INTRODUZINDO: Euphoria é o sétimo álbum de estúdio do Def Leppard, lançado em 8 de junho de 1999 nos Estados Unidos e em 14 de junho de 1999 no Reino Unido pela Mercury Records. O álbum teve como objetivo retornar ao som de assinatura que ficou famoso pela banda na década de 80′, tendo alcançado o 11º lugar na Billboard 200, tendo “Promises” alcançado o 1º lugar na parada Mainstream Rock da Billboard. O álbum foi produzido pela banda com Pete Woodroffe.
RELEASE: Def Leppard é uma banda de rock inglesa formada em 1977 na cidade de Sheffield e é considerada parte da NWOBHM. Desde 1992, a banda é composta por Joe Elliot (vocal), Rick Savage (baixo, backing vocal), Rick Allen (bateria e backing vocal), Phil Collen (guitarra e backing vocal) e Vivian Campbell (guitarra e backing vocal), que tem sido a formação mais longa da banda.
DISSECANDO O DISCO: o disco se inicia sem nenhum tipo de “intro” – direto ao ponto! O primeiro riff de “Demolition Man” cresce nos ouvidos, inundando a atmosfera do VERDADEIRO DEF LEPPARD! A track remete aos melhores trabalhos da banda, cheia de backs vocais altos e melosos, riffs enérgicos e um refrão contagiante, pra ser cantado abraçado aos amigos bebendo cerveja. O solo nesta música é criativo, bonito, porém, um pouco curto. A própria letra da canção entona “uma vitória”, como de um cara que já passou por tudo na vida e superou todas. “Promises” é a segunda, um pouco mais cadenciada, mas com a mesma energia da antecessora. Se trata de uma canção “romântica”, com uma letra bem “melosa”. Particularmente, eu teria jogado essa música mais a frente no disco, pelo breakdown que ela propõe, mas… de longe que seria uma canção ruim, pelo contrário, temos aqui belos vocais e um solo mais áspero que o da anterior. “Back in Your Face” começa com “algumas palmas e gritos”, dentro do ritmo da música, sendo que aos poucos ela vai se desenvolvendo. Achei muito criativa essa “evolução”, principalmente nas quebras sonoras, quando Elliot canta “I’m back” e a música reinicia em loop. A letra… bem, parece que quem a escreveu estava completamente bêbado e atordoado. Veja por você mesmo:
https://www.vagalume.com.br/def-leppard/back-in-your-face-traducao.html
Acendam os isqueiros (ou celulares), abracem seu amor e se embebedem de vinho:”Goodbye” é a primeira “baladinha” verdadeira do disco – se não contarmos “Promises” como balada, pela letra romântica. A música é melosa ao extremo, a’la’ Bon Jovi em seu auge do romantismo. É incrível a disparidade da letra desta música se compararmos com sua antecessora – de uma letra de bebum a uma poesia romântica de arrancar lágrimas de uma alma apaixonada. Bem, “All Night” recupera um pouco do jeito “Def Leppard de ser”… Com um ritmo dançante e crescente, é uma verdadeira retomada dos anos 80′ em seus ouvidos – apesar do disco ser dos anos 90′, tudo bem. Temos aqui uma cadência bem criativa de instrumentos, colocados em momentos certeiros para atingir a atenção do ouvinte. Uma baita canção para se soltar na rádio… “Paper Sun” se inicia “meio estranha”, contudo, logo as guitarras entram trazendo um sentimento de dor no peito. E é exatamente essa a proposta da música: uma letra profunda, uma melodia crescente que leva o ouvinte ao ápice no refrão já com lágrimas de saudade. Na metade do seu andamento, ela tem uma ótima reviravolta, é como se a estória estivesse sendo narrada compactuando os acontecimentos com o desenvolvimento sonoro. O solo no final… bem, sem palavras. Até o momento, sem dúvida, a melhor música no disco para este redator. Nota: nem sempre considero a melhor música a mais agitada, a mais badalada, e a preferência da maioria. É mais como “aquela canção que lhe toca”… Apesar de considerar a versão no disco “melhor”, vale ouvir esta também:
