Quantas bandas geraram uma base de fãs tão efetiva quanto o fez o Iron Maiden? Muito já se debateu se seria a melhor banda da história do Heavy metal ou outros predicados afins, mas, seja qual for o título que queira ser posto em pauta, o que importa é que ele foi construído através de uma série de álbuns que dividiram águas e deram impulso a que novas bandas surgissem, influenciadas pelo grupo inglês.
Aqui, iremos colocar os álbuns em uma linha qualitativa de acordo com os votos de nossos redatores. Leia, tire também suas conclusões e compartilhe-as conosco!
Comentários por Alexandre Temóteo
16º. Virtual XI – 1998 – 44 pontos
Depois de “The X Factor”, a verdade é que Virtual XI ou salvaria a pele da banda ou afundaria de vez. O fato é que o disco não manteve pelo menos o clima de seu antecessor. Isso aliado a diversos problemas na turnê culminaram na demissão de Blaze Bayley. O curioso é que duas das melhores canções da banda, The Clansman e When Two Worlds Collide, estão nesse álbum.
15º. The Final Frontier – 2010 – 57 pontos
“The Final Frontier” meio que tentou pegar carona na vibe progressiva de seu antecessor, “A Matter Of Life And Death”. Acontece que aqui as canções deixam a audição demasiadamente cansativa. A capa também merece um destaque negativo, pois afirmo ser a única capa do Iron Maiden sem o Eddie.
14º. Dance of Death – 2003 – 78,5 pontos
“Dance Of Death” sofre daquela velha sina de ter sido um álbum ansiosamente esperado, haja vista a curiosidade dos fãs em saber se ele seria superior ou igual a “Brave New World”. Contudo, verdade seja dita: apesar de ser um bom álbum, não manteve a qualidade de seu antecessor.
13º. No Prayer for the Dying – 1990 – 79,5 pontos
O começo dos anos 90 trouxe um Iron Maiden apostando numa volta às raízes, com No Prayer For The Dying. Neste álbum temos uma importante mudança na formação: o guitarrista Janick Gers entra no lugar de Adrian Smith, que não concordava muito com a proposta de reviver sonoridades do passado. Se dependesse de Smith, a banda daria um passo à frente no que foi feito em Seventh Son Of A Seventh Son. Contudo, divergências na pré-produção culminaram na saída do guitarrista. Dos álbuns produzidos por Martin Birch, sem dúvidas este é pior.
12º. The Book of Souls – 2015 – 80 pontos
Diversas mídias especializadas o consideram o melhor trabalho do Iron Maiden após Seventh Son of a Seventh Son. Mas devo confessar que músicas como When The River Runs Deep e The Great Unknow parecem não combinar com a proposta musical. É um álbum que tem alguns detalhes que, propositalmente ou não, lembram Powerslave, mas isso é papo para um post futuro…
11º. The X Factor – 1995 – 91 pontos
Antes de falar de The X Factor, é preciso se ligar num um detalhe: quando for ouvir este álbum, esqueça os clássicos dos 80′s, pois, as comparações influenciarão a audição. Cautelas devidamente tomadas, a verdade é que o disco de estreia de Blaze Bayley envelheceu muito bem, apesar da incrível e monstruosa estranheza inicial. Blaze sempre deixou claro que não era e nem seria um clone de Bruce Dickinson. Seus tons graves e o clima sombrio proporcionado pela produção se encaixaram bem, dando ao álbum à característica de ser o mais sombrio trabalho do Iron Maiden.
10. A Matter of Life and Death – 2006 – 101,5 pontos
Se há um trabalho que o Iron Maiden pode ser considerado “bastante progressivo”, diria que é A Matter Of Life And Death. Músicas longas ditam o tom deste disco. É interessante notar que todas as faixas abordam temas ligados às guerras, contudo não se trata de um álbum conceitual. Apesar de terem músicas com uma média de duração na casa dos 5 ou 6 minutos, ele não se torna cansativo de ouvir.
9º. Fear of the Dark – 1992 – 112 pontos
Este álbum soou como um Iron Maiden tentando dar uma resposta no sentido de “ainda estamos vivos”, em relação às críticas recebidas por No Prayer For The Dying. A bem da verdade é que temos aqui músicas sensacionais, como Be Quick Or Be Dead ou Judas Be My Guide; e outras igualmente horríveis, como The Apparition e Chains Of Misery. O clima azedou de vez quando Bruce Dickinson anunciou que deixaria o grupo no final da turnê de divulgação do disco. Há relatos de shows em que o vocalista estava imensamente desinteressado, praticamente “falando” nas músicas, ao invés de cantar.
8º. Iron Maiden – 1980 – 117,5 pontos
Considerado por alguns fãs como o melhor disco da banda, provavelmente haverá estranheza Iron Maiden ocupar a 8ª colocação deste ranking. Mas é bom deixar claro que essa posição em nada tira o mérito dele. O trabalho traz músicas bem diretas e cruas, a exceção de Phantom Of The Opera, que se impressiona hoje em dia com sua complexidade, imaginem naqueles tempos? Se tivesse tido uma produção melhor, talvez tivesse alcançado voos mais altos.
