E nesta sexta-feira (17), chegamos à parte 2 do especial de álbuns que completam 30 anos em 2020. Sem dúvidas o ano de 1990 foi marcante para a música, especialmente com a transição dos farofados anos 80 para uma nova abordagem de som, a exemplo do surgimento do grunge.

Se você não viu a parte 1, confira AQUI. E hoje reunimos mais clássicos que chegaram às três décadas e continuam sendo uma grande influência para os fãs de rock e heavy metal. Confira abaixo a segunda parte, com mais 15 grandes álbuns que viraram trintões:

15 – Hammerheart – Bathory

Hammerheart é considerado um dos discos mais importantes do heavy metal, lançado em setembro. Conceitual, que segue totalmente o conhecido viking metal, e influenciou várias bandas. Diferente do conhecido black metal, a sonoridade tem instrumental e vocais mais limpos, muitas melodias épicas, ritmo cadenciado e letras referentes à mitologia nórdica.

Quase todas as músicas são longas e pesadas. As letras falam da vida dos guerreiros e de batalhas vikings, além da destruição que o cristianismo proporcionou à sua cultura. A faixa “One Rode To Asa Bay“ foi a que ganhou o único videoclipe do Bathory.

14 – Tyr – Black Sabbath

Tyr é o décimo quinto álbum de estúdio do Black Sabbath, produzido e lançado em agosto de 1990. É o terceiro disco de estúdio seguido do Sabbath com Tony Martin nos vocais, tornando-o ainda mais confiante em relação ao seu papel na banda como letrista e front man. Outra grande marca são as letras, com forte abordagem sobre mitologia e religiões.

Claro que não podemos comparar com os grandes clássicos do Sabbath, mas não se pode ignorar faixas luxuosas e imperdíveis como a balada “Feels Good To Me” ou as rápidas “Law Maker” e “Valhalla”.

13 – Pornograffitti – Extreme

“Saaaying I loooove you…” eu sei que quando fala em Extreme o versinho em voz e violão, um dos mais famosos do rock, vem logo à mente. Mas há vida além da icônica balada “More Than Words” no álbum Extreme II: Pornograffitti. O virtuoso guitarrista Nuno Bittencourt nos apresenta grandes riffs de hard rock, ritmos funkeados, sincopados e solos rápidos.

Destaque vão para as faixas “Decadance Dance” e “Get The Funk Out” que trouxeram força ao hard rock no início da década de 90. Nuno se tornou uma figura importantíssima entre os guitarristas mundiais e ajudou o Extreme a ficar em evidência por um longo período.

12 – Tales from the Twilight World – Blind Guardian

Ícones do power metal, os alemães do Blind Guardian lançaram seu terceiro álbum “Tales from the Twilight World” em outubro de 1990. Em uma época que o hard rock e o grunge dominavam o mercado, eles seguiram na contramão com um excelente trabalho.

O álbum marca a evolução dos músicos, com elementos sedimentados em grandes arranjos com variações orquestrais e elementos acústicos, e músicas com temáticas de fantasia e medieval. “Welcome To Dying” é uma das melhores composições da banda, com velocidade que todo powermetaleiro aprova. Outro clássico presente é “The Lord of The Rings”, mais um grande presente os fãs da obra de Tolkien.

11 – Deicide – Deicide

1990 marcou a estreia de uma das mais populares bandas de detah metal: Deicide. E no álbum homônimo eles já mostram a que vieram, com porradaria sonora e letras referentes ao Satã. Se cosnolidou como um clássico do gênero, ao apresentar riffs muito mais ferozes, batidas insanas e um sinistro senso de unidade entre as faixas. “Lunatic Of God’s Creation” e “Carnage In The Temple Of The Damned” são os melhores exemplos.

10 – Empire – Queensrÿche

O metal progressivo do Queensrÿche teve o marcante “Empire” lançado em agosto. Um verdadeiro clássico e o álbum de maior sucesso comercial da banda. Com sonoridade baseada no hard rock oitentista, o som também apresenta elementos inovadores para a época. O resultado são cancções majestosas, com ótimos riffs, melodia criativa e um vocal inspirado de Geoff Tate.

Empire alcançou o certificado triplo de Platina e a música “Silent Lucidity” alcançou a primeira posição no Mainstream Rock Tracks e a nona posição na Billboard Hot 100. Também indicada para o Grammy Awards de 1992 nas categorias Melhor Canção Rock e Melhor Performance Vocal Rock por um Duo ou Grupo.

9 – Blaze Of Glory – Jon Bon Jovi

“Blaze Of Glory” é o primeiro trabalho solo de Jon Bon Jovi. O álbum é a trilha sonora do filme “Jovem Demais para Morrer”, e a faixa título é um dos tantos hits que o talentoso músico criou ao longo de sua carreira. Entre elas destacam-se as faixas a faixa título e “Miracle”.

