Em entrevista para o canal Rob’s School Of Music, o cantor canadense Devin Townsend deu alguns conselhos para os músicos mais jovens e inexperientes, que agora tentam iniciar a sua carreira na música.
Segundo Townsend, uma coisa que os novos músicos precisam aprender é a falhar “de forma eficaz”.
“Você precisa aprender a falhar eficientemente. Porque as pessoas que conheço que são improvisadores fantásticos são aqueles que não tem medo de tocar uma nota errada. E aqueles que tem pavor de Jams são os que tiveram mais sucesso – em minha experiência, pelo menos. E para explicar isso melhor, é como se eles nunca tivessem tido a chance de estragar tudo a ponto das pessoas acharem que eles são idiotas. Ou eles nunca fizeram nada que deixasse as pessoas, tipo, ‘Cara, esse cara é uma merda’.“
Devin também aproveitou para contar sobre uma experiência própria.
“Lembro que anos atrás, eu tinha uma música chamada ‘Kingdom’ que eu tinha tocado por anos, e não é uma das mais difíceis que já tive que cantar, mas é uma droga de cantar, porque tem muita nota aguda e vibratos. Fizemos um festival na França – e tinha, tipo, 80 mil pessoas – e a música que eles escolheram em post online foi a ‘Kingdom’, e eu fiquei apavorado com isso, cara, é como se eu tivesse tido minhas bolas sugadas por puxadores de caramelo. Lembro de ter pensado, que há todas essas pessoas que veem as coisas que eu faço online – como, tem uma versão de EMG, e todas essas outras versões de Kingdom que são muito boas. Mas essas situações não são iguais – não é como se estivesse sem dormir e vocês está nervoso. É, tipo, não, eles te alimentaram e te dão três tentativas e você precisa fazer certo, e mixar você mesmo. E não era isso. E lembro de ter pensado depois disso, ‘Meu Deus, será que consigo tocar isso ao vivo? Ninguém nunca me deu a oportunidade dessa forma de novo, porque eu fui bem ruim’. Mas isso se torna essa armadilha estranha também. Estamos tão acostumados a ficar na nossa zona de conforto de inseguranças, auto-piedade, dor, raiva e julgamento natural que, se torna o diabo que conhecemos, de sentar ali depois de você estragar tudo e ficar, tipo, ‘Oh, eu estraguei tudo. Não acredito que fiz isso, que merda’, em vez de ‘Sim, cara, foi uma merda, com certeza. Mas na próxima vai.’“
Confiram a entrevista completa, em inglês sem legendas: