Representante do chamado “Epic Doom Metal”, o SORCERER foi fundado em 1988 na cidade de Estocolmo, Suécia, porém essa primeira fase durou apenas cerca de 3 anos, passando praticamente despercebida pelo cenário Metal mundial. Quase 2 décadas depois, no ano de 2010, o grupo volta à ativa, reformulado pelo baixista Johnny Hagel e o vocalista Anders Engberg, dessa vez mostrando seu verdadeiro potencial e consolidando-se como um dos pilares do estilo nos dias atuais. Após os ótimos “In The Shadow Of The Inverted Cross” (2015) e “The Crowning Of The Fire King” (2017), o quinteto escandinavo finalmente disponibilizou, em Maio deste ano, seu aguardado terceiro registro de estúdio, batizado de “Lamenting Of The Innocent”.
Mantendo a tradição, esse novo trabalho é composto por 10 canções que, no total, ultrapassam os 60 minutos de audição (sem contar a faixa bônus “Hellfire”, presente em algumas edições da bolacha). Pessoalmente, tenho preferência por álbuns de curta/média duração, porém, para minha grata surpresa, “Lamenting Of The Innocent” é um daqueles raros casos em que, tamanha a riqueza do material, a prolongada extensão não afeta negativamente no resultado, e em momento algum a experiência se torna enfadonha ou cansativa, pois as músicas são realmente marcantes, alcançando assim o invejável feito de manter a qualidade e organicidade necessárias por todo o tempo, além de apresentar uma bem vinda dose extra de peso em relação aos discos anteriores. Dentre o excelente repertório, destacam-se sons como “The Hammer Of Witches”, “Age Of The Damned”, “Dance With The Devil”, “Path To Perdition”, e a linda balada “Deliverance”, que conta ainda com uma brilhante participação de Johan Längquist, vocalista do Candlemass. Um álbum excepcional, responsável por marcar o apogeu criativo da banda.
Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer, a sonoridade do SORCERER é climática, cadenciada e portadora de linhas vocais limpas e poderosas, sendo fortemente influenciada por ícones como Solitude Aeturnus e o já citado Candlemass, ao mesmo tempo em que traz um interessante frescor ao subgênero, este que, infelizmente, sofre de uma certa escassez de boas bandas na atualidade.
Apesar de ainda estarmos na metade do ano, não me restam dúvidas de que “Lamenting Of The Innocent” irá figurar entre os grandes lançamentos de 2020. Registro absolutamente obrigatório para fãs de Doom Metal, Heavy Metal e música pesada no geral.
Tracklist:
01 – Persecution
02 – The Hammer Of Witches
03 – Lamenting Of The Innocent
04 – Institoris
05 – Where Spirits Die
06 – Deliverance
07 – Age Of The Damned
08 – Condemned
09 – Dance With The Devil
10 – Path To Perdition
Formação:
Anders Engberg – vocal
Kristian Niemann – guitarra
Peter Hallgren – guitarra
Justin Biggs – contrabaixo
Richard Evensand – bateria