“Blaze of Glory”, alcançou o primeiro posto da Billboard, levou um Globo de Ouro como melhor canção original e foi indicada ao Oscar na mesma categoria. Uma curiosidade, segundo o ator Kiefer Sutherland, que também atua no filme, é que a música foi escrita em cerca de seis minutos, usando o guardanapo de um restaurante, posteriormente oferecido como presente a Emilio Estevez, protagonista do longa.

8 – Cause Of Death- Obituary

Cause Of Death é um um dos maiores clássicos da historia do death metal. É o primeiro e único álbum com o guitarrista James Murphy no Obtuary. O vocal urrado de John Tardy é inconfundível, sendo marca registrada da banda e os riff são cadenciados e pesadíssimos, no caso aqui efetuados pela dupla James Murphy que alternam bons solos com os riffs matadores e certeiros.

7 – Heartbreak Station – Cinderella

O quarteto do Cinderella apostou no blues e até ter apresentado uma faceta country em Heartbreak Station. Essa roupagem está , presente especialmente em canções como a semiacústica “Shelter Me”, que inclusive conta com saxofone e trompete, além de backing vocals femininos. Mas paralelo ao ápice criativo do Cinderella, Heartbreak Station não obteve a mesma repercussão dos anteriores, e vendeu somente 1 milhão de cópias.

6 – Lock Up The Wolves – Dio

O mestre Dio lançou Lock Up The Wolves em maio de 90 e apresentou um disco muito bem produzido e que mostrou uma vertente diferenciada como um todo. Mesmo com a falta de um clássico/épico, o álbum tem brilho e a particularidade forte da competência do músico. Destaque para “Wild One”.

5 – Doro – Doro

Já que falamos de um dos reis do metal, agora é hora de falar da rainha, Doro Pesch. Em setembro de 90, ela lançou o autointitulado álbum, segundo da sua carreira solo. Dona de uma incrível voz, de uma potência espantosa, a alemã mostra neste trabalho mais uma vez o porquê é tão aclamada. Gene Simmons, do Kiss, foi o produtor executivo do segundo álbum solo da Doro. Mais tarde, ela disse que a experiência de trabalhar com Simmons “Foi um sonho que se tornou realidade”.

4 – Smell the Magic – L7

E tem mais representação feminina, desta vez com o grunge do L7. A sonoridade de Smell The Magic é muito destrutiva, com muita atitude. Mas a banda liderada por Donita Sparks sempre vivenciou mais o undergound, mesmo cenário que Nirvana, Pearl Jam, Screaming Trees, Soundgarden, Hole, entre outros.

Smell the Magic é um álbum muito direto ao ponto, é muito influenciado pelo hardcore da velha escola com uma pitada de grunge, disco é cheia de força e ódio, o estilo agressivo e a chamada atitude de vadia má, explode todos os elementos essenciais em sua mente e no mundo sem julgamento e muita emoção, que faz L7, uma banda tão boa.

3 – Harmony Corruption – Napalm Death

Harmony Corruption é o terceiro álbum de estúdio da banda britânica Napalm Death, lançado em agosto de 1990. Marca a entrada do guitarrista Mitch Harris E a banda executa uma sonoridade completamente direcionada para o Death Metal, trazendo composições maiores e mais elaboradas. Destaque para a massacrante faixa “Vision Conquest”.

2 – Impact is Imminent – Exodus

Exodus lançou Impact is Imminent, o danova gravadora, Capitol Records. Também marca a estreia do baterista John Tempesta e a despedida do baixista Rob McKillop, apesar deste estar presente no álbum ao vivo “Good Friendly Violent Fun”, gravado em 1989 e liberado em 1991.

Como esperado, o Exodus bate o pé na porta com a alucinante faixa-título, muito popular no thrash metal. Além dos típicos riffs de guitarra conta ainda com agressividade na bateria e refrão marcante, difícil de esquecer.

1 – Eclipse – Yngwie Malmsteen

Quinto álbum da banda do guitarrista de metal neoclássico Yngwie Malmsteen, Eclipse não foge à regra do maestro sueco adora repetir suas fórmulas e fazer solos intermináveis e repetitivos. Mas o diferencial é que Malmsteen se destaca ao compor músicas hard n´heavy (que eu adoro) e com riffs e solos na medida certa.

Os destaques são as faixas “Making Love”, um rock balada de primeira típico do fim dos anos 80. “Save Our Love” uma balada com uma performance maravilhosa de Edman no vocal, além de “See you in hell (don´t be late)”.