Resenha: Wig Wam – Never Say Die (2021)

O Wig Wam é uma daquelas bandas que despertam a euforia dos fãs de hard rock sempre que aparecem na mídia. Na verdade, os noruegueses, apesar de estarem completando 20 anos de estrada em 2021, estão apenas lançando seu sexto álbum. E ainda podemos somar a isso um hiato de 5 anos de inatividade do grupo entre 2014 e 2019, quando retornaram para fazer alguns shows. O novo álbum Never Say Die chegou a público no dia 22 de fevereiro, via Frontiers Music SRL, sendo o sucessor de Wall Street (2012).

De novo não tem nada, ou seja, a banda segue com a mesma formação e traz o mesmo hard rock oitentista de seu repertório. Isso não é nada depreciativo, diga-se de passagem, pelo contrário, o quarteto mostra a máxima de que em time que está ganhando não se mexe. Pra quem é fã de hard rock ver uma banda lançar um álbum do estilo nos dias de hoje, com tudo aquilo que o rótulo exige é um prato cheio e bem azeitado. Modéstias à parte Åge “Glam” Sten Nilsen (vocais), Trond “Teeny” Holter (guitarra), Bernt “Flash” Jansen (baixo) e Øystein “Sporty” Andersen (bateria) sabem muito bem como fazer um delicioso hard rock e mesmo que, sem terem muitos lançamentos na carreira, quando o fazem são sempre muito competentes e entregam sempre o que os fãs esperam deles.

Wig Wam

Com Never Say Die não é diferente e aí a banda marca um belo gol. Faz uma demonstração de que quando se faz o mais do mesmo, mas de forma qualitativa, séria e profissional, tudo tende a dar certo. O álbum tem uma produção relativamente limpa, embora não tão grandiosa, uma musicalidade oitentista, glam, nervosa, com altas doses de farofas, pra ninguém botar defeito.

Os trabalhos são abertos com uma intro instrumental chamada “The Second Crusade”, que vai aguçar os desejos de ser consumido pela audição que se seguirá. A faixa que dá nome ao álbum “Never Say Die” surge em seguida, rápida e grandiosa, com tempero AOR, com um riff marcante e um belo trabalho vocal, refrão intenso e um solo arrepiante. “Hypnotized” chega para dosar um pouco a energia, pois é um pouco mais pesada e menos acelerada, mas sem largar as características do estilo. “Shadows of Eternity” é mais raivosa, com uma boa variação vocal e um instrumental mais pesado e marcheado.

“Kilimanjaro” traz um estilo mais temperado pelo country com uma levada bem interessante. A sexta faixa “Where Does It Hurt” vem num ritmo mais cadenciado, com vocal mais rasgado e um riff pesado. “My Kaleidoscope Ark” é uma bela balada, uma das melhores canções do play. “Dirty Little Secret” é uma das faixas que mais gostei, forte, com riff marcante, vocal intenso e solo sujo.

A parte final da audição se inicia com intensa “Call of the Wild”, pesada, com vocal raivoso, bem variado. A ela segue a instrumental “Northbound” com destaque para o brilhante trabalho guitarrístico e emocional. “Hard Love” é um outro destaque do play, uma música forte, cadenciada, trazendo um dueto voz-guitarra sensacional. E então chegamos à derradeira “Silver Lining” com seus mais de 6 minutos. Trata-se de uma balada muito bonita, explorando a veia emocional do vocalista e ainda nos presenteia com um solo viajante e inspirado, pra encerrar e deixar na boca um gostinho de quero mais.

Então, é isso, o Wig Wam está de volta, em grande estilo, entregando um ótimo trabalho de estúdio. Não creio que vá figurar nas listas de melhores lançamentos do ano, mas sem dúvida é um belo recomeço pra banda e prato delicioso para os amantes do hard rock cheio de melodias, refrões, riffs e solos.

Wig Wam – Never Say Die
Data de Lançamento: 22/02/2021
Gravadora: Frontiers Music SRL

Tracklist:
1  The Second Crusade (Intro, Instrumental) (00:54)
2  Never Say Die (04:04)
3  Hypnotized (03:56)
4  Shadows Of Eternity (03:33)
5  Kilimanjaro (03:55)
6  Where Does It Hurt (04:16)
7  My Kaleidoscope Ark (04:34)
8  Dirty Little Secret (03:51)
9  Call Of The Wild (04:42)
10  Northbound (Instrumental) (03:53)
11  Hard Love (03:33)
12  Silver Lining (06:16)

Formação:
Åge “Glam” Sten Nilsen (vocais)
Trond “Teeny” Holter (guitarras)
Bernt “Flash” Jansen (baixo)
Øystein “Sporty” Andersen (bateria)

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