Com o excelente álbum “Go Home” lançado em 2022, a banda 95 Bulls mostrou ao mundo que a magia do punk rock continua mais viva como nunca no Brooklyn, Nova Iorque (EUA). A energia emanada desse quinteto é crua, incisiva e explosiva. Faixas como “Cablebox” traduzem de primeira o perfil da banda que em sua proposta insere elementos de vanguarda em músicas modernas e explosivas. É nesse contexto que os músicos e compositores Emily Ashenden, Kayla Asbell, Matthew Carl White, Oweinama Biu e Zach Butler apresentam o novo single “Gin Shot”. A canção, entretanto, é muito mais veloz além de agressiva.
“Melhor banda de NY dos últimos 40 anos”, diz um dos comentários do canal da 95 Bulls no YouTube. Se quem declarou isso conhece bem a cena de Nova Yorque, quem sou eu para questionar? Se é a melhor, não sei dizer, mas posso afirmar que o som e atitude de “Gin Shot” é um rico exemplar de quem sabe transformar arte em música ou vice-versa. Como single do segundo álbum “Canadian Nightclub”, ainda não lançado, a canção esboça toda técnica, selvageria e clima de quem não espera virtuose e notas complexas. Aqui, a palavra de ordem é rock’n’roll.
A partir de “Gin Shot” notamos algumas influências que vão desde Blondie, passando por Joan Jett, Sex Pistolls até elementos da new wave. No entanto, o grupo também busca referências em outras vertentes, deixando tudo bem mais versátil e acessível ao fã. O próximo disco pode vir assim, com mais peso, mais velocidade e sem deixar a melodia para trás. Melodia essa que se expande sob os vocais de “Gin Shot”, embora gritos esganiçados forneçam certo realce. É simplesmente impossível ficar parado diante de tanta força gerada pelos riffs de guitarra e pegada da bateria. A pior parte da música é quando ela acaba.
“Gin Shot” possui uma mistura de tensão com suspense e agressão ao final. Um cadenciamento rápido garante o pique do andamento, cuja técnica tanto não se perde, como ajuda a definir a personalidade da música. Os efeitos eletrônicos ao se misturarem com os riffs apontam o trabalho talentoso de quem sabe produzir uma banda inquieta e tempestuosa. Escutando apenas esse single já me veio à cabeça como seria uma turnê com 95 Bulls e a australiana Amyl and the Sniffers que, aparentemente, encabeçam esse novo movimento do hardcore punk. Obviamente estarei na primeira fila. Por isso desejo o mundo de sucesso a essa galera de NY!
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