Linguachula: novo álbum com homenagem a artista plástico

A união da música e das artes plásticas numa estética rock´n´roll e underground resume o encontro da Linguachula, uma das mais conceituadas bandas da cena independente brasileira, com o internacionalmente reconhecido artista plástico, Fábio de Bittencourt.

Os dois talentos se uniram para elaborar a estética do álbum “O Som de quebrada pra quem quer se divertir”, que está sendo lançado pela Monstro Discos.
 
O projeto, que começou há um ano, sofreu uma traumática interrupção, com a morte prematura de Fábio de Bittencourt (1964-2019), em agosto de 2019, de parada cardíaca.
 
Com isso, esse lançamento ganha agora status de homenagem a este talentoso artista. Natural da capital de São Paulo, Fábio se mudou para Campinas em meados dos anos 80, onde desenvolveu praticamente todo seu trabalho, como performer, desenhista, professor, pintor e escultor, que também se utilizava da gravura como forma de expressão artística.
 
O extenso currículo do artista inclui uma pesquisa sobre arte contemporânea realizada por Fábio em 2012 na Alemanha, país onde o trabalho do artista foi reconhecido como fundamental para a estética expressionista contemporânea.
 
A estética urbana, o neo-expressionismo e o Rock, presentes na obra do artista, tornaram inevitável a identificação com o som da Linguachula.
 
Fábio de Bittencourt curtia o som da banda e sempre estava nos shows. Não demorou muito para surgir uma grande amizade entre ele e De Ferro, letrista, guitarrista e vocalista da Linguachula. E dessa parceria só podia sair coisa boa, o que pode ser conferido neste recente álbum: “Som de quebrada pra quem quer se divertir”.
 
Além de ter colaborado na concepção estética, Fabio de Bittencourt é autor da capa do disco, com a obra: Biskulla, uma pintura que retrata a paixão de ambos pelo rock urbano, noturno e underground. Rock pulsante com groove marcante e uma forte personalidade poética. Com letras em português,as referências transitam pela literatura, como Augusto dos Anjos, Hilda Hilst e Bukowiski,passam pelo universo da cultura popular e se consolidam num contexto urbano onde dialogamcom outros estilos musicais.
 
O novo álbum com 11 músicas foi gravado de forma lo-fi, totalmente analógico e com todas as limitações que um Porta Studio de quatro canais pode oferecer. As músicas gravadas ao vivo em apenas um take, sem edição, registram com espontaneidade as composições na sua mais pura essência. Como resultado uma textura analógica, característica marcante do rock, é capitada e transformada em digital.
 
Produzido por Artie Oliveira e com pós produção de Mauricio Cajueiro
 
Gravado em uma casa-estúdio, produzido em Cajueiro áudio, verão de 2019
 
“Som de quebrada pra quem quer se divertir”
 
Letras, guitarra e voz DeFerro
Baixoe voz Victor Coutinho
Bateria Adriano Caetano
 
1- Som de quebrada
2- Clube de Dança
3- Primavera
4- Camisa Florida
5- Ska Ska Ska
6 – Lua Rua
7- Mescalero
8- Incenso Camelô
9- Demente
10- São Bento
11- Vale das sombras
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