“The Future Bites” explora as maneiras com que o cérebro humano evoluiu na era da internet. Enquanto um dos Top 3 álbuns de 2017, “To the Bone” enfrentava a (então) emergente questão global das fake news, o novo lançamento de Steve Wilson introduz o ouvinte no centro de um mundo cheio de vícios no século 21.
É um lugar onde experimentos públicos com a tecnologia crescente nas nossas vidas acontecem constantemente: onde cliques e tiques se tornaram mais importantes do que interação humana. O disco é menos uma visão sombria de uma distopia que se aproxima, e mais uma leitura curiosa e lúdica do mundo que nos deparamos, ainda mais estranho e separado pelos acontecimentos de 2020.
Musicalmente, “The Future Bites” brilha positivamente. Ao longo do álbum, há faixas que lidam com eletrônicos distorcidos pela intervenção humana (“King Ghost”) e acústicos diferenciados (“12 Things I Forgot”); um tratado de dez minutos sobre as alegrias da oniomania apresentado por Elton John em um redemoinho ao estilo de Moroder (“Personal Shopper”) e um groove Motorik guiado pelo baixo que mergulha no tema de click baits e radicalização online (“Follower”).
“Count of Unease”, é um final belamente lamentoso que flutua em uma mistura de piano e som ambiente. Juntas, as nove faixas formam o trabalho mais consistente e brilhante de Steven até hoje. O álbum foi gravado em Londres e co-produzido por David Kosten (Bat For Lashes, Everything Everything) e Steven Wilson. Abaixo disponibilizado na íntegra, “The Future Bites”, do ex-Porcupine Tree:
Fonte: site Rock Bizz