Roadie Metal Cronologia: Kamelot – Silverthorn (2012)

Em 2012, o Kamelot podia até de certa forma ser considerado uma banda com uma boa experiência, haja vista que ali já estava lançando o décimo trabalho. Fazendo uma rápida pesquisa, é fácil notar que “Silverthorn” recebeu críticas positivas acima da média de grandes portais especializados à época. Contudo, é preciso considerar alguns detalhes, e colocar as devidas cartas na mesa. Vamos ao que interessa.

Temos aqui a estreia do vocalista Tommy Karevik. O cara até tem uma voz bem interessante, um timbre bem agradável, mas o problema é que ele soa como “trocentos” cantores dentro do estilo. Ou seja, a impressão que se tem é “já ouvi isso antes”. Mas esse detalhe, quero deixar claro, não compromete o trabalho.

O álbum segue uma fórmula já feita em seus antecessores “Epica” (2003) e “The Black Halo” (2005), ou seja, seguindo uma proposta conceitual. Aqui reside o ponto mais alto do trabalho. O conceito e a história são originais e apresentam uma garotinha do século XIX chamada Jolee, que morre em um trágico acidente testemunhado por seus irmãos gêmeos. A história trata de como a família abastada da garota lida com o trágico evento, levando a encobrimentos, segredos e traição. A capa de Stefan Heilemann mostra Jolee, a personagem principal como um anjo após a morte. Arte essa muito linda por sinal, e certamente outro destaque positivo.

Agora vamos ao maior “problema” se assim podemos dizer. Não é segredo que no final dos anos 90 e começo dos anos 2000 fomos bombardeados por um enorme número de bandas de Metal Sinfônico. Baseado nisso, conclui-se que tudo aquilo em que somos expostos de forma demasiada acabamos por “enjoar”. Não estou dizendo que as músicas de “Silverthorn” são ruins, muito pelo contrário. A questão é que elas não me empolgaram e nem trouxeram algo fora da curva. Nem as participações de Elize Ryd e Alissa White-Gluz conseguem dar tesão à audição.

No resumo da ópera, “Silverthorn” é obrigatório aos fãs dedicados do Metal Sinfônico e que não incomodam-se em não haver algo novo. Caso contrário, mantenha distância.

Silverthorn – Kamelot
Lançamento: 29 de outubro de 2012
Gravadora: SPV/Steamhammer

Faixas:

Manus Dei
Sacrimony (Angel of Afterlife)
Ashes to Ashes
Torn
Song for Jolee
Veritas
My Confession
Silverthorn
Falling Like the Fahrenheit
Solitaire
Prodigal Son
“Part I: Funerale”
“Part II: Burden of Shame (The Branding)”
“Part III: The Journey”
Continuum

Formação:

Tommy Karevik (vocais)
Thomas Youngblood (guitarras)
Sean Tibbetts (baixo)
Oliver Palotai (teclados)
Casey Grillo (bateria)

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