A primeira metade da década de 80 foi o auge do Accept. Udo Dirkschneider, Wolf Hoffmann, Stefan Kauffmann e Peter Baltes eram a aura criativa dos alemães e formavam um time em que nada parecia dar errado.
Após lançarem os clássicos “Restless and Wild” (1982) e “Balls to the Wall” (1983), os caras ainda ousaram lançar na sequência o fantástico “Metal Heart” (1985), que além da faixa título, deu a luz a hinos como “Midnight Mover”, “Up to the Limit”, “Screaming for a Love Bite”, dentre outros. Mesmo sem conseguir firmar um segundo guitarrista no lineup, a banda estava em alta, e fechou sua era dourada com o lançamento de “Russian Roulette” (1986), até os problemas começarem a aparecer e UDO lançar-se em carreira solo.
Na década seguinte, o Black Metal norueguês estava em alta. Uma das melhores (senão ‘a melhor!’) pérolas vindas daquele país é o Dimmu Borgir. Em 1996, assinaram contrato com a Nuclear Blast e mudaram de patamar. Começaram a gravar músicas cantadas em inglês, tinham ao seu lado uma estrutura de primeiro mundo para compor, gravar e mixar, e como talentosos que são, gravaram o petardo “Enthrone Darkness Triumphant” (1997), um disco que beira a perfeição.
Além das 10 faixas que compuseram o o tracklist oficial, outras faixas foram gravadas nas sessões de trabalho para serem lançadas futuramente, e felizmente, não demoraram a sair. No ano seguinte, em 1998, lançaram o EP “Godless Savage Garden” que contém duas novas faixas, duas regravações, algumas faixas ao vivo e o esplêndido cover de “Metal Heart” do Accept.
A forma como o Dimmu Borgir trabalhou essa faixa, deixando-a rápida, sombria e ainda mais pesada é de se tirar o chapéu. O solo principal foi modificado, Shagrath estava no auge de sua voz, tudo sob medida. Dois anos mais tarde, a Nuclear Blast lançou a primeira de duas partes do tributo ao Accept, e relançou esta preciosidade dando a oportunidade a outros headbangers de ouví-la. Soberba!
Confira abaixo:
