Top 5: Álbuns que marcaram 1982 – Parte 2

O ano de 1982 também teve sua importância para o mundo de rock e da música, como vimos na parte 1, muitos clássicos de grandes bandas como Iron Maiden e Kiss foram lançados. Nesta segunda parte, tentei diversificar a postagem trazendo desde bandas do metal tradicional, como também bandas de hard rock, AOR, progressivo e também do que hoje chamamos de “rock clássico”. Alguns ótimos trabalhos infelizmente ficaram de fora, mas os cito aqui: “Pornography”, do The Cure, “Nebraska”, de Bruce Springsteen, “Jinx”, de Rory Gallagher, entre outros.

Vamos ao que interessa:

Judas Priest – Screaming For Vengeance

Produzido por Tom Allom e lançado em julho de 1982, Screaming For Vengeance foi gravado entre janeiro e maio do mesmo ano e chegou à Platina dupla na América e à Platina no Canadá, liderado pelo single “You’ve Got Another Thing Comin’”. Apesar do disco British Steel, de 1980, ter diversos hits, foi com Screaming For Vengeance que a banda teve estouro comercial. Verdadeiros hinos do Judas (e do heavy metal) estão aqui, como a dobradinha épica “The Hellion/Electric Eye”, “Riding on the Wind” e a faixa-título, além de outras excelentes como “Bloodstone” e “Pain and Pleasure”.

Toto – IV

Como o nome já indica, IV foi o quarto álbum de estúdio do Toto, lendária banda americana que é um dos maiores nomes do chamado “rock de arena”, ou AOR. Instrumentistas donos de uma técnica refinada, conseguem passar ao ouvinte todo seu talento nos instrumentos em canções técnicas e que são comerciais ao mesmo tempo. Recheado de clássicos da primeira à última faixa, IV revelou ao mundo canções como “Rosanna”, “Good For You”, a roqueira “Afraid of Love” e a indiscutível “Africa”, talvez junto com “Don’t Stop Believin’” do Journey, o maior clássico do AOR Rock.

Rush – Signals

Signals teve uma árdua missão: foi o disco sucessor de um trabalho que foi o divisor de águas na carreira do Rush. Signals veio um ano e meio depois de Moving Pictures, álbum que tinha “Tom Sawyer”, “Limelight”, “Red Barchetta”, entre outras. Costumo dizer que o Rush é uma daquelas bandas que nunca lançou o mesmo disco duas vezes. Mesmo no auge dos anos 80 quando abanca incorporou e vez a tecladeira e as influência da época, os álbuns soam únicos. Embora Signals siga a mesma linha de Moving Pictures, ele tem vida própria ao apresentar novos clássicos como a espetacular “Subdivisions”, e aqui cabe uma nota mais pessoal: “Subdivisions” foi o primeiro videoclipe que vi do Rush e foi onde me apaixonei pela banda, automaticamente o pontapé inicial para que alguns anos depois a banda viesse a ser o que é hoje na minha vida: a minha banda favorita. Outros grandes destaques de Signals é a pancada “The Analog Kid”, que ao vivo ganha ainda mais força, a emocionante “Chemistry”, além de “Digital Man”, “New World Man” e a linda “Losing It”.

Rainbow – Straight Between the Eyes

Straight Between the Eyes foi o sexto trabalho do Rainbow de Richie Blackmore, o segundo com Joe Lynn Turner nos vocais e foi a banda se aprofundando no hard rock mais “AORizado” para o público americano. Apesar de faixas como “Death Alley Driver” ainda agradarem aos headbangers fãs da primeira fase do grupo com Ronnie James Dio, canções como “Stone Cold” já acenavam ao público do AOR americano de Toto e Journey. Aquele velho Blackmore blueseiro ainda dá as caras em faixas como “Tite Squeeze”. Ainda tem “Power”, que é roqueira com um apelo pop e é um dos destaques do LP.

Dire Straits – Love Over Gold

Para deixar a postagem mais diversificada, mas ainda dentro do universo rock n’ roll, escolhi Love Over Gold, quarto disco do Dire Straits para encerrar a lista. A banda se mostrou ao mundo em 1978 com “Sultans of Swing”, e depois conquistou o mundo com o disco “Brothers in Arms”, em 1985. Mas entre esse período, o grupo liderado por Mark Knopfler lançou excelentes trabalhos como este aqui. Já um pouco distante do blues-country-rock que a banda fez nos dois primeiros trabalhos, Love Over Gold mostra a banda flertando com o rock progressivo e com os sons acústicos. “Telegraph Road”, uma das melhores músicas da banda, abre o disco e faz o ouvinte viajar nos seus quase 15 minutos de pura sofisticação e beleza – os solos de guitarra dessa canção, que são vários, estão entre os meus favoritos de todos os tempos. “Private Investigations”, que foi o primeiro single, já vai para outro caminho: soturna e acústica, com belas linhas de teclado e violão, criava um momento único nos shows da banda, como mostrado no excelente disco ao vivo “Alchemy Live”. “Industrial Disease” é a mais roqueira, enquanto a faixa-título segue a linha balada e “It Never Rains” fecha o disco trazendo aquela sonoridade característica de guitarra de Mark Knopfler.

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