialmente e ao longo dos anos, a estreia do Led Zeppellin tem sido aclamada mundialmente como um dos maiores álbuns de todos os tempos.
John Bonham além de estar atrás do kit de bateria do Led Zeppelin, também fez sua incursão no cinema, primeiro com o filme-concerto The Song Remains the Same, que apresentava a incursão do Led Zeppelin nos EUA, com suas apresentações no famoso Madison Square Garden, em Nova York (1973), sendo lançado em 1976 e também com o musical “The Son of Dracula (1974)”, em que apareceu tocando bateria. John Bonham usava baquetas mais pesadas e as mais compridas disponíveis, ao qual eram chamadas por ele de “arvore”. Apesar de não ser tão “solto” como Keith Moon, nem tão respeitado pela crítica como Ginger Baker, a potência de John Bonham atrás do kit de bateria influenciou praticamente todos os bateristas de hard rock e heavy metal.
Por ter o hábito de não desejar se ausentar de sua família por períodos muito longos, John Desenvolveu ansiedade e para controlar a situação acabou por abusar da ingestão de álcool. Fatidicamente, em 24 de setembro de 1980, na viagem do hotel para o estúdio onde o Led Zeppelin ensaiava, Bonham bebeu cerca de 40 doses de vodka. Ao témino dos ensaios, a banda foi para a casa de Jimmy Page, em Windsor. Após a meia-noite, ele adormecer e foi levado pra cama, onde foi encontrado morto na manhã do dia seguinte. O diagnóstico da autópsia não revelou consumo de drogas e apontou que John Bonham morreu asfixiado pelo próprio vômito.
Com o Led Zeppelin, John Bonham lançou 9 álbuns, além do póstumo Coda (1982). Em 1995, John Bonham foi induzido com seus companheiros de banda no Rock’n’Roll Hall of Fame. Seus filhos o representaram na cerimônia de indução. Ao longo de sua carreira, John Bonham era admirado por sua velocidade, potência, pelos sons característicos que tirava de seu kit de bateria e sua sensibilidade para o groove. Seus fãs, bem como muitos outros o consideram como o melhor baterista de todos os tempos. Uma recomendação que eu faço, para que você tenha a noção exata do que John Bonham era capaz de fazer, é incentivá-lo (a) a assistir ao filme The Song Remains the Same, pois tenho a certeza de que você irá se impressionar com o que John Bonham era capaz de fazer com a sua bateria.
“Baixe nosso aplicativo na Play Store e tenha todos os nossos conteúdos na palma de sua mão.
Link do APP: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.roadiemetalapp
Disponível apenas para Android”