Chegando à metade do disco encontramos “It’s Only Love“, mais uma baladinha romântica. Com uma letra poética e nuances instrumentais suaves, a música pode encantar os ouvintes mais sensíveis. Aos mais agitados, melhor pular a faixa. “21st Century Sha La La La Girl” possui um riff peculiar, agudo, e bem cativante. A letra da música é mais umas das “loucuras” daquelas características do Def Leppard, ou seja, não transmite muita coisa… Mas, vale a pena conferir esta também. Mais uma baladinha se aproxima: “To Be Alive” apresenta mais uma poesia romântica e prova que nem só de loucura vive um headbanger dos anos 80′. Ponto positivo para os efeitos de trêmolo usados nas guitarras, bem interessante. “Disintegrate” encerra a melancolia e retoma o agito. A música se inicia com pegada e, de repente, você percebe a ausência dos vocais de Elliot. Eis que temos a única canção instrumental do disco, bastante interessante devo mencionar. Fato ainda mais curioso é que desde o disco High’n’dry não tínhamos uma faixa instrumental promovida pela banda. Trata-se de uma track curta, com quase 3 minutos de duração. “Guilty” retoma o clima melancólico que tanto a banda aprecia, apresentando a já conhecida mistura “melodia melosa + letra romântica. O interessante é que, mesmo contendo várias dessas baladinhas, elas não se assemelham entre si, evitando aquela sensação de repetição musical, ou seja, cada uma tem o seu valor no conjunto da obra, e foram devidamente posicionadas entre as demais tracks visando uma miscigenação sonora mais proveitosa. Mais uma que termina em fade-out, recurso que pouco vemos nos dias atuais, e que o Leppard gosta de usar. “Day After Day” começa como baladinha, contudo, se esta era a proposta, deu errado. Isto porque a música evolui e ganha “algum peso”. Podemos, portanto, classificá-la como uma intermediária. A letra entra no grupo das “letras legais”, bem escrita e com uma mensagem positiva. “Kings of Oblivion” é a última do disco, e também, uma das mais legais. Não sei qual o conceito utilizado para fechar o disco… talvez para forçar o ouvinte a chegar até ela. Enfim, vale muito a pena a audição, tendo em vista tratar-se de uma track bem criativa e enérgica. Assim temos Euphoria, disco de 1999 do Def Leppard. Que tal dar o play novamente?
CONCLUSÃO: O Def Leppard é um dos gigantes do Rock que tiveram seus “altos e baixos” – álbuns majestosos, verdadeiros tesouros do Rock, e outros, nem tão aclamados assim. O fato é que o Def Leppard detém uma imensa multidão de fãs, e estes, conhecem e entendem o “jeito” da banda. Para os verdadeiros fãs de que falo, temos aqui mais uma pérola da banda, como assim foi Hysteria, Pyromania e High’n’dry. Euphoria é um disco bastante diversificado, com várias baladinhas, tracks mais rápidas e enérgicas propícias para se tocar ao vivo, e algumas intermediárias que destacam uma surpresa perdidas pelo decorrer do disco. Se destaca nesse disco as várias nuances de efeitos de modulação, marca registrada da banda nos discos anteriores, como trêmolo, chorus, phase e flanger… e muito, muito reverb. Particularmente, gosto muito dessa inclusão que, além de carregar as músicas com uma energia nostálgica e causar sensações místicas no ouvido, ainda cria uma personalidade musical que as difere de músicas de outras bandas. Claro, tudo isso bem dosado para não saturar, e o Def Leppard sabe fazer isso muito bem. Esta “personalidade”, pegar um disco e ouvir, e logo perceber que se trata de um disco do Def Leppard é algo muito natural, assim como é como os grandes nomes do Rock.
NOTA: deixo um 8,5 anotado pela excelente qualidade do trabalho proposto em Euphoria mas, se comparado aos grandes trunfos registrados pela banda anteriormente – Hysteria, Pyromania e High’n’dry – este deixa a desejar, sendo classificado como inferior. Vamos concluir que, dos 4 mencionados, Euphoria ocuparia a quarta posição, entretanto, ainda assim, é um disco que supera muitos outros lançamentos da banda.
Lançamento – 8 de junho de 1999
Gravadora – Mercury Records
Faixas:
“Demolition Man”
“Promises”
“Back in Your Face”
“Goodbye”
“All Night”
“Paper Sun”
“It’s Only Love”
“21st Century Sha La La La Girl”
“To Be Alive”
“Disintegrate”
“Guilty”
“Day After Day”
“Kings of Oblivion”
Def Leppard:
Joe Elliott – vocal principal
Phil Collen – guitarra, vocais
Vivian Campbell – guitarra, voz
Rick Savage – baixo, vocais
Rick Allen – bateria
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