Resenha: Firewind – Immortals (2017)

Mudança de formação é sempre algo complicado dentro de uma banda, ainda mais quando se perde uma figura central, como aconteceu com o Firewind. Em 2013, o grupo grego deu adeus ao seu clássico vocalista Apollo Papathanasio, que seguiu com o Spiritual Beggars. Dois anos depois, o Firewind encontrou no alemão Henning Basse (ex-Metalium) um substituto muito digno para Apollo.

Lançado em 20 de janeiro pela Century Media Records, “Immortals” traz um Firewind que apresenta um Power Metal mais moderno, que era a tendência natural da banda, já que no final da passagem de Apollo Papathanasio o grupo já mostrava sinais de uma mudança na sonoridade.

Falando especificamente de “Immortals”, o disco abre com “Hands of Time”, que é bem calcada no bom e velho Power Metal. Henning Basse já mostra a que veio com um bom desempenho vocal. Os teclados de Bob Katsionis ganham destaque em toda a faixa, principalmente no solo revezado com o guitarrista Gus G.

“We Defy” é mais pesada e mostra um Henning Basse mais versátil em relação ao seu trabalho no Metalium por conseguir passar mais agressividade na voz no momento certo. A empolgante “Ode to Leonidas” é um dos singles de divulgação de “Immortals”, assim como “Hands of Time”. A faixa começa com uma bela melodia e um monólogo, mas depois ganha peso, com direito a boas performances de Johan Nunez na bateria e do já citado Gus G na guitarra. Aqui temos também um pouco do estilo que Henning Basse apresentava em sua antiga banda. De cara já é a minha preferida do disco.

Em seguida vem a cadenciada “Back on the Throne”, que não é tão atrativa, a não ser pelas performances de Gus G, com seus solos muito bem executados. “Live and Die by the Sword” é outra música interessante do disco. A faixa começa como uma balada, mas vai evoluindo com o tempo. É bom mencionar mais uma vez Henning Basse e, principalmente, Gus G, que é simplesmente sensacional com seus solos de guitarra cheios de feeling.

“Wars of Ages” tem um dos refrãos mais viciantes do disco. A música em si segue a toada do álbum, mas com esse diferencial. A balada “Lady of 1000 Sorrows” dá uma acalmada nos ânimos com outro belo refrão. “Immortals”, que dá nome ao disco, é uma excelente faixa instrumental e é onde dá para perceber mais ainda toda a habilidade do já supracitado guitarrista Gus G. Só acho estranho que a música escolhida para dar nome ao álbum seja uma instrumental, mas isso é o de menos.

firewind

“Warriors and Saints” e a derradeira “Rise from the Ashes” são interessantes, com belas passagens melódicas mescladas com momentos mais intensos, principalmente na segunda. Henning Basse e o baterista Johan Nunez são os grandes destaques. A primeira tem outro bom refrão, aspecto que a segunda fica devendo um pouco.

Quem é fã do Firewind – e de Power Metal – com certeza não vai se decepcionar com “Immortals”. O disco pode não ser o maior da carreira, mas é o melhor do grupo desde “The Premonition” (2008), sem sombra de dúvida.

Formação:
Henning Basse (vocal);
Gus G (guitarra);
Petros Christo (baixo);
Johan Nunez (bateria);
Bob Katsionis (teclado).

Faixas:
01 – Hands of Time
02 – We Defy
03 – Ode to Leonidas
04 – Back on the Throne
05 – Live and Die by the Sword
06 – Wars of Ages
07 – Lady of 1000 Sorrows
08 – Immortals (instrumental)
09 – Warriors and Saints
10 – Rise from the Ashes

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