Roadie Metal na Fronteira do Desconhecido #8: Grindcore

Isto não é Metal, não é Punk, esta matéria é sobre o Grindcore. É um dos estilos mais extremos em forma de música, é barulhento, ultraviolento e as letras geralmente falam sobre pessoas mortas, violentadas e às vezes sobre o sistema corrupto. Não é fácil de ouvir, mas se você gosta ou quer entender melhor sobre esses criadores do caos sonoro, continue lendo esta redação feita carinhosamente para vocês.

Histórico

O Grindcore surgiu em meados da década de 1980, sendo uma fusão do Heavy Metal, Hardcore e Punk. O inventor do termo “grindcore” foi o baterista do Napalm Death, Mick Harris e foi a primeira banda a usar o termo para se autodescrever. Além do Napalm Death, existem outras duas bandas que são conhecidas como os padrinhos do Grindcore: a banda de Hardcore, Siege, e os pioneiros do Death Metal, Repulsion. Mas em 1983, a banda brasileira Brigada de Ódio já estava fazendo este estilo musical, sendo também considerada, por alguns, como a primeira banda a tocar este estilo no mundo. Outras bandas que marcaram o início do grindcore foram Unseen Terror, Electro Hippies da Inglaterra, Fear of God da Suíça, Terrorizer dos Estados Unidos e Carcass da Inglaterra. A banda Anal Cunt, foi uma das responsáveis a divulgar o grindcore, pelos temas polêmicos das músicas e as performances ao vivo, onde o vocalista Seth Putnam interagia com o público de uma maneira diferente, jogando latas de cerveja, empurrando e xingando.

Características

O Grindcore altera as práticas comuns do Metal ou Punk, em relação à estrutura e tom das músicas. Uso de guitarras distorcidas e afinadas, graves afinados, blast beats (padrão rítmico de bateria que faz uso de baquetadas ultra rápidas alternadas) e vocais que mais parecem rosnados, gritos agudos ou às vezes um porco morrendo. Algumas vezes, não existe uma letra clara, os vocais podem também ser usados como um efeito sonoro adicional. Outra característica, de algumas bandas do estilo, são as músicas curtas, com duração de menos de 2 minutos e algumas de apenas alguns segundos. Também não é incomum que álbuns do estilo sejam muito curtos, geralmente com uma grande lista de faixas, mas com uma duração que vai de 15 a 30 minutos.

Cenário brasileiro do estilo

No Brasil há várias bandas do gênero, Brigada de Ódio, que foi uma das pioneiras do estilo, New York Against the Belzebu, No Sense, Expurgo, Defecação Humana, ROT, Flesh Grinder, Necrobutcher, Dissector, Baixo Calão, Chaotic Humanity Choice, Facada, Test, S.O.B, SubCut, Social Chaos, Desalmado, Homicide, Stomachal Corrosion, Galinha Preta, Sisa, etc.

Recomendação de álbuns

Emetic Cult (1995), Apology for Pathology (2006), Hospital Carnage (2011) e We Are The Gore (2017) – Haemorrhage
Eaten Back to Life (1990), Butchered at Birth (1991) e Tomb of the Multilated (1992) e The Bleeding (1994) – Cannibal Corpse
Scum (1987), Harmony Corruption (1990), Fear, Emptiness, Despair (1994) e Smear Campaign (2006) – Napalm Death
Brigada de Ódio (2002) – Brigada de Ódio (Brasil)
Reek of Putrefaction (1988), Symphonies of Sickness (1989),  Necroticism – Descanting the Insalubrious (1991) – Carcass
Out of Reality (1991) – No Sense (Brasil)
World Downfall (1989) – Terrorizer
Nadir (2017) – Facada (Brasil)
Arabe Macabre (2012) – Test (Brasil)
Sounds of the Animal Kingdom (1997) – Brutal Truth
Everyone Should Be Killed (1994) – Anal Cunt

Conclusão

O Grindcore é um dos estilos musicais mais extremos, barulhentos e insanos que existe. Ou você ama ou odeia.

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