7º. Brave New World – 2000 – 141,5 pontos
Em 1999 os pilares do mundo da música foram sacudidos. Eram anunciados, após um conturbado período, os retornos de Bruce Dickinson e Adrian Smith à formação da banda, tornando o Iron um sexteto, haja vista que o guitarrista Janick Gers continuaria no time. E claro: no ano seguinte, um álbum seria lançado para celebrar a reunião. Brave New World inaugura a atual fase do Maiden, trazendo refereências a tudo que a banda já tinha feito no passado, desde músicas diretas, como The Mercenary, faixas progressivas, como Dream Of Mirrors, e também as épicas, como Nomad.
6º. Killers – 1981 – 142,5 pontos
“O canto do cisne” de Paul Di’Anno mostra uma evolução em relação ao 1º álbum. Embora 100% das músicas já eram tocadas desde os anos 70, a entrada de Adrian Smith nas guitarras deu uma qualidade ímpar. Isso tudo com a excelente produção do lendário Martin Birch.
5º. Seventh Son of a Seventh Son – 1988 – 162 pontos
Se Piece Of Mind inaugurou a era clássica da banda, Seventh Son Of A Seventh Son pode ser considerado como o ponto final dessa fase, pois trata-se do último trabalho com o guitarrista Adrian Smith [ele voltaria anos mais tarde]. Com uma temática digna de um filme, trata-se de um grande álbum conceitual que mostra o dilema do “sétimo filho” em lidar com seus problemas. Considerado por muitos fãs como o último grande álbum do Maiden, Seventh Son Of A Seventh Son tem uma sonoridade que lembra Somewhere In Time, no que diz respeito ao uso de teclados, embora não tenha tido o mesmo impacto.
4º. Somewhere in Time – 1986 – 164 pontos
Em 1986, o mundo do Heavy Metal estava ansioso para ver se o Iron Maiden conseguiria lançar um sucessor à altura para Powerslave. Porém, a banda apostou numa sonoridade – carregada de guitarras sintetizadas – que fez muitos fãs torcerem o nariz. Contudo, Somewhere In Time trouxe a produção mais cara realizada pela banda até então, e se não bate de frente com seu antecessor, apresentou verdadeiros hinos. Isso sem falar da faixa Alexander The Great, sonho de consumo de 11 em cada 10 fãs no que se diz respeito à execução ao vivo. Foi o disco do Iron Maiden que mais vendeu no Brasil, apesar da estranheza inicial de todos.
3º. Piece of Mind – 1983 – 164,5 pontos
Eis o início da fase clássica da banda. A proposta musical de Piece Of Mind mostra um Iron Maiden bem mais ousado, em relação aos seus antecessores. Boa parte dessa ousadia deu-se – principalmente – por dois fatores: mudança na formação e abertura para dois novos compositores. Este disco consolidou uma das parcerias mais prolíferas, em termos de composição, dentro da banda. A dupla Bruce Dickinson/Adrian Smith trouxe uma excelência que bateu de frente com as composições de Steve Harris, vide Flight Of Icarus. O outro diferencial do álbum foi a entrada do baterista Nicko McBrain, que se não tinha a força e feeling de Clive Burr, esbanjava uma técnica ímpar.
2º. The Number of the Beast – 1982 – 182 pontos
Não é à toa que aqui temos o disco mais vendido da carreira do Iron Maiden. Musicalmente falando, a proposta não é muito diferente de Killers, porém, a entrada de Bruce Dickinson deu um salto quântico para a banda. A versatilidade vocal de Bruce abriu novos horizontes, vide Hallowed Be Thy Name, considerada por muitos fãs a melhor música do Iron Maiden.
1º. POWERSLAVE – 1984 – 186,5 pontos
O Iron Maiden atingiu o seu ápice, musicalmente falando, com esse disco. Faixas como Aces High, 2 Minutes To Midnight ou a épica Rime Of The Ancient Mariner estão – sem dúvidas – em qualquer lista de hinos do Heavy Metal. Levando-se em conta o tempo bem pequeno que a banda teve para escrevê-lo, pois a turnê de Piece Of Mind terminou em 18 de dezembro de 1983 e em janeiro de 1984 os caras já estavam ensaiando as músicas do novo álbum, percebe-se ainda mais a grandiosidade de Powerslave.
Redatores responsáveis pela votação: Gleison Jr., Leandro Viana, Marcos Gonçalves, Alexandre Temoteo, Helton Grunge, Vitor Sobreira, Anderson Frota, Bruno Rocha, Daniela Farah, Renan Soares, Flavio Farias, Jessica Marinho, Jessica Alves, Leandro Farias Costa, Aline Costa, Jessica da Mata, Alexandre Veronesi, Pedro Henrique, Mauro Antunes, Maria Clara Goé, Gustavo Troiano, Giovani Turazi, Marcelo Sant’Anna, Eduardo Muralha, Alessandro Iglesias, Caio Cesar, Jennifer Kelly e Umberto Miller.